Com as obras civis da UFEM em fase final de acabamento, as equipes da montagem eletromecânica começam a tomar conta do canteiro para as tarefas de montagem, comissionamento e testes de operação de mais de 900 equipamentos, 5 subestações de distribuição de energia, 5 sistemas de controle e segurança, além de iluminação e outras utilidades necessárias ao funcionamento dos equipamentos e início de operação da UFEM.
Atualmente a obra congrega diversas disciplinas em diferentes estágios: a conclusão das obras civis; a aquisição e o recebimento de equipamentos; a montagem de tubulações; as instalações elétricas e de instrumentação nas oficinas e áreas administrativas; e a montagem e o comissionamento de equipamentos. “Todas as áreas avançam paralelamente e o ritmo de trabalho torna-se cada vez mais intenso. Ao mesmo tempo em que finalizamos a compra de alguns itens, os equipamentos principais e de maior porte, adquiridos com a antecedência necessária, começam a ser entregues, iniciando-se assim, as etapas de montagem e comissionamento”, expõe Pablo Lemos Martinez, Diretor de Contrato da Montagem Eletromecânica da Odebrecht, enfatizando os desafios de cumprimento do cronograma para a entrega da unidade.
A atuação da equipe de montagem eletromecânica na obra é resultante de um trabalho desenvolvido com grande antecedência, a partir da definição do projeto, das instalações e dos equipamentos que irão compor o empreendimento. É um processo que se inicia na busca do fornecedor e na verificação de sua capacidade tecnológica e fabril para o atendimento aos requisitos técnicos, qualidade, custos e prazos do projeto. “Na obra do Prosub, este processo envolve a participação de equipes multidisciplinares das áreas de Engenharia e Montagem Eletromecânica da Odebrecht, da Marinha e eventualmente da DCNS, a responsável pela especificação dos equipamentos. Reunimos no mínimo, três propostas técnicas de fornecedores previamente qualificados e aprovados; na sequência, passamos à análise comercial com a equalização de preços; e de posse de todas as informações, definimos junto com a Marinha, a proposta que melhor preenche os requisitos pré-estabelecidos para a obra”, explica Pablo Martinez.
Os critérios para a escolha dos fornecedores do Prosub buscam priorizar a indústria nacional e incentivar a fabricação no Brasil do maior percentual possível de itens do projeto. Na UFEM, o índice de nacionalização apresenta-se muito positivo, atualmente superior a 90%, com a aquisição de diversos equipamentos e sistemas de grande porte e conteúdo tecnológico, tais como, as pontes rolantes; a prensa hidráulica; a subestação de energia; o sistema de controle dos processos produtivos; entre outros.
Independente do local de fabricação, equipes da Odebrecht acompanham todo o processo fabril do equipamento por meio de visitas periódicas in loco, com o objetivo de assegurar a entrega do produto com a qualidade necessária e no prazo acordado até o teste final, o chamado Teste de Aceitação em Fábrica (TAF), o qual conta, também, com a participação da Marinha. Na obra, as equipes acompanham o recebimento do equipamento, a montagem e os testes operacionais para a aceitação final.
Lionel Beltrando, Gerente de Comissionamento da Odebrecht explica que grande parte destes procedimentos relativos aos equipamentos e sistemas, se origina na área de Engenharia da empresa, responsável pela aprovação dos projetos apresentados pelos fornecedores, os quais incluem uma série de documentos, entre estes, o Plano de Inspeção e Teste (PIT) do equipamento. “As verificações e análises realizadas pelas equipes de comissionamento nas visitas e no Teste de Aceitação em Fábrica (TAF) são baseadas no PIT. As informações decorrentes da trajetória do equipamento – desde a fabricação até a aceitação na obra – são reunidas em um documento final, o Data Book, entregue pelo fabricante à Odebrecht, que depois de checar a sua conformidade, repassa-o ao cliente. Inclusive, a liberação da última parcela de pagamento ao fabricante é atrelada à aprovação deste Data Book pelo setor de Garantia de Qualidade da Odebrecht.”
Além das equipes da Marinha e da Odebrecht, os TAF’s dos equipamentos principais da UFEM são acompanhados por representantes da estatal francesa DCNS, responsável pelo fornecimento das especificações técnicas do projeto, e da Itaguaí Construções Navais (ICN), a empresa responsável pela construção dos submarinos. Em face desta atribuição, a ICN participa não só dos testes operacionais como também das fases de treinamento de operação dos equipamentos e sistemas.
Em relação ao cronograma, Lionel Beltrando assinala que “no comissionamento, a fase mais crítica consiste na etapa final dos testes operacionais para a entrega e homologação do equipamento ou do sistema porque nesta altura do projeto, não há como compensar prazos como poderia acontecer em outras etapas da obra. Por esse motivo, a equipe do comissionamento acompanha as atividades de engenharia, compra, diligenciamento e montagem, a fim de assegurar que, na hora da partida, o sistema tenha o nível de desempenho requerido. Na UFEM, a independência entre os equipamentos é um ponto a nosso favor, pois nos permite uma atuação simultânea em diversos itens de fornecimento à unidade fabril bem como comissioná-los de forma quase individual.”
Em que pesem as características diferenciadas do projeto e os desafios inerentes a um empreendimento com as proporções do Prosub, Pablo Martinez observa que a execução de obras com tal complexidade é a expertise da Odebrecht. “Este é o nosso core business e o grande diferencial da Odebrecht para a condução destes trabalhos, é a capacidade da empresa de mobilizar os recursos necessários, em pessoal ou equipamentos, na quantidade e velocidade necessárias para atendimento ao projeto e ao cliente.”
FONTE: Techno News
Fico muito feliz em saber que Brasil, a partir desses novos rec ursos, poderá mais efetivamente proteger nossa costa visando tantas riquezas aqui existentes, assim como o pré-sal, minérios raros
Tenho muito interesse profissional em participar deste evento, que é a construção desses submarinos, que são um marco na História do Brasil. No passado tive a grande oportunidade de participar da construção das Corvetas Cv – Júlio de Noronha (V-32) e Cv – Frontin (V-33), Estaleiro Verolme.