A Marinha do Brasil (MB), dando continuidade ao PROGRAMA ESTRATÉGICO “CONSTRUÇÃO DO NÚCLEO DO PODER NAVAL”, informa que a proposta final do CONSÓRCIO “ÁGUAS AZUIS”, datada de 8 de março de 2019, foi selecionada como a Melhor Oferta para o Projeto de Obtenção, por construção, das Corvetas Classe “TAMANDARÉ”.
1 – O Processo de Seleção da Melhor Oferta
O processo de seleção, que empregou a natural expertise do pessoal da própria MB, contou com o apoio técnico em áreas específicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O seu desenvolvimento transcorreu em 15 meses, a partir da divulgação da RFP nº 40005/2017-001, em 19 de dezembro de 2017. Durante esse período foram executadas as Fases de Questionamentos; Análise e Refinamento das Propostas; e Negociação, envolvendo a emissão de 386 (trezentos e oitenta e seis) Circulares entre a gerência do projeto e as proponentes.
O processo de seleção adotado pela MB foi baseado em 2 instrumentos basilares para a tomada de decisão: Análise Multicritério à Decisão (AMD) e Análise de Riscos.
A AMD foi composta por 215 critérios. Tais critérios foram estabelecidos de forma matricial, com a participação dos especialistas das Diretorias Técnicas e do Setor Orçamentário/Financeiro da MB, englobando as seguintes áreas de análises: Plataforma; Sistemas de Combate; Comunicações & TI; Aeronaves; Proposta Comercial e Tributos; Capacidade Técnica dos Estaleiros Nacionais; Ciclo de Vida; e Transferência de Tecnologia, Compensações e Conteúdo Local.
O primeiro nível da AMD foi composto por 4 macro critérios, ou seja, pelas áreas centrais de interesse para o processo de seleção apresentadas na Tabela nº 1.
O segundo instrumento de mesmo grau de importância para a seleção da Melhor Oferta pautou-se em uma permanente Análise de Riscos nas diversas fases do processo, à luz das orientações emanadas no Decreto nº 9.203/2017 e demais instrumentos e orientações correlatas.
Tais documentos definem as boas práticas de governança pública, princípios e diretrizes, com o propósito de aportar maior segurança técnica e jurídica ao processo decisório.
Para efeito do levantamento dos eventos (riscos, problemas, oportunidades ou benefícios), à semelhança da estruturação da AMD, as propostas foram analisadas tomando por base as mesmas áreas centrais de interesse para o processo de escolha, como já anteriormente descritas.
Adicionalmente, foram analisados os eventos relacionados às capacidades jurídica/fiscal e econômica/financeira das empresas acionistas dos Consórcios, das empresas apontadas como beneficiárias para as transferências de tecnologia dos Sistemas de Gerenciamento de Combate e da Plataforma (ToT do CMS e IPMS), bem como dos estaleiros nacionais envolvidos.
2 – O Consórcio Selecionado e a Futura Classe “Tamandaré”
O Consórcio selecionado alcançou, na fase de seleção, os Índices de Conteúdo Local de 31,6% para o 1º navio e média de 41% para os demais navios da série, sendo formado pelas empresas ATECH Negócios em Tecnologias S.A, EMBRAER S.A e THYSSENKRUPP Marine Systems GmbH (TKMS). As seguintes empresas serão subcontratadas: ATLAS Elektronik, Estaleiro ALIANÇA S.A. e L3 MAPPS.
A proposta selecionada apresenta um projeto de um Navio de Propriedade Intelectual (NAPIP) da empresa alemã TKMS, baseado nos navios da Classe “MEKO A100”. As futuras Corvetas da Classe “TAMANDARÉ” terão as seguintes características da Plataforma e do Sistema de Combate.
3 – A EMGEPRON e a formalização contratual
A EMGEPRON iniciará as ações para a assinatura dos contratos com a futura SPE “ÁGUAS AZUIS”, na qualidade de Contratante do Projeto de Obtenção, por construção das Corvetas Classe “Tamandaré”.
O Contrato Principal e os demais Contratos Coligados (Transferência de Tecnologia, Apoio Logístico Integrado e Compensação), para a obtenção de até 4 navios, serão assinados preferencialmente até o final do corrente ano, de acordo e em conformidade com as condições previstas na RFP nº 40005/2017-00.
Ademais, será negociada simultaneamente, pela primeira vez na MB, a estruturação do gerenciamento do ciclo de vida dos navios, incluindo o contrato de Apoio ao Serviço (manutenção pós venda). Tal iniciativa, dependendo do sucesso alcançado, contribuirá para uma maior disponibilidade operativa dos futuros navios durante todo o ciclo de atividades, além de contribuir para uma maior perenidade de negócios para a Base Industrial da Defesa (BID).
A previsão da entrega definitiva dos navios à MB está planejada para o período entre 2024 e 2028, com a possibilidade da geração de cerca de 2000 empregos diretos e 6000 empregos indiretos.
FONTE: MB
Preferia o projeto da ficantieri mas ao que tudo indica o desenho dessa meko foi custumizado, e ficou mais parecido com o projeto original Tamandaré. Quanto ao armamento o projeto tem espaço para aumentar o poder de fogo.
Quando os caças foram escolhidos teve até entrevista coletiva, mas quando se trata de navio é assim passando batido apenas para a comunidade do tema.
Excelente escolha…Padilha adotação do VLS do Sea Ceptor pela Marinha, pode beneficia a Avibras de alguma forma no projeto de defesa AA apresentada ao Exercito.
No momento não.
Total retrocesso, considerando tudo que foi desenvolvido em capacitação e em equipamentos no Pais.
A EMGEPRON deveria construir nas instalações do AMRJ e deveriam ser empregados os equipamentos de Guerra Eletrónica, SICONTA, Sistema de Controle da Propulsão e de Avarias nacional.
É lamentável.
AGIAS AZUIS PARA OS ALEMÃS E ÁGUAS CINZAS PARA A MARINHA
Prezado Nacionalista. Talvez vc não saiba, mas a concorrência desde seu início previa que o Prime Contractor (PC) seria o responsável pelo funcionamento de todos os equipamentos que ele colocou na proposta, ou seja, o consórcio Águas Azuis assim como todos os outros, colocaram sistemas de empresas que eles confiam e sabem como “apertar” caso algo não funcione, pois a multa é pesadíssima para o PC, e é por isso que a MB deverá seguir com seus desenvolvimentos mas em outros navios. Espero ter esclarecido e dizer que lamentável é ficar defasado tecnologicamente, o que estamos há anos.
Padilha fiquei surpreso pela escolha parecia que o loob da Saab e da damen colocava a Sigma como preferida , mas este navio corveta ou fragata seja lá como a marinha vai chama-la realmente é fantástico e vai se comportar bem no Atlântico sul principalmente nas operações aéreas visto que seu convôo é mais espaçoso melhorando as operações com o sea hamk , foi uma escolha técnica e não política pelo que entendi, bem a cara do presidente que deixou quem entende escolher parabéns a nossa marinha, aos alemães que falatam pouco e mostraram muito, atitude bem germânica, e com muito carinho e admiração ao DAN que hoje pode ostentar vocês arrebentaram quase queimei a mão quando li a notícia vocês nunca decepcionam quando crescer quero ser como vocês kkkkkkk.
Me parece que esta escolha se dá pela viabilidade de aquisição de mais unidades e da tonelagem que as coloca num meio termo entre corretas e fragatas. Além disto, há previsão de aproveitando a contratação aditivar as fragatas?
Muito cedo pra isso.
Pergunta ao DAN, quanto se gastou na Emgepron para o desenho das CCTs que hoje foram pro lixo? Parabéns a Marinha pela escolha.
Não foi na Emgepron e sim com a Vard Niterói. Não vou chutar pq não lembro de cabeça mas se buscar aqui no DAN deve ter o valor.
Esse era o consócio que eu torcia para vencer! Ficou feliz que as coisas estejam andando, pelo visto dias melhores virão. O projeto da sigma mais parecia um navio patrulha oceânico mas sei que é um navio com ótimas capacidades. Pelo visto o primeiro navio vai ser construído a partir do proximo ano.
Padilha o Radar Artisan é confirmado? E o mansup, vai suprir apenas as fragatas e corvetas do serviço ativo que podem ser modernizadas?
Sim. Radar será o Artisan 3D da BAE Systems. O MANSUP quando entrar em produção irá equipar tanto corvetas quanto fragatas na MB.
O VLS do Sea Ceptor, pelo menos na arte apresentada, parece ser o “mushrooms” utilizado na mordernização das Type 23, ou seja, individual. Doze mísseis, é muito pouco!
Fabiano de que adianta termos capacidade para por 48 Sea Ceptor no navio se não teremos $$$$ para comprar 48?
E precisa armar com 48 ou com 32 (no caso de Sylver/Mk41 de 8 celulas) pra navegar?
Aqui se nevaga normalmente com 2 ou até 4 MAN apenas, mas podendo levar até 8, se preciso.
Melhor navegar com 12, e se precisar poder carregar até 32 se for preciso, do que ficar preso em 12!
Não temos ainda as informações, as quais colheremos melhor durante a LAAD. Até lá, a quantidade e o tipo de lançador ainda é especulação. Vamos aguardar um pouco mais que tudo irá sendo desvendado.
Padilha boa tarde.
Primeiro parabéns pelo furo da notícia…saberia informar quantos e qual vls serão instalados ?? O projeto do CPN previam 8 células, na imagem divulgada contam-se 12 unidades….
Roberto, realmente essas questões serão dirimidas a partir de agora, pois até então havia o sigilo total, com bastante chute. Vamos levantar isso certinho para não falar bobagem. De BOBagem a internet já está cheia.
Que pena, eu não gosto desse projeto, nem de longe seria a minha escolha. Mas espero que venham logo, estamos há 1 década sem marinha de guerra.
Padilha, sabe dizer se esse sonar da Atlas é superior ao Kingklip? Achei estranho a MB abrir mão de um sonar que pode ser fabricado aqui.
Bom, na verdade todos os sonares ATLAS são o que podemos chamar de The best. O Kingklip tb é bom, mas o sonar está dentro de um pacote , ou seja, ele não era determinante.
Perdoem minha ignorância mas, qual é a localização deste estaleiro ?
Estaleiro Oceana fica em Itajaí.
Boa tarde, as corvetas serão montadas em Niterói ou em Itajaí? Me surgiu essa dívida devido o Oceana fazer parte do Consórcio mas o Aliança está listado como subcontratado, não havendo mais menção do Ocean. Era para ser uma Corveta, e se tornou uma Fragata Leve. Excelente escolha!
A construção será no Oceana
Padilha, já tem informações do arranjo de propulsão?
Está no texto
Uma excelente e “pesada” escolha de 3445 Ton , creio que a participação da Embraer Defesa foi muito importante como um apoio à esta companhia brasileira além de outras é claro ! Parabéns à nossa MB e que ótimos ventos a conduzam !
Sempre foi a minha favorita, apesar de não temos as outras propostas, o peso final da embarcação também também influencia e muito na escolha.
28/03/19 – quinta-feira, btarde, Sr. Padilha, mesmo muito antes já haver expressado aqui a minha simpatia pela DAMEN-SAAB, gostei da escolha já que teremos duas empresas nacionais (legítimas) (Embraer Seg. e Def), além de um estaleiro já conhecido da MB, eu como simples entusiasta gostaria de saber: qual o custo de cada corveta, o que além do retrofit da BARROSO foi oferecido a MB, além de termos corvetas com o mesmo porte de nossa FCN.
SAUDAÇÕES
Vovozão, vamos com calma. Uma coisa de cada vez né? Sei que já tem gente correndo atrás dessas informações para depois dizer que são os bons, mas o que vale é a informação em 1ª mão e detalhe: OFICIAL. Nada de uma fonte de não sei onde, que me disse e blá blá blá.
Portanto, aguarde e confie no DAN porque nós vamos buscar essas informações para nossos leitores.
Aleluia, chegou ao fim a novela mexicana! Teremos corvetas com deslocamento de fragatas e melhor armada que nossa atual Niterói. Padilha, sabe dizer se a construção é modular como a sigma? Qnto tempo leva?
Modular sim. Os alemães são pioneiros nisso.
Parabéns a MB!!! Excelente escolha. Que venha o segundo lote!!!!
Gostei do recheio das crianças viu, serão corvetas de respeito. E que este seja o pontapé inicial(junto ao Prosub) da reestruturação e reequipamento da MB.