Em novembro de 2012, a Odebrecht entregará à Marinha a primeira etapa do Prosub: a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, uma obra de 55 mil m2 de área construída, composta pelas edificações do Prédio Principal, do Almoxarifado, do Paiol de Inflamáveis, da Central de Utilidades e da Área de Administração e 29 mil m² de área pavimentada.
Atualmente, mais de 5.000 pessoas trabalham no canteiro de obras do Prosub. Destas, atuam na UFEM, nas etapas finais da obra civil, 1.700 profissionais da Odebrecht Infraestrutura e 200 profissionais de empresas subcontratadas, além de 600 profissionais no início da montagem eletromecânica.
O Diretor de Obras Civis da Odebrecht para o Prosub, José Luis Alexandre Ramos, considera o cronograma do empreendimento um desafio permanente e determinante do ritmo de trabalho em todas as fases de execução das obras civis. Segundo ele, as expectativas iniciais em relação à disponibilidade de mão de obra qualificada aliadas à diretriz da empresa de privilegiar as contratações na própria região do empreendimento levaram a Odebrecht a implementar o ‘Acreditar’, um programa de qualificação profissional da empresa, bem sucedido em diversas obras da Odebrecht no País e no exterior.
“Ao iniciarmos a obra, a Odebrecht abriu inscrições para o ‘Acreditar’ e o número de inscritos foi imenso. Formamos aproximadamente 500 profissionais e muitos trabalham na obra. Contratamos pessoas de Itaguaí e imediações como também dos municípios vizinhos”, expõe José Luis Ramos. A baixa ocupação do alojamento da empresa no município de Seropédica, que integra a microregião de Itaguaí, e o aumento de linhas de transporte para os funcionários confirmam a origem da mão de obra contratada na região. “Montamos uma logística de transporte composta por aproximadamente 100 ônibus com destino diário a diversos pontos em diferentes municípios próximos a Itaguaí.”
Em relação ao desempenho da obra, o emprego de processos construtivos mistos na UFEM permitiu o avanço paralelo de atividades em diversos pontos do canteiro. “No prédio e oficina principal utilizamos pilares em concreto in loco, em formas trepantes e cobertura metálica. Não empregamos estruturas em concreto pré-moldado nesta parte da obra porque a dimensão das peças dificultaria o manuseio e o içamento dos pilares e exigiria o uso de máquinas e guindastes de grandes proporções. Já em outra oficina deste prédio, optamos por pilares de concreto pré-moldado, confeccionados no chão, próximos às suas bases. No almoxarifado, a primeira edificação concluída, a infraestrutura foi executada em concreto armado e a supraestrutura composta de pilares e cobertura em estrutura metálica”, explica José Luis Ramos. “Esta estrutura mista ofereceu maior agilidade e redução do prazo de execução”.
A outra obra do empreendimento com término previsto para o final deste ano é o túnel 700 metros de comprimento ligando as áreas Norte e Sul. Construído através do morro que separa as duas áreas e escavado simultaneamente pelas duas extremidades – o que reduziu em 50% o tempo de execução do projeto – o túnel já está totalmente vazado em meia seção.
As dimensões do túnel foram determinadas a partir das necessidades de transporte das peças do submarino das unidades fabris UFEM e NUCLEP para o Estaleiro: para a seção de 14,5 m x 14,5m, o projeto tomou como referência o diâmetro de 10 metros da maior peça a ser transportada.
Nesta obra, além de adotar tecnologia de ponta e equipamentos de última geração, a Odebrecht realizou um minucioso estudo da geologia do maciço, possibilitando assim, a identificação e o controle dos riscos – monitorados por instrumentos de medição – e a avaliação de cada trecho de escavação.
A presença de um túnel de outra empresa na área, cruzando o percurso do túnel do Prosub na parte superior, levou a Engenharia da Odebrecht a utilizar um plano de desmonte piloto para a obtenção de alívio de tensões na rocha, trazendo assim, maior segurança para a continuidade dos trabalhos de abertura da totalidade da seção.
Com o objetivo de assegurar a integridade da obra e evitar transtornos à vizinhança com as explosões e vibrações delas decorrentes, a Odebrecht adotou diversas técnicas de segurança e ações preventivas, entre estas, o uso de sismógrafos no controle da intensidade das detonações e dos tremores; o uso de barreira de segurança com telas metálicas, cintas de borracha e uma camada de terra com 2 metros de espessura para impedir a projeção de fragmentos de rocha para além do limite de segurança; a proteção da encosta contra eventuais deslizamentos com a construção de cortinas atirantadas na parte superior do morro; e o isolamento da área de segurança em um raio de 100 metros.
FONTE: Techno News