Por Alejandro Sanchez
Um fato obscuro de assuntos militares da América Latina é que a Marinha do Brasil possui seu próprio porta-aviões. O navio, agora com cinquenta anos de idade, está passando por reparos para que possa servir para pelo menos mais uma década. No entanto, dado o ritmo acelerado da geopolítica da América do Sul, e assuntos de geosecurity, sérias questões devem ser levantadas se o Brasil realmente precisa ou não de um porta-aviões em sua Esquadra.
O Porta-Aviões
O Brasil adquiriu o seu da França, em Novembro de 2000: o navio é da classe Clemenceau, desloca 36.000 toneladas, de propulsão não-nuclear, e foi construído no início da década de 1960. Originalmente batizado como Foch, enquanto servia a França, entrou na doca seca em Saint-Nazaire em 1957, sendo lançado três anos depois e rebocado para o arsenal de Brest para conclusão. Entrou em serviço ativo em 1963 e deu baixa da Marinha Francesa em 2000, quando o PAN Charles de Gaulle entrou em serviço.
Quando foi vendido para o Brasil, o Foch foi rebatizado como navio-aeródromo São Paulo (A 12). Vale a pena notar que o navio substituiu outro porta-aviões operado pelo Brasil, o NAeL Minas Gerais (A 11), que foi lançado pela Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial (e batizado de HMS Vengeance). O Minas Gerais serviu por 41 anos na Marinha do Brasil, de 1960 até dar baixa em 2001.
O site MilitaryFactory.com fornece alguns detalhes adicionais sobre o São Paulo, explicando que “apresenta um perfil típico ocidental, com um convoo em ângulo, permitindo o lançamento de duas aeronaves de asa fixa ao mesmo tempo”. O navio tem um comprimento total de 869 pés, e é capaz de atingir a velocidade máxima de 32 nós, possuindo uma tripulação de mais de 1.900 homens. No que diz respeito as aeronaves transportadas, um comunicado de imprensa de dezembro 2013 da francesa DCNS, que está atualmente atualizando o São Paulo, diz que o navio de guerra brasileiro tem 18 aviões Douglas A-4 Skyhawk.
Enquanto isso, uma nota de Dezembro de 2012, a agência de notícias brasileira R7 explica que o porta-aviões também tem helicópteros de transporte Super Puma e helicópteros leves Esquilo. Tragicamente, o São Paulo não serviu na Marinha do Brasil sem incidentes a bordo, como os acidentes em 2005 e 2012, que matou e feriu um número de marinheiros.
O São Paulo é o único porta-aviões atualmente em uso por uma Marinha latino-americano. No entanto, o COHA (Concil on Hemispheric Affairs) foi incapaz de descobrir informações sobre os tipos de operações em que o porta-aviões esteve envolvido durante a década em que vem navegando sob a bandeira do Brasil . Uma análise no site WarisBoring explica que o São Paulo tem participado em exercícios navais, como com o USS Ronald Reagan, em 2004.
Além disso, aviões argentinos, ocasionalmente, pousaram no navio brasileiro, que serve como uma iniciativa de construção de confiança entre as forças navais dos dois países vizinhos.
Atualização
Parece que a Marinha do Brasil tem planos para o São Paulo. No início de janeiro de 2014, a DCNS tinha sido convidada pela Marinha do Brasil para inspecionar catapulta de vante do São Paulo. Os reparos começaram em novembro de 2013 no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ).
Em relação à reabilitação do navio de guerra brasileiro, em um comunicado de imprensa, em dezembro 2013, a DCNS explica que “a catapulta a vapor, que já realizou mais de 5.000 lançamentos, é um elemento chave para a capacidade do porta-aviões”, informando ainda que “após a intervenção da sua equipe, a catapulta realizou dois disparos, demonstrando o desempenho esperado e que as autoridades brasileiras manifestaram a sua satisfação”.
O Brasil e a evolução Militar e Geopolítica
Graças à sua forte economia na última década, as forças armadas brasileiras estão realizando compras de armas importantes, que ajudarão o gigante de língua Portuguesa a consolidar-se como a potência militar mais importante da América Latina.
Ao longo das últimas décadas, o COHA escreveu vários e abrangentes relatórios sobre a evolução militar no Brasil e suas aquisições de armas, enumerando apenas alguns dos exemplos mais proeminentes, além da modernização do São Paulo, a Marinha do Brasil está construindo, com ajuda francesa, um submarino movido a energia nuclear. Este submarino tem sido um sonho da Marinha desde o período do regime militar no país (1964-1985). Paris também está ajudando o Brasil a construir quatro submarinos diesel-elétricos, variantes do projeto francês Scorpene.
Enquanto isso, a Força Aérea Brasileira está recebendo uma reformulação com a escolha por Brasília, após vários anos de negociações, do Gripen (produzido pela empresa sueca Saab) como seu novo avião de guerra.
Durante anos, os analistas no COHA acreditavam que o governo brasileiro iria escolher o Rafale, produzido pela Dassault. Mas em dezembro de 2013, Brasília finalmente optou pelo modelo sueco. O Brasil vai comprar 36 caças Gripen em um acordo de US$ 4,5 bilhões. Quanto ao Exército Brasileiro, este tem comprado mísseis Shorad para atualizar seu arsenal. Os mísseis serão utilizados para proteger os céus das cidades que vão sediar os jogos da Copa do Mundo FIFA 2014.
Vale a pena notar que, dignitários estrangeiros relacionados com a defesa, viajam regularmente ao Brasil para pressionar o governo de Dilma Rousseff, em um esforço para persuadi-lo a comprar mais armamentos. Por exemplo, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu viajou a Brasília em outubro de 2013 para discutir a venda do sistema de mísseis Pantsir-S1 e Igla, um negócio que, se acordado nos próximos meses, poderá alcançar o valor de até US$ 1 bilhão. Enquanto isso, o presidente francês François Hollande visitou o Brasil em dezembro passado para convencer o governo brasileiro a comprar os caças Dassault, uma visita mal sucedida, pois Brasília escolheu o Gripen sueco.
Isso não quer dizer que outras nações do Hemisfério Ocidental não tenham também adquirido novos equipamentos militares ao longo da última década. Por exemplo, os militares venezuelanos também gastaram bilhões de dólares para atualizar suas forças armadas, a maioria voltada para a Rússia, como um dos principais fornecedores de armas. No entanto, como a mídia russa mesmo admite, as relações militares entre os dois países no pós-Hugo Chávez, não têm sido particularmente ideal para os negócios. Um comentário em outubro 2013 da agência de notícias russa Pravda, explica:
“Todos os principais contratos estavam vinculados ao presidente Hugo Chávez. Após sua morte, as complicações na situação sócio-econômica do país, a cooperação de defesa com a Rússia na verdade, chegou a um impasse e o novo presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, não está pronto para chegar a um acordo sobre novos contratos”.
Ameaças?
O artigo citado por MilitaryFactory conclui que “o São Paulo continua sendo uma peça fundamental para as operações da Marinha do Brasil na região, tanto para a estabilidade quanto no poder na face sul-americana do Atlântico. Para qualquer poder naval moderno, o porta-aviões é o coração e a alma da Esquadra”.
Mas o Brasil realmente precisa de um porta-aviões?
Certamente o navio é um exemplo de poderio naval, uma vez que ajuda a Marinha do Brasil a aumentar sua projeção de poder. O aumento dos poderes globais, como a China adquirir um porta-aviões, a fim de afirmar-se como potência naval global. Por outro lado, outras nações que já possuem esses navios de guerra gigantescos, estão sofrendo com a crise econômica, e estão reorganizando suas forças armadas. Um exemplo disso é o Reino Unido, que pretende cortar cerca de 20 mil militares dos três ramos de suas forças ao longo dos próximos anos, incluindo 6.000 marinheiros. A Royal Navy está construindo dois novos porta-aviões, o HMS Queen Elizabeth e o HMS Prince of Wales, envolvidos em polêmicas por causa dos altos custos e da redução de pessoal.
Quanto ao Brasil, o país é em grande parte desprovido de qualquer tipo de ameaça a sua segurança, que seria um argumento convincente para que a sua Marinha tenha um porta-aviões (ou um plano para um novo dentro da próxima década). As relações entre o Brasil e a Venezuela, durante a presidência de Hugo Chávez, raramente eram preocupantes e o comércio foi um mecanismo forte de confiança, para evitar escaladas de tensões. Além disso, no final de 2013, houve um grande exercício aéreo no norte do Brasil (CRUZEX), em que diversas forças aéreas participaram, incluindo a dos EUA e da própria Venezuela.
Seria bizarro acreditar que uma porta-aviões é necessário para proteção contra alguns dos vizinhos menores do Brasil, como a Guiana, Suriname e Uruguai. Da mesma forma, as relações com o Peru e a Colômbia, são geralmente cordiais, sendo refletido na cooperação inter-agências contra atividades criminosas, como o tráfico de drogas. Enquanto isso, a Argentina, que era um sério candidato a assumir o papel militar que o Brasil representa na América Latina hoje, tem suas forças armadas como um fragmento do que era antes. Não estão sendo considerados nesta análise a Bolívia e o Paraguai, apesar de ambas as nações fazerem fronteira com o Brasil, mas não possuem acesso ao mar.
O argumento para a construção de um porta-aviões, e do submarino de propulsão nuclear, é de que ajudará a proteger a costa do Brasil, em especial as suas plataformas de petróleo off-shore. O governo vendeu blocos de petróleo para companhias internacionais de petróleo, o que gerou o manifesto de trabalhadores do ramo em 2013. Note-se também que, em 2013, a Marinha do Brasil também adquiriu três Navios-Patrulha Oceânicos (OPV), da gigante britânica BAE Systems, para proteger seus portos e plataformas de petróleo. Certamente, um argumento que pode ser feito pela Marinha do Brasil é de que precisa de ainda mais navios para proteger suas instalações, mas qual, ou quais, países ou redes criminosas vão querer atacá-los, ainda está longe de ser clara.
Como um ponto final, é verdade que o porta-aviões ajuda na estatura naval de uma nação, mas o navio também precisa participar de algum tipo de manobra naval, a fim de mostrar que é operacional e útil. Exercícios militares com outras marinhas, são um bom exemplo disso. Mas pode-se perguntar se o São Paulo, uma vez operacional novamente, e antes de ser aposentado, poderá ser usado como uma embarcação de apoio para alguma operação de segurança multinacional, como parte das Nações Unidas ou de uma coligação internacional no combate à pirataria ao largo da costa da Somália.
Conclusões
Relatórios sobre o acordo de compra do caça Gripen, em dezembro de 2013, o site de notícias de defesa Defense Industry Daily explicou que a Marinha do Brasil “tem a intenção de comprar 24 caças para operar a partir do porta-aviões que irá substituir o Nae São Paulo no início de 2025”.
Em abril de 2013, tanto um artigo do DID quanto um do site brasileiro Defesa Aérea & Naval, também mencionam rumores de que um novo porta-aviões poderá ser desenvolvido, como já mencionado pela DCNS (o projeto é chamado PA2) e que pode ser vendido ao Brasil, já que a França não estaria mais interessada em adquiri-lo.
É provável que o São Paulo seja aposentado na próxima década. Isto é lógico, pois o navio já está com mais de 50 anos, e pode vir a ser mais caro realizar constantes atualizações, e reparos, ao invés de comprar um novo.
Se o Brasil realmente precisa de um porta-aviões, seja ele o São Paulo, ou um novo daqui a dez anos, continua a ser uma questão altamente discutível. É certo que um porta-aviões ajuda a proteger extensos interesses marítimos do Brasil, mas é duvidoso que o país tenha que enfrentar qualquer possíveis ameaças de segurança, ou seja, uma guerra com outra nação em um futuro próximo. O porta-aviões brasileiro pode ser um dos ativos estratégicos menos conhecidos e utilizados na história militar da América Latina, e no futuro.
FONTE: COHA
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
Sempre tivemos na america do sul a melhor marinha os melhores aviões caças etc… Não ententemos porque compraram esse porta aviões para usar poucos anos com gastos grandes para depois desativar o correto e arrumar e reponsabilzar quem comprou.
Irrita-se ver essa gente numa época de hoje falando a imbecilidades que vi aqui, claro que nosso país tem que acordar e se autogovernar, como consequência disso será uma potência que já deveria ter sido há muito tempo e eu vejo a necessidade não só de um porta-aviões, mas na minha opinião deveríamos ter era uns 10 e pelo menos dois deles iguais ou maiores que os principais do mundo, será que essa gente que tem opiniões tacanhas não vêm a riqueza e o tamanho do nosso território!
TEMOS QUE PENSAR É PRA FRENTE E NÃO PARA TRÁS, SE NÃO SEREMOS O ETERNO PAÍS DO FUTURO E SUBDESENVOLVIDO NO PRESENTE !!!
Não tem dinheiro para os projetos, a penas para roubarem, estes são os nossos políticos patriotas.
Por aqui, nada funciona, nem direito, nem esquerdo. Nada funciona! Compras de oportunidade? Novos, zero km? 1ª frota, 2ª frota, 3ª frota? Com Naes ou sem Naes? Oh! Céus! Oh! Azar! Oh, terra onde ninguém decide nadica de nada! E assim, em conta gotas, vai-se tentando encher uma piscina olimpica. Oh! Céus! Oh! Azar! Isso é Brasil!
Se nunca foi usado, não quer dizer que não seja necessário. Quem tem uma arma em casa, reza pra não precisar usá-la!
Algumas coisas foram feitas pra se ter, não pra se usar!
Boa tarde! Na verdade o Brasil precisa de 3 esquadras uma no Sul do Pais,uma no Sudeste e outra no Nordeste ai sim a MARINHA vai ficar fortificada.Agora não podemos é ficar a mercê de comprar navios de outros países , e porque não fazemos os nossos Navios será que no Brasil
não tem gente capacitada para essa função .
prezados boa noite, sobre a questão da segurança da costa brasileira,nós precisamos sim de um portas aviões.nossa costa está desprotegida todos os dias milhares de navios navegam nas águas do brasil poluindo nossas águas assim como navios de pesca japoneses que não tem autorização pra pescar em nossas águas ,e mesmo assim eles pescam assim mesmo pois sabem da fragilidade de nossa marinha…
Padilha alguma noticia dos Turbo Trackers e Traders? Seria legal ter o que esse vetor (S2T) pode fazer, e o que fez nas Malvinas monitorando a frota inglesa e mantendo os Submarinos Convencionais e Atômicos da RN longe do 25 de Mayo. Os Trackers dos Hermanos atacaram com torpedos dois contatos à espreita do GT do 25 de Mayo durante o quase primeiro embate de frotas de Porta-Aviões desde a segunda Guerra. Depois que afundaram o Belgrano ao Sul das Ilhas na outra frota Argentina, ficou melhor usar os A-4 desde terra e retirar a frota.
sim, nossa forca armada esta sucateada e o caso sao paulo e mais um caso de time que perde o trem da historia.agora parece que tomamos novo rumo politico e militar, acho que teremos melhores dias. que o diga a fab com o kc-390 saindo, tomara que seus gripens saiam e sejam produzidos aqui no pais. chega dessa mania de mandar militares para o exterior compadrinhados e sem conhecimento de causa, quando comprarmos tecnologia estrangeira. atualmente estamos comprando sistema de defesa russos e me surpreende que mandem entre os militares um subtenente musico, so porque e casado com compadrinha dos petistas. temos que ser mais profecientes, e a marinha e conhecida por sua respeitabilidade tecnica e militar. por isso espero que o proximo porta-avioes seja feito aqui (custe o que custar), com suor e vidas nacionais, precisamos disso, nacionalismo e a liga da uniao nacional. known how temos e so precisamos de coragem em fazer o certo e esquecermos um pouco de so visarmos compensacao financeira e pessoal, temos que avancar como homens portugueses brasileiros que somos e nos tomarmos mais envolvidos em termos nossa propria tecnologia tupiniquim orgulhosamente embandeirada em nossas velas de amor proprio.
parabens marinheiros brasileiros, patria amada BRASIL!!!!!
O São Paulo será um porta aviões de ataque completo, com os A-4 lançando Harpoons, Turbo Trackers, Turbo Traders. Se o inimigo não tiver pelo menos outro PA, não somente com caças de ultima geração mas também com alerta aéreo antecipado e reabastecimento aéreo disponível no ar direto, estará em desvantagem. De forma que acho que a Marinha está planejando magnificamente, com lições aprendidas das operações dos Hermanos, pena que o navio não fica pronto. Quando tiver o Sea Gripen será fantástico!
Não compreendi a dúvida sistematicamente levantada sobre a validade do Brasil dispor de uma frota à altura de seu litoral e riquezas por não termos potenciais “inimigos”. Haja vista que devemos pensar numa força militar para o pais como pensamos num seguro saúde, ou num seguro de automóvel para o cidadão, temos uma despesa pensando em não precisar usar o motivo da despesa. Mas se dermos azar, temos a sorte de poder contar com aquele recurso. Não?
Finalmente, precisamos ter mais.
O Brasil já detém a tecnologia para o propulsor nuclear que irá utilizar no submarino, porque a Marinha não faz um estudo de viabilidades para implementar ao São Paulo melhorando assim consideravelmente seu poder de ação e vida, a exemplo que os EUA fez com seu encouraçado da Segunda Guerra vindo a utilizar um navio que estava no museu.
Se fosse presidente compraria algo que prestasse…
Não vou discutir se a reforma do atual porta aviões é ou não necessária, mas sim a necessidade de termos no Brasil, uma não mas no mínimo três frotas de defesa com um porta aviões em cada distribuídas pela costa brasileira, exemplo uma no Rio de Janeiro, uma no sul e outra no norte/nordeste, cada uma com seus destroiers, cruzadores, submarinos e o que for mais necessário. Também defendo um exército altamente equipado juntamente com a aeronáutica, pois temos um pais enorme que precisa ser defendido de quem quer que for, e infelizmente só te respeitam quando te temem. O dinheiro pago a um monte de polítiicos e o gasto em propinas e obras superfaturadas tem que parar e ir para a defesa da nossa soberania.
Sr. Vinicius Castro, agradeços suas informações.
Então qual o maior problema do A-12 hoje para o Sr.?
Qual a solução para que o Navio possa finalmente prosseguir nas atualizações e não ferir mais ninguém?
Espero que A-12 possa enfim voltar a navegar sem problemas.
Um abraço e obrigado pela atenção!
Vinicius Castro ( 03/02/2014 19:39 ),
Continuando,
Para se diluir os custos ao longo dos anos e permitir as aquisições futuras com mais folga ( dentre elas, os futuros porta-aviões ) e manter a operacionalidade da Marinha pelo tempo necessário até que se possam cumprir todas as metas de aquisições, outras oportunidades podem ser levadas a cabo, com a compra de navios já disponibilizados ou que possam sê-lo em curto prazo ( quer sejam fragatas, navios anfíbios ou outros meios ).
– A compra dos navios NDCCs ingleses, por exemplo, foi excelente.
– Há ainda a possibilidade de fragatas classe Perry americanas. Os próprios americanos já propuseram um pacotão no inicio dos anos 2000, com fragatas Perry, destróieres classe Spruance, e outros meios além de um porta-aviões. Não digo nada do porta-aviões ( que salvo engano era um monstro da classe Forrestal, para o qual a MB jamais fora dimensionada para operar… ) mas quando aos demais navios, poderiam ainda dar um bom caldo até a terceira década desse século ( principalmente as fragatas, que eram bastante “novas” e atuais na época )…
– Fragatas Maestrale italianas ou classe Leygues Georges francesas ( se disponibilizadas no futuro ) também seriam uma opção para preencher qualquer lacuna…
Enfim, são todas opções para que se pudesse levar a cabo os demais projetos da MB de forma mais calma, garantindo uma maior operacionalidade da MB mesmo que o custo geral terminasse sendo maior.
Grato pela atenção.
Vinicius Castro ( 03/02/2014 19:39 ),
Excelentes considerações. Também sou um defensor ferrenho dos porta-aviões.
Contudo, creio que se deva considerar também outras prioridades…
Por exemplo:
– Hoje, a MB não conta mais com o NDD Rio de Janeiro e é certo que o NDD Ceará logo terá que deixar o serviço ativo. Uma classe de navios LPDs ( ou LHDs ), por tanto, se faz necessária para manter a pleno as capacidades anfíbias.
– Todas as Vosper/Niterói já passaram dos 30 anos e todas deverão invariavelmente deixar o serviço ativo na próxima década. As T-22 idem… A construção dos substitutos deveria começar, no meu entender, até 2017, para que se possa contar com eles em tempo hábil para a substituição na primeira metade da próxima década.
Serão muitos meios que necessitarão serem substituídos em um só momento… E no meu entender, o porta-aviões seria uma prioridade abaixo dos demais navios da frota, dentro de um contexto defensivo. Veja que não estou subestimando o porta-aviões. Ele definitivamente não pode ser substituído pela aviação em terra, e pode sim ser também utilizado como uma arma defensiva. Também está longe de ser o “alvo fácil” como muita gente imagina… Contudo, haja visto a idade das escoltas e a necessidade de se substituir muita coisa ao mesmo tempo, então creio que as escoltas devam ser a prioridade maior antes de se ter o porta-aviões.
Enfim, que se garanta primeiro a mínima capacidade defensiva da costa, com boas escoltas e uma força competente de submarinos, além de uma poderosa aviação baseada em terra ( como já disse antes, verifiquemos o exemplo chinês ). Somente então, dever-se-ia partir para o porta-aviões e a capacidade de defesa aérea além-mar.
Evidentemente, todas as minhas considerações acima partem do pressuposto de que sempre haveria uma quantidade de dinheiro limitada para se fazer qualquer coisa. Havendo os recursos e a vontade de se fazer, é evidente que é possível dar sequencia a todos os planos e ter a frota pretendida até a final da década seguinte.
Saudações!
Caro Henrique, posso comentar sim.
Mesmo não sendo Maquinista, digo que o descrito sobre o funcionamento de caldeiras, turbinas e TGs está correto.
Quanto ao não funcionamento dos TGs, eu não tenho este dado, ele precisaria ser perguntado diretamente para a Marinha.
Mas posso lhe dizer o seguinte: a retirada de grandes equipamentos de navios, seja ele de qual classe for, normalmente é feita pelo que chamamos na Marinha de “cesariana” no convés ou no costado do navio. Nada mais é do que cortar o convés ou o costado e retirar diretamente da praça de máquinas o equipamento em questão, para substituí-lo ou repará-lo em unidade industrial.
Isto é feito rotineiramente no AMRJ, demanda somente soldadores capacitados e não apresenta nenhum risco para o navio.
Caso isto tenha que ser feito no São Paulo, e destaco o caso, não significa “partir o navio em dois”, como citado no texto transcrito por você. Seria uma operação rotineira, já efetuada incontáveis vezes por nosso pessoal.
Parece engraçado, mas estamos tentando manter um porta avioes que não funciona para ser o núcleo de uma esquadra que não existe mais…
Parece que precisamos rever todo este conceito…
Sr. Vinicius Castro, pode comentar sobre essa informação que foi postada em outro site?
Sou a favor do A-12, mas infelizmente se não tiver verba pra fazer os reparos mais importantes, continuará sendo massacrado por todos que anseiam pela desativação do A-12.
Espero vê-lo em breve todo reformado e com os A-4M em cima dele.
O calcanhar de aquiles de todo o processo, pois o meio só tem q capacitar todos os 3 turbos geradores – instalados desde a sua construção, no final dos anos 50 – ou troca-los. Esses Turbo geradores “só” movimentam todo o navio – energia (partes elétrica/ eletrônica, controle de armas, ar condicionado) e vapor. Não dá para ir muito longe da baía por enquanto devido aos mesmos, mas dá para fazer testes, inclusive de capacidades maximas de embarcados, ante ao que já foi feito.
Bem, sobre os turbo geradores, aqui cabe um comentário mais longo:
Nós sabemos que as caldeiras a vapor geram energia térmica que é transofrmada e em energia mecânica pelas turbinas a vapor e que através de caixas de redução de engrenagens pllanetárias repassam esta energia como movimento nos eixos dos hélices. ainda, acoplados a estas estão os três enormes turbogeradores que geram energia para todos os sistemas que utilizam de energia elétrica do navio, e seu funcionamento, como tu bem citastes é primordial para a sua plena operacionalidade.
Apoiando estes, o SP possui seis grupos geradores diesel de mergência que por si só não sustentam a energização necessária para toda a carga elétrica demandada pelo navio. então para que este negócio “rode” é necessário que o trinômio caldeiras, turbinas e turbogeradores esteja full, se não não dá.
Hoje segundo informações, um TG funciona a pleno, um não funciona e o outro funciona com panes seguidas:
Seria necessário retirar e reformar os turbos, o problema é que para fazer isto é necessário literalmente partir o navio em dois e retira-los.
Querem que o Brasil seja pego com as calças na mão. Quando menos se espera alguém dá o bote e aí não há o que fazer. Vamos usar como exemplo a crise da lagosta, ou talvez a morte de soldados do exército por guerrilheiros das FARC. Depois que a besteira acontece vem a mídia cobrando as autoridades.
Ninguém reclama do sucateamento das forças armadas, mas a compra de novos equipamentos é sempre questionada. Não apenas porta-aviões mas cruzadores e destruidores (como chamo os destróieres) seriam mais do que necessários para uma marinha como a nossa. Os cruzadores e porta-aviões como unidades ofensivas que são, e os destruidores como guardiões dessas unidades. Trata-se de uma questão altamente indiscutível, justificada na própria linha do parágrafo em que é feita a conclusão: “É certo que um porta-aviões ajuda a proteger extensos interesses marítimos do Brasil”. Depois dessa afirmação, discutir o que?
Se os aliados nos espionam, o que dirá eventuais inimigos!
É outro argentino bolivariano opinando,é?
Boa noite a todos, vou dar minha opinião de leigo, acho que vale e muito termos o nae são paulo…logico que precisa de investimentos para sua atualização e compras de armas novas, além de doutrina e controle aereo como vocÊS falaram acima. também sou contra aposentar o nae sp em 2025 acho que podemos usa-lo como escola de pilotos e porta helis, outra coisa qdo vier o novo PA, poderiamos fazer um pmg no sp , usa=lo como escola e qdo o novo pa ficar em reparo usar o sp na ativa, ai nunca ficariamos sem PA na ativa,como vcs mesmos falam quem tem dois tem um.
O espectro de missões é amplo, incluindo os menos falados ajuda humanitária, segurança marítima e o combate à pirataria, além de apoio aéreo para as forças terrestres, onde for.
Detalhe, não podemos esquecer que se o A-12 está ou não operacional, ele serve no mínimo para “manter doutrina”. Não podemos de forma alguma perder o que foi adquirido nas últimas décadas.
Gabriel, perfeito quanto ao Controle de Área Marítima e Projeção de Poder.
Willian, corretíssimo.
Maurício, esperemos pelo término do período de reparos e modernização do navio.
Então, poderemos ler estas páginas, que não serão apagadas, e vermos se acertamos ou erramos.
Zoran, você está enganado.
A compra do São Paulo foi feita por US$ 12 milhões e nos reparos e modernização do mesmo foi investido, conforme dado publicado pela própria MB, R$ 80 milhões (de REAIS).
Temos verba para mantê-lo sim. Se a mesma é contingenciada, a questão se torna outra.
A qualificação dos pilotos para reinício das operações aéreas a bordo do navio será totalmente conduzida aqui no Brasil, por brasileiros.
Ela consiste em começar os treinamentos em terra, em São Pedro da Aldeia, onde existe na Base Aérea Naval uma pista de pouso idêntica a do São Paulo, com espelho de pouso inclusive. Os pilotos iniciam fazendo passagens sobre esta pista, seguem fazendo toques e arremetidas para, depois, pousarem. Desde esta fase os Oficiais de Segurança de Pouso (OSP) já atuam integrados em equipe.
A próxima fase é no mar, com os pilotos fazendo passagens baixas sobre a pista em ângulo do navio. A seguir, fazem toques e arremetidas, sem enganches. Mais uma vez, os OSP trabalham de maneira integrada para, quando considerarem o nível de adestramento compatível, autorizarem o pouso.
Mas estamos falando da parte “aérea” em si e muita coisa ocorre antes dela.
Antes disso, o navio passa pela CIASA (Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento) do CAAML (Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão), OM responsável por inspecionar, adestrar e qualificar os navios da MB, elevá-los após um período de reparo, para as melhores condições operativas. Este adestramento começa durante o próprio reparo (Fase–1), onde as equipes do navio seguem para serem adestradas em simuladores, etc; continua com a Inspeção Atracado, onde os inspetores vistoriam todo o navio, verificam o funcionamento dos equipamentos e a capacidade das equipes em operá-los; segue com a Inspeção Inicial, onde o navio vai para o mar pela primeira vez com os inspetores; há o período de adestramento no mar; e, finalmente, a Inspeção Final. É um período de inferno a bordo, os filmes de inspetores infernizando a vida de uma guarnição dão uma pálida ideia do que um CIASA é.
Mas voltando à parte aérea, junto com o CIASA ocorre uma Inspeção de Verificação de Segurança de Voo (VSA), feita pela Diretoria de Aeronáutica da Marinha.
Então, como pode ver, não há improvisação na MB.
O navio não será liberado para operações se seus equipamentos e tripulação não estiverem “na ponta dos cascos”.
Quanto aos pilotos irem para os EUA, isto é outro engano seu.
Os pilotos da MB são formados na AFA, seguem para Natal e, somente após, já pilotos de combate, como os da FAB, seguem para os EUA.
Sabe o motivo? É porque todos os pilotos de todas as Marinhas ocidentais são qualificados a bordo de PAs nos EUA. Inglaterra, França, Espanha, Itália, Tailândia, Brasil, todos vão para os EUA para a fase de pouso a bordo. Isto é bem distinto de dizer que não temos capacidade de treiná-los aqui. Temos, os treinamos, serão requalificados aqui para voltarem a operar no São Paulo.
Você cita a incapacidade de mantermos os navios, por falta de recursos, o que é outra discussão, mas não admite a necessidade estratégica do país dispor de PAs, o que expliquei em meus posts acima. Esta necessidade foi apresentada ao Poder Político da Nação, como escrevi, foi entendida e, pasme, este Poder Político, ao qual estão subordinados as três Forças Armadas, determinou à MB planejar não uma, mas duas Esquadras, não um, mas dois PAS.
Então, admitindo ou não, vamos ter, pela vontade de nossos governantes eleitos, responsáveis perante a Nação e as gerações futuras, pela soberania do Brasil.
Vinicius gostei, muito boa a explanação, tem informação bem detalhada…
Pessoal, o A-12 está passando por profundas reformar, manutenção e modernização. Quando ele entrar na ativa, botará medo em 99% das Marinhas do mundo que não possuem NAe’s ou aeronaves AEW&C em suas escoltas, pois simples A-4M armados de Exocet, MAN-1 ou Harpoon podem fazer mais estragos a uma frota sem NAe do que um Contratorpedeiro. Além disso, um Sea Gripen (MTOW estimado em 17.500), poderia operar no A-12 com nenhuma restrição na Catapulta de vante e com restrições mínimas na secundária.
Um NAe não serve apenas para projeção de poder, mas também para controle Marítimo não há nada melhor. Fora que pode operar aeronaves AEW&C, dando mais segurança para uma frota.
Nós precisamos de NAe e o A-12 ainda dará muito caldo.
Se nossa esquadra fosse depender do A12 hoje ela estaria em maus lençóis. Não podemos ficar contando com o que o A12 fez no passado que participou de varias operações isto já é passado temos contar o que ele pode fazer no futuro nessas condições que se encontra nada. Eu poço até queimar minha língua e o A12 da uma reviravolta e ficar operacional. Os projetos da MB tinham que que ser antecipados.
Na minha opnião, o A-12 deveria ser aposentado. O navio é antigo e não temos verbas para mante-lo. Dizem que gastamos cerca de US$90 milhões em suas reformas ( que já duram 8/9 anos se considerarmos que ele entrou em PMG em 2005) oque seria uma pexinxa, uma ninharia e só por este valor dá para ter idéia do nível de manutenção que ele sofreu. Fora a questão dos turbo-geradores. Já li que seria necessário cortar o navio ao meio literalmente para poder substitui-los (vejam bem, não tenho este conhecimento, estou repassando a informação que li). Fora a questão dos militares que irão operar o A-12 e seu grupo aéreo. Não operamos PAs a uns 5, 6 ou 7 anos. Não temos mais militares nem pilotos capacitados para operar no A-12. Teremos que recomeçar do zero, afinal os pilotos e marinheiros que estavam lá a 7 anos, já progrediram em sua carreira ou deram baixa da força. A Marinha Brasileira está tendo que treinar os pilotos nos EUA, pois não temos capacidade de treina-los aqui. Perdemos a pouca capacidade que tinhamos quando o A-12 entrou em PMG.
Independentemente que quão bem preparados e bem intencionados sejam nossos políticos que aprovaram a END, eu não concordo com a necesidade de termos um PA. Não conseguimos nem manter a contento nossas escoltas, não termos nem armas para arma-las se todas estivessem em serviço, quanto mais ter 2 PAs como a Marinha deseja.
Desculpem-me pela minha descrença. Já faz décadas que as coisas são assim e com a crise econômica que estamos entrando (que obrigarão o governo a tomar medidas duras possivelmente em 2015) por omissão do executivo, não acredito que a situação melhore.
Quanto aos Gripen, a Marina deseja ter 2 esquadrões de caça com 24 aeronaves para poder operar em 2 PAs. Já vi entrevistas de alguns oficiais da Marinha, afirmando que o Sea Gripen seria o avião escolhido, sendo portanto 48 unidades encomendadas em 2 lotes distintos, ondre as entregas do 1° lote teriam início em 2025.
Já na FAB, pelo que eu li, e por entrevistas que eu vi, os Gripen E/F da encomenda de 36 aeronaves do FX2 ficarão todos sediados em Anápolis serão 2 esquadrões de Gripen E/F com 18 aeronaves cada, até pelo menos 2025, quando seriam retirados de serviço praticamente todos os F-5. Novas encomendas seriam feitas para a substituição dos F-5.
Lembrando que: o Gripen BR será barato e a FAB disse que ela mesma pode adquirir caças com seu próprio orçamento. Com o F-X2 e demais programas sendo custeados pelo GF, terão dinheiro para fazer encomendas e mais encomendas de Gripens BR.
Outro dado a ser levado em consideração é que na confecção da Política Nacional de Defesa e da Estratégia Nacional de Defesa, as três Forças Armadas tiveram que apresentar ao Poder Executivo da Nação seus Planos de Articulação e Equipamento, onde tiveram que explicar cada meio solicitado, apresentando a justificativa estratégica para a necessidade de cada um deles.
O Poder Executivo entendeu a necessidade de Porta-Aviões, enviou os documentos para o Poder Legislativo, que questionou as Forças e aprovou os mesmos.
Então, mesmo que tal justificativa estratégica da necessidade do meio não possa ser publicada, ela existe, foi apresentada e entendida pelos Poderes da Nação.
Em teoria, isto já responde a termos ou não necessidade. Afinal de contas os tomadores de decisão desta nação estão lá para isto, e com excelência, pelo menos assim o deveria ser.
Mas, particularmente, eu acredito que um país que é considerado a sétima economia mundial e que tem os ‘ativos’ que temos tem sim que ter um meio de superfície deste tipo, bem como suas devidas escoltas. Na verdade deveríamos ter 2 frotas (no mínimo, porque quem tem uma não tem nenhuma).
Isto faria com que futuramente pensassem 2 ou três vezes em se aventurarem por estas bandas…. isto chama-se ‘segurança’.
E, fugindo um pouco do contexto, 36 Gripens para um país como o nosso é pouco, muito pouco….
Finalmente, não vou entrar no mérito se temos condição financeira para tal. Eu acredito que o país é sim um dos mais ricos do mundo e tem sim esta condição…. mas isto já é uma outra ‘história’.
legal
Aos nossos leitores:
O DAN, como costuma fazer, publica os mais diversos artigos que tratam do tema Defesa.
E o principal, publica o contraditório.
Mais uma vez publicamos um artigo, cuja fonte é externa, que apresenta dúvidas sobre a necessidade do Brasil possuir Porta-Aviões.
Para que nossos leitores cheguem a uma conclusão própria, pois acreditamos na capacidade intelectual daqueles que se interessam por tal tema, sugerimos a leitura dos seguintes artigos disponíveis aqui no DAN:
1) Navio-Aeródromo:http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=11930 ; e
2) A posição da MB: http://http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=11992
Sobre o artigo, mais especificamente da parte em que escreve que o Brasil não possui ameaças, recomendamos os seguintes artigos:
1) Ameaças ao Brasil: Elas existem(?) (!): http://http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=13444 ;e
2) Ameaças ao Brasil: Elas Existem (?)(!) – O Cenário Marítimo: http://http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=14576
Também, sobre a posição do artigo em citar os países vizinhos quando analisa as possíveis ameaças ao Brasil, lembramos que nossa Política de Defesa é COLABORATIVA regionalmente e DISSUASÓRIA extra-regionalmente. Isto significa que o Brasil não considera seus vizinhos como ameaça clássica, convencional, mas que podem existir as chamadas “Novas Ameaças” oriundas de seus territórios.
O artigo também não leva em consideração a ameaça da Pirataria, crônica no Atlântico Sul no Golfo da Guiné, em frente ao Brasil. Se não nos prepararmos, nada impediria que esta ameaça se propagasse para nossas costas.
Quanto a operações internacionais, o autor não pesquisou que o São Paulo, além da PASSEX relatada, participou de outras operações no exterior, as conhecidas ARAEX e URUEX, com as marinhas da Argentina e Uruguai, respectivamente, além das diversas operações com a Esquadra, como as ESQUADREX, ADEREX, TROPICALEX, TEMPEREX, ASPIRANTEX e ESPADARTE, onde realizou 568 catapultagens e 568 enganches com as aeronaves A-4.
Ou seja, vamos ler com critério e questionando sempre artigos de mídias estrangeiras quando se posicionam de maneira duvidosa.