A Marinha do Brasil afirma que documentos vazados sobre o submarino “Scorpène” não afetam projeto brasileiro. “A Força afirmou e reitera que a partir das notícias divulgadas, o possível vazamento não está relacionado ao programa de obtenção dos submarinos da classe “Scorpène” em construção no Brasil (S-BR), em parceria com a DCNS. Os submarinos brasileiros foram projetados atendendo a especificações estabelecidas pela Marinha do Brasil, o que indica haver diferenças entre nosso submarino e os de outros países”, esclarece o contra-almirante Flávio Augusto Rocha.
De acordo com o contra-almirante, “a Marinha do Brasil, em princípio, não vislumbra impacto no programa de construção dos S-BR em andamento no Brasil e acompanha, atenta, os desdobramentos do fato ocorrido”.
Em nota enviada ao site Indústria de Defesa & Segurança, o contra-almirante afirma que a força está atenta às investigações sobre os documentos do submarino. “A Marinha do Brasil esclarece que, em momento algum, afirmou estar despreocupada com o suposto vazamento de informações relacionadas aos submarinos da classe ‘Scorpène’”.
O submarino “Scorpène” faz parte do PROSUB da Marinha do Brasil. Mais de 22 mil páginas do documento sobre o submarino vazaram no estaleiro da francesa DCNS, responsável pelo projeto. O temor é que essas páginas contenham detalhes sobre a capacidade de combate do submarino. Além do Brasil, Índia, Malásia, Austrália e Chile compraram o submarino da DCNS e investigam o vazamento.
LEIA NA ÍNTEGRA A RESPOSTA DA MARINHA
“Senhora jornalista,
Em relação à matéria publicada ontem (25) no site Defesa e Segurança, intitulada “Brasil desconsidera vazamento do ‘Scorpène’, Austrália e Índia investigam”, a Marinha do Brasil esclarece que, em momento algum, afirmou estar despreocupada com o suposto vazamento de informações relacionadas aos submarinos da classe “Scorpène”.
A Força afirmou e reitera que a partir das notícias divulgadas, o possível vazamento não está relacionado ao programa de obtenção dos submarinos da classe “Scorpène” em construção no Brasil (S-BR), em parceria com a DCNS. Os submarinos brasileiros foram projetados atendendo a especificações estabelecidas pela Marinha do Brasil, o que indica haver diferenças entre nosso submarino e os de outros países.
Portanto, a Marinha do Brasil, em princípio, não vislumbra impacto no programa de construção dos S-BR em andamento no Brasil e acompanha, atenta, os desdobramentos do fato ocorrido.
Atenciosamente,
FLÁVIO AUGUSTO VIANA ROCHA
Contra-Almirante
Diretor do CCSM
FONTE: Indústria de Defesa & Segurança
Bruno, em relação ao Scorpene, o S-BR terá uma seção no casco a mais, portanto sendo mais longo (75 metros contra 60 na versão básica), mais pesado (2000t contra 1600t) e terá lemes em X e não em cruz. Há algumas outras diferenças internas, mas visualmente falando essas são as mais notáveis.
Bolovo, os nossos terão o leme em cruz.
Boa tarde, Concordo com Jaime. Na área de Defesa cada detalhe faz a diferença então se nosso Prosub tem suas particularidades creio que não razão para fazermos tanto estardalhaço. O importante é acompanhar o desdobramento deste caso e tomar as medidas cabíveis e necessárias a partir de informações mais maduras… A Índia, Austrália e Malasia estão com uma preocupação a mais por causa da tensão vivida naquela região do Oceano Indico e do Sudeste Asiático uma vez que há a possibilidade dos segredos do Scorpene chegar a países como a China e/ou Paquistão… Já a DCNS ter informações como essas roubadas representam uma perda da exclusividade de um patrimônio intelectual inestimável e isso pode acarretar em um prejuízos e possíveis perda de mercado a longo prazo.
E se tivesse impacto negativo sobre nossos meios, a marinha falaria para a imprensa? Sim né.
Os Sub’s brasileiros foram projetados atendendo as especificações da MB. Qual a diferença do nosso Scorpene para o original? Claro que as capacidades e demais são confidenciais, mas em relação ao tamanho/deslocamento vai ser diferente?