No acordo final firmado entre a Boeing e a Embraer em dezembro, um termo foi quase deixado de lado, mas impõe muita relevância na aprovação rápida da parceria entre as duas empresas.
O acordo estabelece que o Governo federal, através do BNDES, deve exercer o seu poder de veto da “Golden Share” em até 30 dias, a contar da data do acordo firmado, isso significa que o Governo Federal tem até o dia 16 de janeiro deste ano para dar uma resposta sobre a Boeing formar uma ‘joint-venture’ com a Embraer.
Isso está colocando ainda mais pressão no novo governo para a aprovação do acordo, que deverá ocorrer em menos de 10 dias. Mas há uma válvula de escape caso o governo não tenha uma decisão pronta até a data, com o acordo retornando ao Conselho de Administração da Embraer, que pode convocar uma assembléia com a União, em data previamente marcada.
No total, o acordo do último dia 17 de dezembro avalia a Embraer como uma empresa de 5.26 bilhões de dólares, considerando somente a sua parte comercial, desta forma a Boeing teria que pagar para a empresa brasileira 4.2 bilhões de dólares pela participação de 80%.
O atual governo ainda demonstra preocupação sobre a possibilidade de futuramente a Boeing comprar os 20% restantes da Embraer na nova ‘joint-venture’.
FONTE: Aeroflap
A necessidade deste acordo e incompreensivel para muita gente pois a Embraer, considerada a 3a. ou a 4a produtora de aeronaves dependendo do tipo incluindo executivo, regional e/ou comercial, tem um mercado ja estabelecido e suas vendas lucraram um total de quase um bilhao de dolares em 2018. Assim nao ha realmente necessidade da venda para a Boeing. Alem do mais como ja sabemos havera a perda de toda pesquisa feita pelo pessoal da Embraer uma vez que passa para as maos da companhia norte-americana.
Olá Senhores! Há alguns anos venho acompanhando este canal de comunicação, que considero um dos melhores e mais bem frequentados pela qualidade e urbanidade dos convivas.
Sou um leigo nos assuntos militares, porém cidadão interessado na defesa nacional, venho aqui buscando assimilar conteúdo útil na segurança de minha família e nação.
Neste assunto específico da Embraer, me sinto tão ultrajado como cidadão, formado em ADM, bancário e analista financeiro há 6 anos, com mais de duas décadas de experiências profissionais nas áreas logística, industriais e financeiras.
Vejamos:
.Em 20/12/18 a Embraer anuncia um pedido firme de U$4,69bi com mais o exercício de opções podendo chegar a U$9,38bi de faturamento. Isso é só um contrato.
.E tem audácia de “avaliar” em U$5,26bi sua área comercial? Ofertando U$4,2bi por 80% de todos os faturamentos futuros?
Eu sinceramente quero entender qual é realmente o caráter estratégico que a gestão da defesa nacional vê nessa negociação, pois não tem lógica comercial ou financeira que resista a um simples cálculo primário. Se for só pra vender o KC390, pelas projeções de mercado disponível a negociar esse equipamento, aí esse preço é razoável.
Temos que decidir em termos de capacidade de tecnologia militar e poder industrial, se queremos ser uma Austrália/Canadá ou França/Israel por exemplo. Autonomia é soberania.
Força e Honra!
Bom dia.
Confesso que sou leigo no assunto, mas o prazo “estipulado” é mandatório? Me parece ser mais um daqueles “jabutis” colocados no acordo. Acredito que seja simples de resolver; usa-se a Golden Shar para bloquear este acoirdo e solicita uma outra proposta com as garantias que o governo entender que garanta a soberania nos itens estratégicos e manutenção de empregos. Aliás, esta é uma das bandeiras da campanha do presidente, a criação de empregos. Sem contar a quantidade de dinheiro público investido na Embraer.
…acordo…