Por Nikolai Litôvkin – Russia Beyond
Segundo especialistas militares, novo AK-19 criado para usar munições da Otan deve conquistar mercado do Oriente Médio, atualmente dominado por fabricantes de armas americanos e europeus. Na última sexta-feira (21), no salão ARMY 2020, realizado na região de Moscou, a fábrica de armamentos russos Kalashnikov apresentou seu mais recente fuzil de assalto: o AK-19, criado para utilizar cartuchos da Otan de calibre de 5,56×45 mm. O AK-19 é criado com base no fuzil de assalto AK-12, usado pelo exército russo desde 2018.
Segundo Vladímir Onokoi, porta-voz da Kalashnikov, a empresa testou durante os últimos anos os novos fuzis de assalto no exército para entender todas as suas deficiências e o que os usuários esperavam dele, criando assim uma arma que satisfizesse os reais interesses de seus clientes.
“As munições de calibre de 5,56×45 mm são as mais populares do mundo. Assim, o fuzil AK-19 abre acesso aos mercados de centenas de países que usam fuzis da Otan. Agora, podemos oferecer também nossas armas, mais confiáveis e estão no mesmo nível daquelas, em termos de ergonomia”, declarou Onokoi.
A maioria das características técnicas do AK-12 e do AK-19 são semelhantes. Ambos os fuzis sejam projetados para operar em alcances de até 250 a 300 metros, mas eles são equipados com munições diferentes.
No entanto, na versão para o mercado estrangeiro, a empresa Kalashnikov equipou o fuzil com uma nova coronha dobrável, que pode ser ajustada dependendo do comprimento da arma do atirador.
“Ele tem um desenho completamente diferente: é mais leve e esteticamente agradável, com uma ampla gama de ajustes”, disse Onokoi.
O AK-19 tem recuo reduzido, em comparação com o AK-12, e permite ajustar a mira traseira e a barra de mira aos padrões da Otan.
“Queremos que nossas armas sejam compatíveis não apenas com as munições dos exércitos estrangeiros, mas também com seus sistemas de mira”, declarou o porta-voz da Kalashnikov.
O AK-19 também é equipado com um silenciador e com um compensador que desempenha as funções de um freio de boca e reduz o recuo. “O AK-19 é uma arma universal, que pode ser equipada com qualquer tipo de silenciador estrangeiro de remoção rápida”, disse Onokoi.
Vantagens obscuras
A fábrica não esclarece, porém, quais são as vantagens do novo AK-19 em relação aos fuzis alemães H&K 416 ou aos FN SCAR belgas.
“As nossas armas são mais confiáveis que as dos nossos concorrentes. E a experiência mostra que quanto mais rigorosas as condições de teste e o clima no país do potencial cliente, mais chances temos de vencer um leilão”, disse Onokoi.
Segundo ele, a tarefa principal do Kalashnikov era “eliminar as deficiências” e melhorar a ergonomia da arma, chegando ao nível dos concorrentes alemães e belgas.
“Além disso, os fuzis AK são mais leves e mais baratos, além de terem ergonomia e precisão de fogo comparáveis às de nossos concorrentes”, completou.
Segundo especialistas militares, o principal objetivo do novo AK-19 é conquistar os mercados de armas dos países do Oriente Médio, atualmente dominados por fabricantes de fuzis de assalto americanos e europeus.
FOTOS: Pavel Kuzmichev
É uma boa tentativa da Kalashnikov para ampliar o seu mercado, podendo agora participar de licitações onde o requisito da arma é o padrão OTAN de munição.
A hora da verdade vai ser quando for aberta uma nova licitação nacional de compra de fuzil padrão OTAN e o AR-19 se apresentar para participar e aí não há como se esconder…
E ver a real relação qualidade/preço do armamento….
Enquanto isso a Imbel está a anos tentando fazer um fuzil de assalto e a única coisa que conseguiu entregar foi essa cruza mal parida de FAL com AR-10. Fazer o que? Estatal no Brasil existe para isso mesmo: cabide de emprego, gastar décadas tentando fazer uma coisa simples (sim! Projetar um fuzil de assalto é simples, existem várias empresas que projetaram modelos variados) e só consegue entregar uma arma meia boca.
Sou fã do fuzil fa Imbel…
Por ser nacional e de tecnologia brasileira.
As FAs devem usar eles…
Rapaizi,!!! Olha aí essa, agora com munição padrão OTAN os caras vão chegar, chegando. A coronha lembra do IA2 que está em teste para a MB, rebatível e ajustável.
Parabéns pela matéria.