Brasília, 14/09/2018 – Nesta terça-feira (12), no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), na Ilha das Cobras, o novo navio capitânia da Esquadra brasileira, o Porta-Helicópteros Multipropósito (PHM) Atlântico, recebeu a visita de 29 militares das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica), integrantes da comitiva chefiada pelo chefe do Estado-Maior Conjunto da Forças Armadas, almirante de Esquadra Ademir Sobrinho.
O objetivo da visita foi apresentar as capacidades do PHM Atlântico para as operações conjuntas das Forças Armadas, como o embarque de helicópteros e o guarnecimento de instalações médicas. A operação conjunta com as três Forças já era feita rotineiramente pela Marinha do Reino Unido e pretende-se dar continuidade, agora, no Brasil.
Recebidos pelo comandante em Chefe da Esquadra, vice-almirante Alipio Jorge Rodrigues da Silva, a comitiva do Ministério da Defesa contou, ainda, com o chefe de Operações Conjuntas (CHOC), tenente-brigadeiro do Ar Baptista Junior; o chefe de Assuntos Estratégicos, almirante de Esquadra Viveiros; e o chefe de Logística (CHELOG), general de Exército Laerte.
Com o comprimento de 203,4 metros e deslocamento de 21.500 toneladas, o navio pode operar sete helicópteros em seu convoo e transportar até 12 aeronaves em seu hangar. Possui ainda a capacidade de transportar até 800 Fuzileiros Navais e projetá-los por meio de movimento helitransportado, ou por meio de quatro lanchas de desembarque.
A chegada ao Rio de Janeiro ocorreu em 25 de agosto último. O “Atlântico” será empregado na garantia da segurança marítima no Atlântico Sul e no estreitamento dos laços de cooperação com Marinhas amigas.
FONTE E FOTO: MD
Que ótima noticia! Saber que não vai ficar no papel e que já estão planejando essa integração.
Ver futuramente panteras, sabres, junto com seahawk, cougar, esquilos no convoo do PHM Atlantico será maravilhoso!
Andre, parabéns pelas perguntas muito relevantes! Também estou curioso para saber um pouco da interoperacionalidade do navio. Isso certamente consome muito planejamento e, consequentemente, um excelente “treino” para as mentes das três forças!
Obrigado Miguel. Um navio como esse tem uma variedade de aplicações não apenas para a Marinha.
As próximas comitivas devem ser de militares da Argentina e Chile que sempre visitam as instalações da Marinha. Nada mais adequado que o chefe do EMCFA conheça uma plataforma que é designada como “múltiplo emprego” (até por ser navio capitania, designado como centro operacional para coordenação de força-tarefa) não apenas nas operações navais mas em conjunto com outros segmentos das Forças Armadas.
Como seria Guilherme, por exemplo, a sinergia entre o radar mais avançado da Marinha (“tão avançado que é o mesmo que equipa os novos porta-aviões britânicos, estando portanto no mesmo nível dos ingleses no tocante a sensores”) com os avião de alerta da FAB, os novos helicópteros das Forças Armadas, o KC390 e os novos caças em especial, além dos já em operação? Que tipo de apoio tático sensorial, logístico e emergencial o navio pode favorecer a essas aeronaves? E o oposto, como os aviões podem fornecer apoio e informações estratégicas ao navio em situações que ele necessite de apoio aéreo sem o uso de seus próprios helicópteros? Ou seja, em uma operação conjunta um caça tendo mais agilidade que um helicóptero pode servir de espião á longa distância reportando ao navio informações estratégicas para serem processadas. As tropas de elites do Exército e FAB podem ter no Atlântico uma plataforma de apoio para suas operações dependendo da necessidade? Essas questões devem ser estudadas por esses oficiais.
A Fab e a Marinha são responsáveis pelo espaço aéreo do território nacional, que não acaba na praia, e pela vigilância oceânica respectivamente. Então a operação conjunta dos dois é ainda mais evidente. Por exemplo, acontece frequentemente incidentes com marinheiros que sofrem de apendicite em alto mar e se um helicóptero da FAB for acionado tendo o Atlântico á disposição podendo servir de suporte emergencial já é uma vida poupada pela atuação conjunta. Falando em múltiplo emprego o Grumec, além dos fuzileiros navais, também tem no Atlântico (e no Bahia) mais uma plataforma estratégica de operações especiais somada aos novos submarinos em construção, além dos que já operam. Mas aí alguém pode dizer: “o grupo de mergulhadores de elite são subordinados ao comando da Força de Submarinos”. E eu respondo que esse mesmo grupo usa helicópteros subordinados ao Esquadrão de Helicópteros onde até o uso de helicópteros anti submarinos pode dar suporte a eles dependendo da exigência da operação. E porque não até o KC390! Bem que o Atlântico poderia ser levado para o estaleiro dos submarinos quando do lançamento do Riachuelo.