O Brasil não é só terra. O território nacional engloba, também, o mar territorial, no qual a nação tem soberania para desenvolver atividades econômicas fundamentais para o desenvolvimento do país. é nessa área marítima que os brasileiros desenvolvem as atividades pesqueiras, o comércio exterior e a exploração de recursos biológicos e minerais. O mar é o caminho de 95% de nossas exportações e importações e guarda 85% de todo petróleo em território nacional. A imensa riqueza das águas, do leito e do subsolo marinho nesse território justifica seu nome: Amazônia Azul.
A Amazônia Azul cobre uma área de 3,5 milhões de quilômetros quadrados. Mas o país pleiteia na Organização das Nações Unidas (ONU) a ampliação dessas fronteiras para os limites da Plataforma Continental, o que deve elevar a área marítima para cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados – o equivalente à metade do território terrestre brasileiro.
Para proteger esse patrimônio natural e garantir a soberania brasileira no mar, a Marinha do Brasil investe na expansão da força naval e no desenvolvimento da indústria da defesa. Parte essencial desse investimento é o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Nascido com um acordo de transferência de tecnologia entre Brasil e França, em 2008, o programa viabilizará a produção de quatro submarinos convencionais, que se somarão à frota de cinco submarinos já existentes. E culminará na fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
O Prosub vai dotar a indústria brasileira da defesa com tecnologia nuclear de ponta – ponto destacado na Estratégia Nacional de Defesa. A concretização do programa fortalece, ainda, setores industriais nacionais de importância estratégica para o desenvolvimento econômico do país. Priorizando a aquisição de componentes fabricados no Brasil para os submarinos, o Prosub é um forte incentivo ao nosso parque industrial.
Além dos cinco submarinos, o PROSUB estabelece a construção de um complexo de infraestrutura naval, que engloba o Estaleiro e a Base Naval (EBN) e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no município fluminense de Itaguaí, realizada pela Odebrecht. As inaugurações da UFEM (leia a revista) e do Prédio Principal do Estaleiro de Construção (veja o folder) representam a conclusão das duas primeiras etapas de construção desse complexo e os primeiros passos dessa grande conquista da defesa nacional.
Fiquei com uma dúvida depois de ler os comentários: qual a diferença entre un SSN e um SNA?
Muito obrigado Guilherme , será armado com misseis anti-navios somente então.
Positivo.
Nenhuma possibilidade de uma versão do AV-MT a ser disparada dos subs Padilha?
Não. Entenda que desenvolver o míssil já está uma novela. Maritimizar é papo pra gente grande. Temos que comer muita farinha antes de pensarmos nisso. No futuro, com investimento, quem sabe?
Hoje, não mesmo.
Em que pesem as enormes e cada vez mais consistentes suspeitas de irregularidades envolvendo a construção da mesma, conforme vem sendo demonstrado na operação lavajato, infelizmente a obra já passou do ponto de não retorno. Para evitar que ela se transforme em um esqueleto a céu aberto, moradia de Aedes aegypti, apenas resta à administração terminar a obra embora eu, pessoalmente, defenda o processo administrativo que resulte na inidoneidade da Odebrecht e, caso esta seja declarada, o contrato seja rescindido e o remanescente seja concluído após licitação (O que não ocorreu na escolha da Odebrecht).
Concordo com o pessoal acima . Muito marketing ,mas o produto final ” submarinos ” nada ! Aliás ! tanto se fala em sub nuclear de ” ataque” , mas será que vai ser realmente de ataque ?Com misseis de cruzeiro ? Alguém poderia me responder ?
Cleber,
Nunca foi falado que seria um SNA, muito menos armado com mísseis de cruzeiro.
Nós teremos um submarino de propulsão nuclear.
A partir do momento que a MB tiver o domínio por completo, poderemos pensar em desenvolver o nosso SNA futuramente.
Abs
O vídeo tinha que mostrar como anda as obras na base nos dias atuais não como vai ficar a base depois de pronta sera´que custava muito para MB mostrar como anda os trabalhos no primeiro Scorpene.
Prezado Padilha, gostaria que me ajudasse com algumas dúvidas sobre o Prosub e principalmente sobre a utilização dessa infraestrutura gigante:
1 – A base naval só irá operar submarinos? É exclusiva ou vai operar outros tipos de navios?
2 – Essa dúvida tem a ver com a primeira, toda essa estrutura é só para construir e fazer a manutenção dos submarinos? Não vão utilizar todos esses recursos para construir outros tipos de navios?
No caso de se utilizar só para submarinos, e sabendo como as coisas funcionam aqui no Brasil, não é muita infraestrutura para pouca demanda? Cinco submarinos e depois? Mais uns 20/30 anos até se construir outros submarinos?
Se tiver essas informações agradeço. Abraços.
1 – A base naval só irá operar submarinos? É exclusiva ou vai operar outros tipos de navios?
R: Será para operar os submarinos diesel-elétricos, os nucleares e os caça-minas. Pode receber outro tipo de navio? Sim, mas não será comum.
2 – Essa dúvida tem a ver com a primeira, toda essa estrutura é só para construir e fazer a manutenção dos submarinos? Não vão utilizar todos esses recursos para construir outros tipos de navios?
R: Sim. Construir e manter submarinos requer toda essa estrutura. Não há como se construir outro tipo de navio no local, pois tudo foi projetado para submarinos.
No caso de se utilizar só para submarinos, e sabendo como as coisas funcionam aqui no Brasil, não é muita infraestrutura para pouca demanda? Cinco submarinos e depois? Mais uns 20/30 anos até se construir outros submarinos?
R: Como citei acima. O que para você parece superdimensionado, na realidade não é. Entenda que 5 submarinos é o que se tem hoje programado (Scorpene e Nuclear). Acontece que tudo ali foi dimensionado para a construção de mais unidades, portanto, pensar apenas em 5, é pensar apenas no presente. Pense. Caso não tivéssemos esta estrutura, tivéssemos uma estrutura pequena, condizente com o que você imaginou. O país sai do abismo, as coisas melhoram, a MB finalmente pode retomar o programa que prevê 15 diesel-elétricos e 5 nucleares. Você acha que seria inteligente fazer up-grade no estaleiro para isso? A que custo no futuro? e a mão de obra?
Entenda que o momento é esse e não podemos deixar passar, pois só assim, poderemos ser auto-suficientes no futuro.
Esta é a minha opinião pessoal e não falo pela Marinha do Brasil.
Olá Padilha, obrigado pelas respostas. Pois é, concordo com você, se for para operar esse tamanho de frota de submarinos que citou, com certeza essa estrutura seja ideal, mas pensando no passado e na forma como as coisas sempre foram feitas, fica difícil acreditar num futuro onde vamos operar essa quantidade de submarinos, principalmente os nucleares. Não que eu não acredite na melhora das coisas no país, mas acho esse plano da marinha um pouco otimista demais. Espero estar enganado. Abraços.
Vídeo decepcionante.
Mostrou os reflexos causados pelo empreendimento, com iniciativas ambientais, sociais, tentativa de geração de empregos, etc, etc, etc, mas não informa o que realmente deveria importar para a própria Marinha e para o país: como estão andando as obras civis e a montagem dos submarinos.
Também tive essa decepção! Esperava mais do video, e não mais do mesmo.
Concordo com você Augusto, o vídeo além de decepcionante comete um grave erro ao não citar a Índia como um dos países que detém a tecnologia para fabricar submarinos nucleares, o resto é só encheção de linguiça e blá,blá blá ! Nenhuma informação relevante para aqueles que acompanham o programa foi mencionada !
Que deus abençoe esse projeto e que ele saia do papel e do marketing o mais rapido possivel….bem como todos os outros projetos: kc390, gripen ng, etc etc etc….amém!