Desenvolvida especialmente para o dobramento de chapas de aço especiais destinadas a fabricação de partes específicas dos cascos dos submarinos do Prosub, a maior prensa hidráulica da América Latina encontra-se em fase final de montagem. O equipamento está instalado na Nuclep, em Itaguaí, onde se inicia o processo de fabricação de várias seções cascos resistentes que, na sequência, serão transferidas para a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) do Prosub-EBN, para a instalação das estruturas internas.
Esta é uma prensa hidráulica com capacidade 80.000 kN de força de prensagem e conformação a frio de chapas de aço com 5 polegadas de espessura. As grandes dimensões das peças somadas ao peso total do equipamento, superior a 1.200 toneladas, determinaram características especiais para a montagem da prensa. Além de um detalhado projeto para a fundação das instalações físicas do prédio, capaz de suportar o peso e os esforços decorrentes do funcionamento, a montagem da prensa requereu um planejamento minucioso de todas as etapas do processo.
Por exigência do fabricante, o início da montagem do equipamento ficou condicionado ao término e entrega de toda a estrutura predial destinada à prensa – obras civis e de utilidades -, o que evitaria a presença de poeira e outros particulados nocivos ao seu sistema hidráulico. A conclusão do prédio incluiu a cobertura do galpão industrial, o que, conseqüentemente, impossibilitou a utilização de guindastes de grande porte na montagem do equipamento.
“A sincronia de todas as etapas que antecederam a montagem foi fundamental para que todos os componentes da prensa chegassem à obra no tempo previsto para o início da operação”, coloca Pablo Lemos Martinez, Diretor de Contrato da Montagem Eletromecânica da Odebrecht no Prosub-EBN. “Um equipamento com tal porte, sem precedentes de fabricação no Brasil, nos levou a esmiuçar o planejamento da montagem eletromecânica ao limite, de modo que toda a complexidade e riscos fossem analisados e previstos no plano da operação para a segurança do equipamento, das equipes envolvidas e de toda a obra.”
Com a impossibilidade do uso de guindastes, o plano de rigging considerou a montagem por empilhamento com a utilização de um pórtico de grande capacidade – 500 toneladas – e guindastes auxiliares com capacidades – 250 e 160 toneladas. Definida a solução e contratado o pórtico, os estudos que incluíam os detalhes deste equipamento foram concluídos, garantindo a instalação do pórtico e o início da montagem da prensa em meados de fevereiro, de acordo com o cronograma previsto.
“A montagem por empilhamento considerou as três partes principais da prensa: a mesa com 225 toneladas; o martelo de 200 toneladas; e o cabeçote com 210 toneladas”, explica José Ricardo Reis, Coordenador de Mecânica da Odebrecht. “Além destes três componentes mais pesados, os tirantes e as colunas são itens importantes do conjunto: o primeiro é fixado no segundo por meio de duas porcas, uma superior e outra inferior, pesando cada uma destas, em torno de 2.500 kg. Outros componentes de peso são os cilindros hidráulicos, com 70 toneladas cada, responsáveis pela movimentação do cabeçote.”
Além da sequência e da forma ideal de montagem do equipamento, o fabricante da prensa forneceu à Odebrecht a relação de uma série de ferramentas especiais necessárias à montagem e posterior manutenção do equipamento. São ferramentas de grandes dimensões, o que as torna efetivamente especiais.
“Realizamos a parte mais pesada do processo em 15 dias e o restante dos três meses previstos para a montagem eletromecânica da prensa estão sendo utilizados para os serviços que exigem maior precisão e cuidado – as ligações mecânicas, elétricas e hidráulicas do equipamento”, coloca Rodrigo Falconeri Silva, Engenheiro Mecânico da Odebrecht.
O projeto do sistema de utilidades para a prensa partiu das instalações existentes na Nuclep que, em face do tempo de uso, foram totalmente revistas e adaptadas para as necessidades do equipamento. O sistema é composto por uma central de tratamento de água de resfriamento, com bombas e torres de resfriamento; uma central de ar comprimido para abastecimento de toda a parte pneumática da prensa; e, um sistema de água de serviço para o resfriamento de equipamentos com troca de calor.
“Todas as etapas da montagem eletromecânica da prensa foram muito bem planejadas: do transporte e chegada dos inúmeros componentes do equipamento à obra; a estocagem dos mesmos; a instalação do pórtico; a montagem por empilhamento das peças; as ligações com o sistema de utilidades; o comissionamento; e os testes finais da prensa”, expõe Pablo Martinez. “Nesta obra, nossos prazos estão interligados ao cronograma de fabricação do submarino porque o nosso programa principal não é a obra e sim, a construção dos submarinos. Tudo no Prosub-EBN é uma parte integrante do cronograma de construção dos submarinos.”
FONTE: Techno News
Somente dois cilindros consegue atingir 80000KN_????humm trabalho com prensa a 12anos e a primeira vez que vejo uma dessa,a marca que trabalho e KAWAZAKI a melhor que vi ate hoje,a maior e de 20metros de comprimento com 10cilindros capacidade de 8.000toneladas o equivalente 78.453KN,costaria de conhecer essa prensa,espero que tenhan sucesso!!
Orgulho em dizer que fiz parte da fabricação deste briquedinho !!! Como o amigo acima havia comentado sobre o local da fabricação foi mesmo em Diadema blz !!!
Se eu não estiver enganado, essa gigante foi fabricada pela Prensas Schuller, uma multi Alemã, sediada em Diadema SP.
Sim, fabricação Schuler, Brasil !!!
Isso ai é um tapa na cara do pessoal melindroso da trilogia que vive de botar defeito nas coisas…
E tome cuspida na testa!!!
quando o dinheiro rola solto qualquer progeto fica pequeno
Este processo estaria incluído na tão falada transferência de tecnologia ?
Trabalhei com conformação de chapas a frio e posso dizer que este equipamento é espantoso .
Difícil dizer. Mas acredito que, o que resultará dela sim.
Essa é a parte do Brasil que funciona! que obra grandiosa. É assim que se faz um país.
Agora imaginem como foi planejada e executada a base dessa prensa para suportar não só o peso próprio mas, também, a absorção do impacto durante a fase de uso. Ah… isso sem falar em como vai ser feito o alinhamento desse “bichinho”. Resultado: planejamento e execução de altíssimo nível.
Imprecionante esse prosub. Um projeto em que tudo é feito em larga escala, desde o piso “master top” até os maiores submarinos da América do Sul. Pena que nenhum desses navios ficará pronto para o centenário da frota de submarinos do Brasil ano que vem.
Não foi divulgado o nome da prensa e da empresa que o construiu.