Compra de mísseis russos para a defesa antiaérea fica para 2016
Contrato é estimado em US$ 1,3 bilhão e abrange três conjuntos completos do avançado sistema de artilharia Pantsir S1
Por Roberto Godoy
As Forças Armadas do Brasil terão, sim, um novo o sistema de defesa antiaérea – é o Pantsir S1, russo, em negociação bilateral há três anos. Mas, não agora. A previsão é de que o contrato de aquisição, estimado em US$ 1,3 bilhão, seja assinado até março de 2016. O equipamento não será utilizado na segurança dos Jogos Olímpicos do Rio. A discussão envolve reciprocidade comercial por meio das importações de produtos brasileiros pela Rússia. Dilma Rousseff e o presidente Vladimir Putin trataram do assunto pela primeira vez em 2012.
Cada uma das forças – Exército, Marinha e Aeronáutica – receberá uma bateria do sistema. O tema foi abordado com certa discrição, durante a semana, em Ufá, no encontro dos dirigentes dos Brics, segundo revelou ao Estado um diplomata da embaixada brasileira. De acordo com o funcionário, o acerto – definido como sendo de cooperação militar depende de haver provisão dos recursos orçamentários, o que acontecerá só no ano que vem. O equipamento combina lançadores de mísseis e canhões de controle eletrônico. É considerado muito moderno.
O governo decidiu pela compra de três baterias do Pantsir S1, de médio alcance. Cada conjunto padrão é composto por seis carretas lançadoras semi blindadas, e mais os veículos de apoio: carro de comando-controle, radar secundário, remuniciadores e unidade meteorológica. O radar de detecção localiza os alvos na cadência de 10 deles por minuto em uma área de 36,5 quilômetros. O tempo de reação é estimado em 20 segundos. Cada disparador é carregado com 12 mísseis 57E6. Leva, ainda, dois canhões de 30mm de tiro rápido – com acessórios digitais que permitem localizar e abater aeronaves no limite entre 15 km e 20 km, voando a até 15 mil metros de altitude.
Preço final. O preço final pode ser reduzido, acreditam especialistas do Ministério da Defesa. A análise das especificações e do contrato vem se arrastando desde fevereiro de 2013. As primeiras entregas serão feitas 18 meses após a assinatura do termo definitivo. Certos componentes do Pantsir, podem ser substituídos por equivalentes feitos no Brasil. As carretas de tração integral, por exemplo, seriam trocadas pelo modelo 6×6 da Avibrás Aeroespacial, de São José dos Campos, que utiliza os veículos no conjunto Astros-2, lançador de foguetes livres. O radar de campo também pode vir a ser trocado pelo Saber M200, de 200 km de raio de ação.
Produzido pela BraDar, subsidiária da Embraer Defesa e Segurança, rastreia até 40 objetivos simultaneamente, priorizando a reação pelo grau de ameaça. Há uma segunda parte na transação, envolvendo a encomenda de duas baterias de outro míssil russo, Igla, na versão S/9K38, a mais recente da arma antiaérea leve disparada do ombro de um só soldado.
FONTE: O Estado de SP
Amigos,
O M200 atuaria como sistema de vigilância e aquisição, e operaria em conjunto com o Pantsir ( separado deste fisicamente, porém ligado a ele na forma de um link de transmissão ), designando alvos para as unidades de tiro da bateria.
Uma vez designados os alvos, cada unidade de tiro utilizaria seus próprios meios, na forma de seu radar aquisição próprio, e/ou radar diretor de tiro, ou sistema optronico.
Só que, até onde sei…O Saber M200 faz vigilância entre entre 3 a 15 Km de altura.
Será que, para cobrir altitudes inferiores a 3 mil metros…O radar Saber M60 também teria que ser integrado ao sistema de vigilância do Pantsir?
Li em outra fonte, que a altitude de varredura da Saber M200 varia entre 0 e 15 mil metros. Se isto for verdade, o M60 não seria necessário…
O radar de acompanhamento e direção de tiro continua sendo o original do sistema russo…
Apesar de o sistema Pantsir possuir seu próprio radar de
vigilância, na maioria das vezes ele opera em silêncio eletromagnético, com a varredura de campo sendo executada por uma radar de maior alcance em uma plataforma separada das baterias.
“Dotado de um alcance maior, os radares de campo oferecem, portanto, o aviso antecipado. Os russos oferecem para exportação o radar de varredura de campo Kasta 2E1/2E2, com alcance de 150 km”
Seria este radar que o Saber M200 substituiria…
Querem colocar tecnologia nacional no sistema, será que temos tecnologia de ponta para substituir aos já instalados no original?
Afinal creio que o radar do Pantsir é um Phased e substitui-lo por algo nacional é dar uns passos longos para o passado.
Umm,interessantíssimo esta “possível” integração do radar saber M200 ao pantsir se tornaria o mais letal da categoria na américa latina,além dos camaradas produzirem um dos melhores sistemas de defesa anti aérea na minha opinião, poderíamos usar chaci caminhão ,e algumas peças mais todos feitos aqui ,e o melhor de tudo usarmos o conheçimento para produzir nosso próprio sistema defesa anti aérea sobre rodas.
Muito interessante a opção de utilizar o Saber M-200 em conjunto com o Pantsir…
Lembrando que o SABER M-200 já vem montado com seu próprio veículo e serviria de alerta antecipado, como o atirador disse, dando mais tempo para os operadores dos mísseis planejarem a reação, dando a altitude e a distancia e a velocidade dos contatos…
Confesso que fiquei curioso, de saber como implementariam o radar Saber M200 ele não me parece ser muito pequeno para ser acoplado a um caminhão 6×6, mas seria um alcance bastante considerado de 36 km para 200 km é muita diferença. A diferença da distancia daria até para jogar uma mão de truco e correr para veículos e disparar.
Queria saber como ficou a questão do descontentamento dos militares com o Pansir. Acho que os equipamentos militares Russo são bem práticos e eficientes.
Abs
Sabe de nada inocente. Apesar de eu gostar muito deste sistema. Me parece que Putim esta sendo enrolado. Para nao ter o comercio prejudicado titia fica prometendo para o futuro este negocio.
Do jeito que vc fala Jurandir parece que só o Brasil é vilão em se tratando de compras internacionais de armamentos. Os russos demoraram para entregar os helicópteros Sabre.
Os russos também demoraram para entregar todos os 12 helicópteros, eles não são esses coitados que vc está achando! Incrivel como todos só conseguem ver o lado dos outros nas relações com o Brasil. O mesmo aconteceu com o caça quando o governo pediu para reduzir o preço do financiamento.
Pensei até que já tinham desistido…