Por:Virginia Silveira
Principal articulador da Estratégia Nacional de Defesa (END), que está sendo revisada, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger, disse que a restrição fiscal inclui limitações ao ritmo do avanço dos programas de desenvolvimento na indústria de defesa, mais nos aspectos que tem a ver com equipamentos do que com aqueles relacionados à capacitação científica e tecnológica. Ele defendeu, porém, que o Estado invista na formação de quadros científicos e tecnológicos e priorize a inovação desenvolvida internamente ao invés da opção pela compra de plataformas acabadas.
Ele cita o desenvolvimento do caça supersônico Gripen NG, em parceria com a empresa sueca Saab, e a construção do submarino de propulsão nuclear como os grandes focos do setor aeroespacial, porque são potencialmente catalizadores de toda uma cadeia produtiva.
A resolução do projeto F-X2 em favor do Gripen é o exemplo mais notável dessa estratégia, afirma. “A objeção que se fazia ao Gripen é que ele não existia porque ainda teria que ser construído. Mas essa objeção, na verdade, descrevia e descreve a maior virtude do projeto”, lembra. O Brasil, segundo o ministro, não poderia aprender a fazer um caça de última geração simplesmente comprando o avião. A única maneira de aprender a produzir uma tecnologia avançada de defesa como essa, argumenta, é fazer junto com o parceiro.
O ministro reconhece que o Brasil ainda possui um complexo industrial de defesa incipiente e rarefeito e do ponto de vista econômico a escala aparece como elemento crucial para o seu desenvolvimento. “Queremos transformar o Brasil em uma plataforma de exportação de alguns produtos de defesa e é isso que nós vamos procurar fazer em relação ao Gripen”, afirmou.
Outro elemento essencial, segundo Unger, é organizar o regime de financiamento, como está ocorrendo agora com as ações da Finep e do BNDES no complexo industrial da defesa. “Mesmo no ambiente do ajuste fiscal existe hoje um esforço grande dessas instituições de organizar o regime de financiamento das empresas médias vanguardistas”, comentou.
O ministro acredita que a maior restrição das pequenas e médias empresas de defesa não seja a falta de financiamento. “O problema está no desenho institucional que assegure o casamento entre acesso a crédito, acesso a tecnologias avançadas, acesso a práticas avançadas e por fim, escala”. E na área de defesa, o ministro lembra que só é possível assegurar a escala quando o mercado é no mundo todo e não apenas no Brasil.
Para Unger, muitos dos aspectos da construção do complexo industrial de defesa são normativos e não implicam, necessariamente, em gastos. Ele cita como exemplo a elaboração de um regime jurídico e tributário para as empresas privadas de defesa, como já ocorre nos grandes países do mundo. “Por seu caráter estratégico, essas empresas devem ser eximidas das regras gerais de licitações públicas, mas em troca elas devem admitir um poder estratégico do Estado nelas, como já acontece na Embraer, por meio da golden share (ação especial que confere à União Federal o poder de vento em algumas decisões de interesse estratégico)”, disse.
No setor espacial, diz o ministro, há uma preocupação estratégica do governo em relação à dependência do Brasil ao GPS americano (sistema de posicionamento global). Por não ter um sistema nacional próprio, ele considera a dependência grave para o sistema de defesa e autonomia nacional. “Se os americanos interrompessem ou baixassem o GPS, ficaríamos literalmente às escuras. Teríamos, por exemplo, que conduzir nossos navios de guerra por navegação astronômica”.
O fim da parceria espacial com Ucrânia, afirma, deixou mais clara a necessidade de se construir outro caminho para desenvolver o potencial aeroespacial do país. “Estamos determinados a desenvolver o nosso potencial em lançamento de satélites”, disse.
FONTE: Valor Econômico
Esse Mangabeira não é o tal que afirmou que o governo Lula era o mais corrupto da História e logo depois aceitou ser titular da SAE desse mesmo governo? Dá para confiar?
Bom se não foce o Mangabeira, nós nem estaríamos aqui discutindo projetos de modernização das FA BR. Se dependeremos dos comandantes estaríamos com sucatas americanas na FAB,embarcações obsoletas e caras Inglesas e dando festas nababescas e cheias de pompas nos quarteis e clubes militares.
Acorda!
Nem da mais pra perder tempo c opinioes e comentarios…..este cara ja encheu a paciencia, alem do mais em nada contribui ou contribuiu para o engrandecimento do Brasil…….o q ele faz, escreve ou comenta eh pura megalomania………totalmente fora da realidade…..o q de fato ele representa afinal…….mais um pra ficar no conforto de uma boa boquinha em fim de carreira……..arghhh…….
Celso que má vontade, ainda com o discurso que a END é megalomania ???
Foi o Mangabeira Unger que mostrou a importância de se ter um planejamento profissional além da penúria do orçamento. Planejar para a realidade militar e geopolítica necessária independente de se acreditar ou não se teremos dinheiro para fazê-lo. Estarem sempre pronto para implementar o máximo que o país poder oferecer de recursos e lutar sempre para diminuir o GAP entro o planejado e o obtido no presente orçamentário.
Os problemas que nos atingem e suas soluções, já são de conhecimento de todos, oque falta é vontade política para resolve-los !
Vontade política e GRANA, talvez quando fomos membros da OPEP….
Este post me deu um verdadeiro SUSTO, talvez por causa das crises econômicas e políticas cultivadas com zelo por uma mídia hostil e os holofotes sobre o Ministro Levy e a Operação Lava-Jato, Zelotes e etcs e agora o Escândalo da FIFA-CBF-Globo, eu simplesmente não tinha me dado conta do retorno a Secretaria de Assuntos Estratégicos de Mangabeira Unger, o insigne pai intelectual da iniciativa END- Livro Branco de Defesa.
E além da minha desatenção é interessante que só agora quase ao final do 5º mês deste novo mandato que ele se manifesta a ponto de aparecer…
O QUE QUE O MANGABEIRA UNGER ANDA APRONTANDO NESTES QUASE 5 MESES EM FURTIVIDADE ???
Gostaria de LEMBRAR aos colegas do blog que além de “pai” da END, Mangabeira Unger é uma forte voz em defesa de parcerias militares com os Russos.
Inclusive foi sua forte e ostensiva movimentação no sentido de propor ao Presidente Lula a aquisição do Su-35 e a associação do Brasil à Rússia e a Índia no PAKFA que precipitou o então Comandante Juniti Saito de acionar seus oficiais e antecipar o anúncio do Short-List do F-X2. Desta maneira retirou o Su-35 da competição em favor do bode na sala sueco Gripen. Anulando os esforços de Mangabeira Unger que se retirou do Governo.
A ironia foi que posteriormente o Brigadeiro japonês (que eu não tenho saudade) foi obrigado, com uma uma escassa colher de Gourmet para passar e poder engolir dada por Madame Roussef, a deglutir sem choro e nem vela e dizendo que turbina é commodity o tal bode na sala do Gripen que não assusta mais impõe respeito…
Mangabeira Unger é respeitadíssimo pelo ex-Presidente Lula e se ele atravessar todo o mandato de Dilma Roussef como Ministro de assuntos Estratégicos sem pedir as contas, na eventualidade de um retorno em 2019 do Presidente Lula a sua cadeira no Panalto é ALTAMENTE PROVÁVEL que o Ministro Mangabeira Unger seja convidado a continuar no posto por mais 4 anos….
PORTANTO na minha avaliação na área de defesa iniciativas como a aquisição do Pantsir, o desenvolvimento do Sistema Paraná, aquisição de mais unidades do AH-2 Sabre, aquisição do YAK-130, aquisição do míssil Brahmos, aquisição do novo tanque T-14 Armata em conjunto com a Índia, desenvolvimento de um lançador Russo-Brasileiro para o programa da Estação Espacial dos BRICS (BRICS.S.S.) e a antecipação/início do processo F-X3 para aquisição do caça de 5ª Geração Su T-50 e outros que ainda estão em estudo terão uma forte voz em sua defesa no governo federal.
O Tigre Dinah FAAAALOU !!! KKKKKKK
kkkkkkk
Realmente seria muito bom para o Brasil, mas duvido muito que isso ocorra.
Meu Caro Giba:
A Mídia não é hostil, apenas cumpre o seu papel de informar posto ser essencial dentro de um Estado Democrático de Direito. O problema é que o Lulopetismo tem verdadeira ojeriza ao Estado Democrático de Direito e, dentro dessa crença, apenas concebe a existência de uma mídia que lhe seja servil ou seja, que sirva para cantar loas a esse projeto de poder pelo poder ao mesmo tempo em que ataca de forma vil a oposição. Não é à toa que os blogueiros estatais respondem (e felizmente são condenados) a tantos processos judiciais.
Roberto Mangabeira Unger construiu toda a sua carreira como professor em Harvard. Ocorre que isso o acostumou demais com a seriedade e o cumprimento de metas tão caro aos americanos, e tão distante da avacalhação e politicagem que caracterizam qualquer administração pública aqui no Brasil.
De igual forma ele desperdiçou a oportunidade de se livrar do antiamericanismo rastaquera que tanto caracteriza a “intelectualidade” (pausa para risos) brasileira. Não é à toa que defendeu a estultice de o Brasil comprar Su-35 e depois se associar ao PAK FA. O primeira, grande, complexo, dispendioso e para piorar totalmente incompatível com a logística e a cadeia de suprimento nacionais, seria uma dor de cabeça para voar e operar. Isso, aliado ao péssimo pós venda russo (algo bem detalhado na memorável palestra do Cel. Fornhoff em Nellis) derrubaria a disponibilidade dos mesmos ao mesmo patamar dos Su-30 bolivarianos, que apenas voam em cerimônias.
já o PAK Fa está igual àquela música: Era um caça muito engraçado não tinha motor, não tinha nada visto que até o presente todos os componentes vitais estão vindo emprestados do Su-35. E ao contrário da casinha da música, não está sendo feito com muito esmero já que o RCS anda alto para uma aeronave que se pretende furtiva.
Quanto ao FX-2, a suposta “manobra” levada a cabo pelo então comandante Saito, supostamente a mando “duzamericanú mau”para excluir os russos da jogada, é apenas mais um folclórica teoria conspiratória alimentada por aqueles que se frustraram por não ver o produtos dos seus deuses russos escolhido, e que depois foram se refugiar no Rafale especialmente após o desastre “político etílico” do dia 07/09/2009. Pior ainda quando tentam desqualificar o Gripen, ignorando convenientemente toda a tradição sueca no projeto e construção de caças de 1ª linha como é o caso do Draken e do Viggen.
Quanto à ser “respeitadíssimo” pelo ex-presidente Lula, trata-se de uma honra para lá de duvidosa visto que nesse rol constam José Dirceu, Delúbio Soares, Henrique Pizzolato (Condenados na AP 470 – Mensalão) e João Vaccari Neto (Preso preventivamente em virtude da operação Lavajato).
E quanto ao seu eventual retorno em 2019, seria desastroso para a Democracia Brasileira uma vez que o personalismo, vaidade e messianismo que caracterizam a personalidade do ex-presidente terminarão por contaminar de vez a política brasileira, que irá definitivamente sucumbir ao nefasto paternalismo e estatismo getulista.
Por fim, quanto aos programas que você citou, além de refletirem um alinhamento incondicional com um Estado corrupto e despótico como o russo, são todos desnecessários senão vejamos:
– A quantidade de baterias do Pantsir a serem adquiridas já é mais do que suficiente;
– O eventual desenvolvimento desse sistema Paraná é inconveniente pois além do mesmo ser baseado no antigo SA-3 (Pechora), a MB já escolheu o Sea Sceptor como futuro sistema AA das Corvetas Tamandaré. E como se trata de uma família destinada a substituir também os Rapiers e o ASRAMMs, nada mais natural que se siga o mesmo caminho aqui;
– Já temos Mi-35 que baste, comprado do atravessador paquistanês. O que o EB precisa é de um Heli de ataque nos moldes do Mangusta ou do AH-1Z Cobra;
– Já tendo a KMW estabelecida em Santa Maria e a IVECO em Lagoa Santa, não há porque apelar para a incógnita russa;
– Quanto a um lançador russo-brasileiro, o fracasso do VLS e a inapetência política já explicam tudo. Quanto à Estação Espacial, se não fomos capazes de fabricar uma janela para a ISS, o que dirá disso;
– Para que comprar o Brahmos se é melhor desenvolver uma versão antinavio do Matador? Depois ainda falam que eu é que sou o entreguista….
– YAK -130 para quê se é mais vantajoso obter a produção sob licença do M-346, tal como fizemos com o Xavante?
– Por fim, quanto ao PAK FA, a lém dos problemas que ele já possui é muito mais vantajoso ao Brasil desenvolver em conjunto com os suecos o FS 2020.
difícil era esperar que outra fosse a realidade real deste programa. a distancia entre o discurso oficial e a realidade dos fatos continua imensa e alargando-se a passos rápidos no Brasil.
abs
“Estamos determinados a desenvolver o nosso potencial em lançamento de satélites”.
Não é o que parece segundo o próprio site da AEB, onde se reproduziu a fala do vice-diretor do DCTA, ficou bem explícito que eles desistiram de desenvolver um VLS com capacidade de satélites geostacionários e que o VLS-1(que não tem nem capacidade para colocar 400 kg em orbita baixa foi jogado para escanteio por falta de verbas e pessoal. Não sabe nem se conseguiremos completar o VLM que não leva nem 250 kg em órbita baixa. Então, que fique claro que se não houver uma grande mudança na mentalidade de quem nos governa, nós seremos eternas colônias dependendo de satélites e foguetes lançadores alheios. Estamos bem longe daquela frase do Mangabeira, mas bem longe mesmo.