Doze novos produtos e duas novas empresas foram credenciados recentemente como estratégicos de defesa e, com isso, passarão a contar com benefícios previstos na lei 12.598, criada para fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID).
A classificação de novas empresas e produtos foi tratada essa semana, durante reunião da Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMID), mais alto fórum que reúne representantes de diversos ministérios para tratar de questões importantes para o setor.
Entre os novos produtos cadastrados, estão radares ultra modernos e com alto potencial para exportação, módulos eletrônicos e equipamentos para radio-navegação de aeronaves. Também passaram a fazer parte do hall de produtos estratégicos de defesa equipamentos como transponder duplo, serviço de manutenção, rádios de comunicação, software de segurança da informação, além de serviço de gestão de projetos na área de integração de armamentos em submarinos.
Nessa edição, a reunião da CMID contou, pela primeira vez, com a presença de representantes do setor, como a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Departamento de Defesa (Comdefesa) da Fiesp, e Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB).
O presidente da Abimde, Sami Hassuani, destacou os resultados de uma pesquisa encomendada pela associação para mostrar o impacto real da Defesa na economia do país. Realizado pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o estudo revela que, pelo elevado valor agregado, os produtos de defesa apresentam alto potencial de exportação e geram divisas importantes. “A cada R$ 10 bilhões investidos no setor da Defesa, o governo tem o retorno de R$ 5,5 bilhões em tributos”, destacou o presidente da entidade.
Além disso, Sami também falou sobre alguns dos entraves que, se fossem resolvidos, poderiam alavancar o setor. Um dos principais, na visão dele, é a questão do crédito e da dificuldade em se conseguir linhas de créditos para a defesa.
A secretária-geral do Ministério da Defesa, Eva Chiavon, participou do encontro e destacou a importância de as mais diversas áreas do governo poderem ouvir das próprias associações representativas quais são os principais desafios do setor.
“É aqui nessa mesa que nós vamos construir as respostas que a gente quer, sempre reforçando a importância da indústria nacional de defesa para o nosso país”, disse ela.
Também participaram da reunião o chefe do Departamento de Logística, brigadeiro Antonio Carlos Bermudez, o diretor do Departamento de Produtos de Defesa (Deprod) e Secretário-Executivo da CMID, brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso, além de representantes dos ministérios das Relações Exteriores, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, entre outros.
FONTE e FOTO: MD
É necessário um estudo sério em relação aos custos dos impostos. Por exemplo: Uma guarda municipal dentro do estado de São Paulo ao comprar um produto da TIP 93, paga em impostos 25% de ICMS, 45% de IPI, 6,75% em outros impostos federais mais os custos de fretes e escolta. Uma guarda municipal no estado do Rio de Janeiro ao comprar o mesmo produto pagará 37% de ICMS, 45% de IPI, 2% de fundo de pobreza, 6,75% em outros impostos federais além dos custos com fretes, seguros e escolta. Significa que para cada 100 R$ disponibilizados para aquisição de munições não letais por exemplo, apenas 14 R$ efetivamente é o valor aplicado na aquisição do produto. Então, cerca de 86 R$ a cada 100 R$ em recursos municipais, retornarão aos cofres dos Estados e da União. Cadê a federalização e a condicionante moral dos entes federados ? Hã muita coisa a se fazer e não adianta o fabricante burlar o sistema fazendário classificando seus produtos na TIP 36. É um risco financeiro ( passivo) muito grande. É preciso colocar a casa em ordem.
Trabalhei 20 anos como fornecedor de materiais para Defesa , mesmo tendo entregue mais de 350 itens diferentes nacionalizados, pecas para aeronaves da FAB , não consegui fazer a empresa crescer, porque a política e errada, voce não recebe investimento, voce recebe uma nota de empenho apôs ganhar uma concorrência , e depois vc tem que se virar para desenvolver o item que não sera sua linha de produção, pois eles não precisam de uma numero elevado de pecas, as vezes vc tem que produzir um item que por exemplo, e usado no F5 , investindo em equipamentos com seus próprios recursos , e caso seja aprovado, recebe pelo valor do item em mercado internacional . O correto seria que o governo investisse em sua empresa para que voce pudesse trabalhar nos desenvolvimentos e assim, desenvolver a peca e sua tecnologia, que seria usada em novos itens .
Essa coisa precisa ser levada a sério. Não adianta cadastrar quais são as empresas estrategicas de defesa(leia-se verdadeiramente brasileiras) se as FFAA continuarem mantendo negocios com empresas que se venderam a grupos estrangeiros. Não tenho nada contra os gringos, mas usar nosso dinheiro pra financiar tecnologia que estará sob controle de governos estrangeiros é inaceitável.
“Sami também falou sobre alguns dos entraves que, se fossem resolvidos, poderiam alavancar o setor. Um dos principais, na visão dele, é a questão do crédito e da dificuldade em se conseguir linhas de créditos para a defesa”
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Já passou da hora de ser criado um banco federal de fomento as exportações, semelhante ao “EXIM BANK” – Export-Import Bank dos EUA (banco de fomento a exportações), oferecendo taxas de juros competitivas no mercado internacional para financiar as exportações nacionais.
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Também acho
O Brasil não precisa criar outro banco de fomento a exportações. Basta que o BNDES passe a cumprir a sua função institucional ao invés de servir de cofrinho para uma meia dúzia de empreiteiras amigas do Rei.
Com certeza Tireless, ou ao menos que se coloque um limite…
Do jeito que está alguma empreiteira grande e gananciosa pode chegar e contrair bilhões em empréstimos para operações fora do país, preferencialmente em países instáveis e corruptos, levar todo o dinheiro e deixar o banco quebrado sem dinheiro para investir nos demais projetos que demandam recursos que seria o papel dele investir em pequenas empresas aqui no Brasil… Deus nos livre quei sso aconteça !!!
(Ironic ON)