De acordo com a Portaria Nº 065 EME, o Exército Brasileiro adota oficialmente o sistema de armas REMAX
PORTARIA N º 065-EME, DE 8 DE MARÇO DE 2016.
Adota o Sistema de Armas Reparo de Metralhadora Automatizado X, versão 3 (REMAX 3),
desenvolvido pelo Centro de Tecnologia do Exército e a empresa ARES Aeroespacial e Defesa S.A.
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso VIII do art. 5º, do Regulamento do Estado-Maior do Exército (R-173), aprovado pela
Portaria do Comandante do Exército nº 514, de 29 de junho de 2010, e em conformidade com o item 9) do art. 6º das IG 20-11, aprovadas pela Portaria Ministerial nº 270, de 13 de junho de 1994, e com o Bloco nº 71, do art. 15, das IG 20-12, aprovadas pela Portaria Ministerial nº 271, de 13 de junho de 1994, resolve:
Art. 1º Adotar, para o Exército Brasileiro, o Sistema de Armas Reparo de Metralhadora Automatizado X, versão 3 (REMAX 3), desenvolvido pelo Centro de Tecnologia do Exército e a empresa ARES Aeroespacial e Defesa S.A.
Parágrafo único. A referida adoção é decorrente da decisão tomada na 1ª Reunião Extraordinária do Conselho Superior de Transformação (CONSUT), encerrada em 3 de fevereiro de 2016.
Art. 2º Determinar ao Departamento de Ciência e Tecnologia, ao Comando Logístico, ao Comando de Operações Terrestres e às Áreas de Doutrina, Instrução e Logística do Estado-Maior do Exército, que tomem as providências decorrentes da adoção do material em questão, previstas nas IG 20-12.
Art. 3º Determinar que esta portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Segundo a Ares, fabricante do REMAX, esta possibilitará uma nova dimensão à Força Terrestre Brasileira e Defesa Nacional, potencializando o poder de combate e garantindo segurança da tropa embarcada que realiza a operação no interior da viatura.
O REMAX é uma estação de armas remotamente controlada giro-estabilizada controlada remotamente para metralhadoras 12,7 mm e 7,62 mm que foi desenvolvida a partir dos requisitos do Exército Brasileiro por meio de uma parceria da ARES com o CTEx (Centro Tecnológico do Exército). Trata-se de um projeto ambicioso iniciado em 2006 com a promessa de desenvolvimento da primeira estação de armas 100% nacional.
Hoje é uma realidade no Exército Brasileiro e já equipa as primeiras unidades da viatura blindada sobre rodas média VBTP-MR 6X6 Guarani. Além de equipar a viatura média 6X6 o REMAX será irá equipar às futuras viaturas de reconhecimento 4×4 do Exército Brasileiro.
Muito boa noticia . Espero que os Fuzileiros Navais em vez de comprarem mais Piranhas, olhem para o Guarani agora também, projeto nacional e anfíbio .
Boa notícia,agora é esperar que a MB adote a estação naval CORCED da Ares também
Excelente notícia
Apesar de a Ares ter passado seu controle acionário para a Elbit, mesmo assim pelo menos o equipamento é fabricado aqui… agora temos uma plataforma giro estabilizada que permite melhor pontaria em disparos com a viatura em movimento e melhor proteção para a triplação… sem contar que a REMAX conta também com lançadores de granadas fumígenas integrado a um LWS que dá opção da viatura reagir automaticamente lançando contra medidas quando estiver sendo iluminada por laser de armas anti tanque.
Um dia muito importante pois cheguei a pensar que a Remax estaria morta algum tempo atrás…
Só não deu para ficar 100% feliz pois, embora tenha sobrevivido, a promessa da Remax não se cumpriu, ela não é mais a plataforma 100% nacional idealizada.
Pois no meio desta quase década de desenvolvimento a Ares deixou dem ser uma empresa 100% nacional ao ser adquiria e passou a ser uma subsidiária da empresa israelense Elbit Systems.
Giba, a compra da Ares pela Elbit só fez acrescentar ao produto visto que a empresa israelense produz o benchmark do mercado, a torre Typhoon.
Contudo, penso que o produto pode ser melhorado em uma variante que tenha além da .50 mísseis antitanque Spike, e também uma versão naval.
Não discuto se a Elbit melhorou ou não o sistema Remax, o que digo é que os antigos donos da Ares como a maioria dos empresários brasileiros preferem vender suas empresas a grupos estrangeiros DEPOIS de receberem anos de fundos e apoio tecnológico das FFAA para desenvolvimento de um produto NACIONAL. Por essa mentalidade é que é dificílimo se desenvolver tecnologia belica no Brasil pois muitos empresários pensam como VC; que depois de tudo que o EB (CTEX) e o governo investiu na Ares o empresário vende para a Elbit algo que nem foi ele que realizou na verdade. Este “patriotismo” ao Capitalismo e não a pátria que sempre deixa o travo amargo que o grande problema do Brasil é mesmo o seu povo PRINCIPALMENTE a sua elite sempre pronta a se vender por um punhado de dólares ao primeiro estrangeiro que lhe passe uma proposta atraente.
É muito difícil achar ou desenvolver uma elite empresarial mais competente e que ame o seu país… Quase impossível…
Ahh o velho pensamento do proletariado… Da gratidão…
Não existe “uma elite empresarial mais competente e que ame o seu país”… O nome disso a que você se refere é estatal… Só que elas estão longe de serem competentes.
Se você quer ter empresas 100% nacionais e competitivas, que se faça alguma coisa em relação ao custo Brasil, que se fomente pesquisa de base e parcerias privadas nas Universidades que estão com laboratórios sucateados e abarrotadas de cursos inúteis tomados por ideologias sindicalistas do século passado, que se desburocratize o sistema empresarial, que se pense mais na saúde financeira e estabilidade do país no longo prazo, que se imponham clausulas para que ao tomar dinheiro público estas empresas deem retorno ao país e fomente novas pesquisas…
Agora vir com choramingos e dizer com ar de “traído” que quem vende uma empresa é um ingrato é o mais puro, velho e hipócrita argumento de demonização do empresariado que acaba com este país…
Muito bom!
Salve os avanços brasileiros, com luta, com garra. Soberania sempre . . . .
Seria muito bom que além da metralhadora 12,7mm pode-se carregar junto um metralhadora 7,62mm ou um lança granadas de 40mm.