O veículo do modelo BMPT-72 passará por testes em território sírio antes de ser incorporado às Forças Armadas russas.
Por Boris Egorov
No dia 27 de junho, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, visitou a base russa de Hmeimim, onde conheceu o mais novo veículo militar produzido pela Rússia, o BMPT-72, também conhecido como Terminator-2. O veículo foi criado para proteger tanques de ataques feitos por foguetes em ambientes urbanos.
Um exemplar do veículo foi enviado recentemente à Síria pelo Ministério da Defesa da Rússia, que pretende testar o novo modelo nos próximos meses. Não foram divulgados detalhes sobre as atividades do BMPT-72 em território sírio. Ele pode participar tanto da proteção da base de Hmeimim quanto em combates em cidades sírias.
Tanques sem defesa
A trágica experiência na guerra da Tchetchênia mostrou a necessidade de proteger os tanques que operam em ambientes urbanos. Um único soldado inimigo armado com um lançador de foguetes é capaz de explodir um tanque que precisa trafegar por ruas estreitas. Os tanques também ficam vulneráveis em terrenos irregulares.
No dia 1º de janeiro de 1995, uma coluna de tanques da 131ª brigada foi quase totalmente destruída em um ataque em Grózni, capital da Tchetchênia. Na ocasião, 22 tanques e 45 veículos armados foram destruídos por militantes tchetchenos enquanto a coluna entrava na cidade.
Para evitar novos ataques do tipo, o exército russo começou a usar armas autopropulsoras do tipo ZSU-23-4 Shilka para proteger os tanques. Mas essas armas possuem limitações: não podem operar em grande proximidade com o inimigo no solo e não têm um sistema apropriado para detectar alvos terrestres.
Terminator-1
Por conta das limitações das armas do tipo Shilka, foi inventado o primeiro modelo de veículo Terminator. O veículo foi desenhado pela empresa russa Uralvagonzavod no fim dos anos 1990. Ele foi construído com o chassi do tanque de batalha T-90 e armado com dois canhões automáticos 2ª42, lançadores de granada automáticos AGS-17, uma metralhadora PKTM e quatro lançadores para mísseis guiados ATAKA.
O principal objetivo do veículo era liberar o campo de batalha antes que os tanques de combate atacassem. Se os tanques de combate não conseguissem abater um soldado escondido em um prédio ou em uma trincheira, o Terminator podia fazer isso facilmente.
Mesmo assim o veículo não foi bem recebido pelo Ministério de Defesa russo, pois tinha diversas desvantagens. Primeiro, o alto comando militar da Rússia não estava feliz com o fato de o Terminator precisar de muitas pessoas para ser operado – cinco ao todo. Além disso, os lançadores para mísseis ATAKA não tinham proteção e seu sistema de controle de fogo não era bom o suficiente. Mas sua maior desvantagem era seu alto custo, já que o uso do chassi do T-90 para um veículo armado mostrou-se extremamente caro.
Terminator-2
O novo modelo, apelidado de Terminator-2, foi construído para consertar os defeitos de seu predecessor. Foi criado um mecanismo para proteger os lançadores de mísseis ATAKA, um novo motor e um sistema de controle de fogo mais avançado. Mas a principal mudança foi a substituição dos chassis T-90 por chassis de tanques do tipo T-72, o que tronou os veículos mais acessíveis financeiramente.
Além disso, foram removidos os lançadores automáticos AGS-17, o que ajudou a reduzir o número de operadores para três em cada veículo.
O novo Terminator é mais fácil de operar, mais leve e mais barato que o primeiro, mas também possui suas desvantagens, como informou ao RBTH o professor de ciências militares Vadim Kozyulin. Sem lançadores automáticos, o BMPT-72 tem muito menos poder de fogo. É capaz de acertar apenas um alvo por vez, enquanto o antigo modelo podia atingir até três alvos.
O protótipo do veículo foi introduzido na feira de armamentos russa Expo 2013. O Cazaquistão, que é um dos principais usuários dos tanques T-72, pode se tornar o primeiro país a importar o novo Terminator-2.
O modelo pode também ser exportado para países da aliança militar CSTO, formada por Rússia, Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão. Na Rússia, no entanto, o modelo ainda não foi incorporado às Forças Armadas.
“As Forças Armadas russas realmente irão precisar dos veículos BMPT-72 para manter a nova estratégia implementada pelo ministro da Defesa, Serguêi Choigu”, acredita o especialista em assuntos militares Dmítri Litóvkin.
Para o especialista, é muito provável que o novo modelo de veículo armado seja adotado em massa pelo exército russo em combates em áreas urbanas.
FONTE: Gazeta Russa
Excelente comentário, Mauricio Cavalcanti.
DAN excluiu meu comentario , parece o G1 dizem que lutaram pela liberdade de expressao se ao menos nao deixa seus acompanhantes sequer comentar …
acompanho o DAN a mais de 3 anos e isso que esta a fazer e pura sacanagem …
Negativo. Não há nenhum comentário seu antes deste, logo, nada foi deletado. Mas atente para as Regras do DAN para comentar, pois se não estiver adequado, certamente ele será descartado.Ok?
Acho que ninguém responde por talvez não entenderem as perguntas… ou porque a forma dos questionamentos denota um leve tom de sarcasmo e/ou ironia. Mas vamos ver se consigo responder alguma coisa, pois não sou profundo conhecedor de veículos de combate. Vamos por partes… hoje em dia qualquer mentecapto opera um Kornet ou um TOW, imagina então o que podem fazer com um RPG em mãos já que a operação deste é muito mais simples. Por mais evoluídas que estejam as proteções ativas e passivas dos carros de combate estes sempre estarão em relativa desvantagem quando utilizados nos cenários urbanos corriqueiros das guerras assimétricas e irregulares dos últimos anos (Chechênia, Iraque, Afeganistão, Síria, Iêmen, etc)… ou seja, ninguém está a salvo num campo de guerra mesmo dentro de um MBT. Um “tanque” possui diversas vulnerabilidades, que podem ser maximizadas ou minimizadas dependendo das condições de emprego, por exemplo: apoio de infantaria (mecanizada, aerotransportada, inexistente?), apoio aéreo aproximado (há supremacia total, superioridade, paridade, sem apoio aéreo?), tipo de terreno (urbano, campo aberto, montanhoso, etc). Mas vamos então a primeira “questão”, um militante (jihadista, insurgente, rebelde, etc) consegue destruir um tanque? Resposta: Depende! Teve T-90 na Síria que sofreu múltiplos impactos sem maiores danos e teve Merkava que levou “kornetada” e virou churrasco. O Terminator não é indestrutível, não foi feito para suportar impactos de maneira diferente de um MBT, mas sim para ter uma maior mobilidade comparado a um MBT, relativa proteção blindada como em um MBT e um alto poder de fogo proporcionado pela combinação de canhões de fogo rápido com ATGM’s, e o principal que seria visores, sensores e sistemas específicos para uma melhor detecção do inimigo, maior precisão e letalidade dos disparos e aumento da consciência situacional. Um “tanque” comum devido ao comprimento do cano do canhão não teria a mobilidade e agilidade necessária para engajar alvos com agilidade para atirar antes de ser atingido por um foguete, míssil ou tiro. Matar um soldado entrincheirado numa fortificação como um prédio ou trincheira com um disparo de munição de 120mm é como tentar matar um pernilongo pousado na sua perna com uma barra de ferro… você não tem agilidade suficiente para acertar o bichinho sem espanta-lo e se você tentar achar a posição certa vai ser picado umas trezentas vezes! O Terminator é como usar a raquete de choque em uma mão e o inseticida aerosol na outra contra o pobre inseto sugador de sangue. Sobre a sua pergunta da definição de um “tanque”, diria que seria a combinação de poder de fogo, mobilidade e proteção ao máximo. O Terminator poderia lutar contra um MBT tradicional utilizando seus 4 mísseis mas teria uma nítida desvantagem no quesito poder de fogo contra as dezenas de munições disponíveis dentro do “tanque” tradicional dotado de canhão de 105, 120mm ou mais. E na situação hipotética de um Terminator lutar ao lado de um T-90 contra soldados armados de RPG’s, quem teria maior poder de fogo??? De que adianta o canhão de 125mm do T-90 que demora vários segundos para movimentar, angular e engajar contra um moleque ligeiro de 18 anos segurando um AT-4 correndo no meio dos entulhos e destroços de um prédio demolido??? Acho que a chuva de projeteis de 30mm do Terminator iriam vaporizar o jovem soldado em sua corrida em ziguezague na busca de abrigo enquanto que ao mesmo tempo o disparo do míssil Ataka destruiria o operador do TOW no topo da colina. Neste caso então quem tem maior poder de fogo??? Percebeu como tudo é relativo??? Na pergunta sobre ele (o Terminator) ser vulnerável… a suposta vulnerabilidade seria em relação a outro MBT clássico, ou em relação ao tipo de missão que é destinado (lutar contra soldados entrincheirados armados com mísseis, RPG’s, IED’s, etc??? Acredito que não… seus armamentos, blindagem, sistemas de proteção ativa, mobilidade e sensores fazem desta máquina uma arma mortal. Se acompanhada de infantaria especializada com pequenos drones de vigilância e reconhecimento agindo de forma coordenada ele se torna praticamente imbatível contra as ameaças encontradas nos combates em cenário urbano. E não o considero um IFV ou APC (não entendi bem a que se referia o termo “infantaria blindada”, se ele carrega o soldado ou se luta contra)… considero o Terminator um MBT-IFV, pois tem um chassi de MBT com uma torre de IFV. Espero ter ajudado.
Tá fraco de postagem. Ninguém responde…?
Não entendi.
Um militante consegue destruir um tanque. E não consegue destruir esse veículo aí?
Qual a diferença entre ele e um tanque?
Ambos não podem ser alvos?
Qual a função de um tanque?
Não é ser artilharia com proteção e mobilidade?
Por acaso esse veículo seria uma espécie de infantaria blindada?
Não é vulnerável?
Será que dará conta do recado.
Se este evitar a destruição, será uma nova variável importante no xadrez da guerra.
Terá um alto valor tático.
Mas só acredito vendo. Vendo muitos vídeos no YouTube, então daria para considerar a compra de várias unidades.
Abraços