Por Robinson Farinazzo
Todo militar em função de decisão em qualquer Força Armada de praticamente todos os países do mundo carrega consigo uma preocupação enorme com a otimização de resultados. Isto porque os equipamentos que seu país coloca à sua disposição são caros e sua aplicação precisa ser decisiva numa situação extrema, então a pressão por acertos é enorme. E justa.
Ora, já vimos na primeira parte desta matéria que nos dias de hoje uma única aeronave consegue fazer com precisão o pesado trabalho que na Segunda Guerra Mundial demandava toda uma esquadrilha, mas este aperfeiçoamento não bastou. É necessário fazer o ataque e sobreviver para cumprir mais missões – e a melhor maneira de conseguir trabalhar assim é se valendo de um conceito chamado STAND OFF.
Mas o que é esta técnica e como ela funciona ?
Basicamente, consiste em acertar o alvo enquanto o vetor permanece fora do raio de alcance em que os defensores são suscetíveis de envolvê-lo. Grosso modo, trata-se de ter um braço maior do que o do inimigo, permitindo golpear o oponente enquanto este permanece impotente. A ideia não é nova, pois os americanos começaram a pensar nela por volta de 1974, embora só em 1991 na Guerra do Golfo o conceito tenha se tornado operacional, com um esquadrão de Boeing B-52 viajando por metade do planeta para lançar uma bateria de mísseis AGM-86 contra alvos no Iraque.
O conceito STAND OFF opera na base da simbiose entre um bom vetor (no nosso caso, uma aeronave com características de plataforma estável de armas), e um armamento com guiagem e raio de alcance que lhe permita ser lançado de uma distância suficiente do alvo para que o vetor não seja alcançado pelas armas defensivas. A aeronave lança o míssil ou a bomba planadora, e enquanto a segunda voa em direção ao alvo, a primeira inicia manobra evasiva e se afasta rapidamente do local.
Mas, a indústria militar aeronáutica quer (e é pressionada para) ir mais além – e desenvolveu o sistema PERDIX. Esta inovação, concebida pelo MIT/Lincoln, (o prestigiado Instituto Massachusetts de Tecnologia) consiste em centenas de minidrones medindo cada um 15 cm de comprimento e 30 cm de envergadura, sendo lançados simultaneamente de uma única aeronave.
Por enquanto, eles têm apenas a função de vigilância do campo de batalha, mas não é difícil adivinhar o que vem por aí. E você pode destruir quantos deles quiser (ou conseguir), pois o sistema trabalha com inteligência em rede, coordenando-se entre si por um algoritmo que, provavelmente, já é um princípio de inteligência artificial, onde os drones sobreviventes desempenham o papel dos que foram destruídos. Quem viu (e ouviu) o sistema em ação o descreveu como um pesadelo.
Este sistema é inovador, sob vários aspectos: oferece menos risco aos pilotos, funciona como elemento dissuasório a ações terroristas e abre todo um leque de futuras aplicações civis em diversas áreas, da agrimensura à vigilância de estradas, passando pelo monitoramento ambiental.
Assista a seguir: o vídeo de um Boeing F-18 lançando 103 drones PERDIX no campo de provas da Marinha dos Estados Unidos em China Lake, no deserto do Mojave.
Bruno, quase c certeza tendem a explodir c o acionamento de uma espoleta.
E o que os drones fazem depois que acaba a bateria?
Impressão minha ou fizeram o teste em “China Lake” só pra cutucar os olho puxado ? kkkkkkk