Por Guilherme Wiltgen
Após quatro meses do seu lançamento ao mar (28.09.14), o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira (H 39), realizouno final de janeiro, com êxito, as provas de mar. Foram testadas as áreas de propulsão, de sistemas auxiliares, de geração de energia, de posicionamento dinâmico e de manobrabilidade.
A próxima etapa será enviar o navio para Singapura, em meados de fevereiro, para a conclusão da fase final de sua construção.
O navio é resultado de um Acordo de Cooperação entre a Marinha do Brasil, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Petrobras e Vale, e foi construído pelo estaleiro Hangtong, em Xinhui, Republica Popular da China.
A sua incorporação à MB está prevista para o final de março.
O Navio foi construído na China e em Singapura ele deverá receber sua instalação de equipagem científica.
Ele poderia ter sido construído no Brasil, mas neste caso o fator URGÊNCIA/PRESSA determinou que o barco fosse construído num estaleiro chinês com disponibilidade imediata e que já tinha experiência anterior de construção de embarcação baseada neste projeto naval norueguês adquirido.
Assim não se perdeu tempo projetando o navio ou com atrasos por inexperiência do construtor com um projeto inédito.
Fora o preço né Gilberto. Lá não tem o “custo Brasil”.
André O que falta para conseguirmos construir um casco/navio desses aqui no Brasil? Quem projetou?
Se fosse constuido no Brasil os desinformados de plantão estariam criticando o governo pela “inauguração” mas sem entrega do navio, como foi o caso do NT João Cândido. Não é a toa que tem a sátira “Brasil, país de tolos” (ignorantes) rsrs.
Exatamente Boiler, não só de meios belicos dependem as forças armadas, mas de investimentos em ciência, tecnologia e pesquisa não apenas para modernizar seu arsenal, mas também para fornecer a sociedade civil recursos sofisticados em equipamentos e máquinas, ja que muitas ferramentas de uso cotidiano foram desenvolvidos pelo setor militar. O transatlântico RMS Mauretania, de 1907, teve tecnologia militar em seu projeto e depois que conquistou a faixa azul com o uso de quatro turbinas manteve o recorde de travessia por 20 anos.
Excelente noticia essa fase de testes do navio, que vem somar esforços para uma marinha preparada para lhe dar com seu principal meio de atuação: água. Será o primeiro navio novo do novo comandante da marinha em menos de três meses na função.
Ele lembra um pouco o Felinto Perry com a proa volumosa e a popa baixa. Dependendo da necessidade poderia até ser convertido em apoio de submarinos.Certamente tem oficiais ou técnicos brasileiros participando dessas manobras, não tem?
Uma força de superfície adequada, tanto para uso em combate quanto na pesquisa, é de essencial necessidade a uma marinha que projeta o seu poder em águas azuis. Este é o caminho.
Parabéns pela notícia.
FA