Por Davi de Souza
A semana promete ser de extrema importância para a Nuclep. O presidente da companhia, o Almirante Carlos Henrique Silva Seixas, viaja para a Argentina para uma reunião com a empresa Invap, que está fazendo o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). O objetivo é trazer para a Nuclep o contrato de construção do empreendimento. Além da área nuclear, a Nuclep vai priorizar os negócios em construção naval e óleo e gás. “Nos reunimos com a Petrobrás, que nos apresentou as companhias que já ganharam as licitações e o conjunto de obras que serão feitas este ano. Começamos a buscar as companhias que venceram estas concorrências para fazer parcerias”, afirmou. A companhia também se associou a outras empresas para participar do projeto de construção da Corveta Classe Tamandaré.
Gostaria que o senhor começasse falando dos projetos na área de defesa.
Para participar desta concorrência, precisamos estar associados a algum estaleiro. Diversos construtores de outros países visitaram a Nuclep. Fizemos memorando de entendimento. Estamos concorrendo com três países: estamos associados à Coreia do Sul, com o estaleiro Daewoo; tivemos o convite da Thyssen para participarmos junto a empresa; e tivemos ainda a consulta da EBSE, que está associada a um estaleiro russo. Estamos na expectativa de que um destes estaleiros ganhe, para termos a possibilidade de participar do projeto da corveta.
Como o senhor planeja o futuro da Nuclep, especialmente na área de defesa?
Nós precisamos buscar novos mercados. Estamos tentando na área de defesa, com a questão de corvetas. Estamos também batalhando na área do reator nuclear da Marinha. Buscamos também fazer alguns equipamentos que vão ser solicitados em breve.
Acabamos de buscar cadastro na Cedae, porque nunca participamos de licitações deles. É outro segmento que podemos atuar também. E também estamos de olho no setor de petróleo e gás, procurando fechar novos negócios com a Petrobrás. Aliás, os principais setores atualmente para nós são construção naval e petróleo e gás.
Detalhe um pouco como andam as negociações em óleo e gás.
Nos reunimos com a Petrobrás, que nos apresentou as companhias que já ganharam as licitações e o conjunto de obras que serão feitas este ano. Começamos a buscar essas companhias que venceram estas concorrências para fazer parcerias. A ideia é que parte dos módulos seja construída na Nuclep. Podemos construir o casco de FPSOs. É o que queremos.
E como estão as entregas para a Marinha do Brasil?
Vamos terminar no meio do ano o último submarino convencional, mas não vamos entregá-lo. Vamos continuar a construção na Nuclep. Estamos com uma parceria com a ICN. O casco fica pronto no meio do ano, e ele permanecerá na Nuclep para fazermos mais coisas em conjunto com a ICN. No caso dos submarinos nucleares, estamos fazendo algumas peças do reator nuclear e para o LabGen.
Como estão os contratos no mercado nuclear?
Continuamos fazendo as entregas. Estamos terminando o último condensador e concluindo os acumuladores também. Mas, por enquanto, estamos esperando a conclusão da questão da retomada de Angra 3. Estamos na dependência da decisão de retomada das obras da usina.
E em relação a busca de negócios no mercado de exterior?
Nesta semana, vamos à Argentina junto com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Westphalen Etchegoyen, para fazer uma visita à Invap. É ela quem faz o projeto do nosso Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). E estamos querendo que ele seja construído na Nuclep.
FONTE: PetroNotícias
Ótimo DAN, a turma explicou bem a situação, sou favorável a uma relação dinâmica com os vizinhos, inclusive cooperação na indústria de defesa, sem preciosismo!
Não estou entendendo mais nada, vamos ter no SNBR Alvaro Alberto um casco adaptado do françês scorpené e um reactor baseado num projecto argentino ? Onde estão os nossos Engenheiros e Cientistas ? Tanto se falou de transferÊncia de técnologia, e daqui a pouco a Argentina irá lançar o SBARG (Submarino Nuclear Argentino) baseado nas experiências do SNBR, pois o projecto do reactor é deles.
Filipe sugiro ler os comentários.
to vendo submarino vai acaba explodindo como submarino argentino tanto tempo gastou faze simples submarino os argentino nunca .
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Ninguém esta comprando nada. O vaso do reator mostrado nas imagens do DAN é o do sub. É resfriado com água do oceano. É da MB.
O RMB da Nuclep que se associa com que ela quiser inclusive com a gigante ThyssenKrupp, é um reator de piscina resfriado com águas do Rio Sorocaba. Tem uso civil. Servirá para produzir o que o reator de pesquisa do IPEN já faz: radioisótopos e tracadores. Mas será bem maior. Também será usado em pesquisa.
A Nuclep participa do projeto do sub nuclear da MB. Reatores de pesquisa e de produção de radiofármacos trabalham com urânio irradiado a 5% = baixa potência.
O reator militar da MB opera com urânio irradiado a 20%. Serve para mover o sub. Urânio a 20% = bomba.
A Nuclep surgiu como concorrente do IPEN que opera um reator doado pelos americanos nos anos 1950.
O urânio do SNB será enriquecido a 10% e não 20%.
Polêmico. Se for 20% picamos o Tratado. Se for 10% está pronto já que chegamos a 19,5% em Ipero. Agora só falta a quantidade.
Que palhaçada é essa? Estão gastando nosso dinheiro, impostos, para comprar um projeto argentino? Se for assim, n façam nada, vamos continuar a depender de terceiros.
Tá maluco rapaz? Os hermanos são muito mais experientes em reatores nucleares do que vc pensa… Eles tem em mãos um dos melhores projetos de reatores de pesquisa do mundo, nosso RMB é uma versão maior de um projeto feito para os australianos construído e projetado pelos hermanos… Eles operam um reator de construção própria que consegue utilizar Urânio Natural direto da mina, com 0,7% de U-235, em outras palavras, não gastam com enriquecimento e ainda geram energia de sobra na Central de Atucha-1, além é claro do CAREM, um dos reatores mais seguros já projetados, e advinha… Sendo construído e projetado pelos hermanos… Já deveríamos estar colados com os hermanos faz tempo na área nuclear… Diria até que demorou muito.
A notícia não é nova. Quem fez a confusão foi o DAN porque as imagens da matéria são do reator do sub da MB. A Nuclep colabora no LabGen. O Padilha explicou. É outro reator. Com o mesmo uso do reator do IPEN.
Na verdade não há confusão. As imagens que ilustram o post mostrando o SNB e uma maquete de um reator, estão lá porque a Nuclep participando do RMB irá absorver conhecimento necessário para junto com a MB desenvolver o reator do SNB.
O projeto é brasileiro ou argentino? É meio sem noção você pesquisar, projetar e mandar para outro país construir.
É entregar de bandeja a tecnologia do reator
O projeto do reator multiproposito é Argentino, pelo que tinha sido anunciado faz tempo o acordo disso estava acertado, somente acho que agora eles desejam construir lo no Brasil, já que antes seria feito na Argentina (ou essa foi a interpretação que eu fiz dessa noticia que ja leva anos rolando na midia.
Para os ignorantes da vida, não confundir o reator nuclear que a MB desenvolve para o SSN que é de tamanho reduzido, com o reator do Invap que vai ter a sua função para a area medica.
Que vergonha!!! precisamos dos Argentinos para desenvolver um reator nuclear ? Desenvolvemos as centrífugas magnéticas para enriquecer urânio mas não podemos desenvolver um reator nuclear sozinho ? “A parte nuclear será 100% Brasileira” rsrsrsrs sei….
Hoje somente argentinos, canadenses e americanos fazem estes reatores. Chupem esta manga!
Que eu saiba franceses e sul coreanos também sabem fazer esse tipo de reator, afinal foram esses dois países que concorreram e perderam para a Argentina na construção do novo reator holandês no início desse ano
O reator multipropósito também servirá para o programa nuclear da marinha, mas apenas servindo para teste de validação do combustível nuclear, que hoje é feito na Noruega.
Tem com tudo. A Nuclep colabora com o LabGen. A Nuclep quer construir um reator Multiproposito seis vezes mais potente que o reator instalado no IPEN em SP doado pelos americanismos nos anos 1950 que produz radiofármacos e tracadores radioativos.
O reator do IPEN também irradia topázios. Após irradiadas, as pedras adquirem tonalidade azul e seu valor quintuplica. Ninguém lembra mais do escândalo dos topázios no governo Maluf. Os topázios precisam decantar para serem comercializados. Maluf meteu a mão nas pedras radioativas.
O RMB que a Nuclep quer produzir tem a mesma finalidade do reator do IPEN, mas tem por base um reator australiano que foi aperfeiçoado na Agentina.
O reator do sub nuclear recebe a colaboração da Nuclep. Mas é outro. É militar.
Cara, o reator da Australia foi desenvolvido e construido pela Invap da Argentina. Será q vc pode deixar de falar besteiras? http://www.invap.com.ar
Esse reator é para produzir radioisótopos para serem usados ma medicina não tem nada haver com o reator do submarino nuclerar
O pessoal está confundindo o RMB com o Reator do Subnuc. Um projeto não tem relação com o outro.
Alguém poderia explicar direito o que está ocorrendo??? Que reator é este??
Este não será o reator do SNB. Mas a Nuclep fabricando partes dele irá ajudar no do submarino.
Pelo texto, dá pra perceber que é outro tipo de reator. Um reator multipropósito. Imagino eu que tenha aplicações civis e militares. A civil talvez seja equipar futuras usinas nucleares brasileiras. A militar não imagino para o que seja, fora talvez o uso em embarcações militares (talvez quem sabe um futuro NAe nuclear?) . Bom ver a ciência e a tecnologia brasileiras progredindo, apesar dos percalços.
Fico feliz que depois de décadas o programa do RMB esta finalmente andando, ele vai ser importantíssimo para o Brasil, ele junto com o Sirius colocara a ciência brasileira em outro patamar, feliz também de termos escolhido os argentinos para esse projeto ao invés de escolher russos/chineses, a INVAP tem uma ampla experiência em contratos internacionais para esse tipo de reator
Não entendi. Esse reator feito pela Argentina é para o submarino nuclear brasileiro? A parte nuclear do submarino não era 100% nacional?
Não, esse reator é para o reator multipropósito brasileiro (RMB), nada tem a ver com o reator do submarino nuclear
O projeto do nosso reator está nas mãos de uma empresa argentina…
O projeto do RMB e não o do submarino nuclear, por favor não confundir um com o outro
Jr, eu não me confundi. Escrevi reator! À evidência, é você que precisa voltar à escola para estudar português.
Augusto, o reator do RMB e o do Submarino são coisas diferentes. Foi isso o que o Jr explicou.
Ok, Cesar. E há na minha fala algo que faça presumir que eu não sei disso?