Brasília, 05/09/2014 – Um dos fatores condicionantes para o desenvolvimento da Base de Indústria de Defesa (BID) é o controle rigoroso que os países precisam ter para utilização, importação e exportação das chamadas tecnologias sensíveis, como equipamentos utilizados nas áreas nuclear, química e biológica.
O assunto foi debatido na III Mostra BID-Brasil, nesta quinta-feira (4), no Painel de Tecnologias Sensíveis: Barreiras e Alternativas de Acesso. No encontro, representantes dos Ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia e Relações Exteriores, trataram de questões relevantes para uma política consistente capaz de driblar obstáculos e assegurar acesso a tecnologia de ponta e a soluções no setor.
Entre as principais alternativas apresentadas, destaca-se a necessidade de aprimorar o sistema de aquisição de defesa, conhecer as leis internacionais sobre o tema e fortalecer a imagem de que o país está atento às normas vigentes.
O pesquisador da Escola de Guerra Naval, William Moreira, também apontou fatores como mecanismos de previsibilidade e de demanda e um sistema capaz de responder com agilidade aos eventuais casos de cerceamento. “A credibilidade é fator essencial”, disse.
O diretor do Instituto Pandiá Calógeras, do Ministério da Defesa, Jorge Ramalho (foto acima), destacou que além de unir cada vez mais os setores já envolvidos com o tema, é necessário sensibilizar a sociedade como um todo para a cultura de defesa e sua importância para a nação.
“A cultura de inovação busca aproximar indústria, governo e academia em função do que interessa a todos: a transferência de conhecimento”, afirmou.
Fotos: PH Freitas
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