Nesta quarta-feira (30), o ministro da Defesa esteve na Câmara dos Deputados para falar sobre o Decreto nº 8.515, que delega competências para atos relativos ao pessoal militar. Sobre rumores de mudança para a Casa Civil, Wagner alertou que não foi informado oficialmente, mas atenderá a qualquer solicitação da Presidente.
As informações foram dadas durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), conduzida pela presidenta da CREDN, deputada Jô Moraes. Na ocasião, o ministro admitiu que ocorreu “equívoco gravíssimo” no decreto, o que fez o governo publicar no dia seguinte uma errata para corrigi-lo.
“Houve um erro da área jurídica, tanto do Ministério da Defesa [MD], quanto da Casa Civil. Igualaram níveis hierárquicos que não tinham a ver”, disse. E completou: “Eu chamei os comandantes das Forças e as coisas foram completamente esclarecidas. Eles já conversaram com seus clubes militares e internamente a questão está pacificada”.
O MD ressaltou, também, que a falha lhe causou “tristeza”, uma vez que o relacionamento com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica é muito bom. “Não se pode ser ministro da Defesa com relação autoritária com os comandantes das Forças.”
Ao ser questionado a respeito da secretária-geral da pasta, Eva Maria Chiavon – citada como responsável pela publicação da normativa –, Jaques Wagner defendeu-a. “Quero que vocês acreditem no esforço que a senhora Eva faz para o trato do orçamento militar. Digo, ainda, que ela sequer foi consultada sobre a mudança do decreto e que não é de seu interesse e nem passou pela sua cabeça agir de má-fé.”
Após indagações acerca do documento, o ministro explicou que o decreto já foi alterado com a publicação de errata. E que com a criação do Ministério da Defesa, ele passou a ser a autoridade responsável para delegar aos comandantes das Forças Armadas a gestão de atos relativos ao pessoal militar, mas que a Presidente da República poderá continuar delegando poderes aos Comandantes.
“A competência originária continua com a Presidente. Ela pode chamar a si a responsabilidade”, afirmou. O ministro defendeu a elaboração de uma lei que defina exatamente o que é gestão e direção das Forças. Para ele, isso precisa estar mais claro no texto.
Wagner elogiou os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e disse que cabe a eles a definição das suas promoções. “É impossível que um ministro fale quem deve ou não sair general, por exemplo. Estes oficiais convivem há 20, 30 anos juntos. Então são eles quem devem decidir. São reuniões longas, inclusive, e eles me falam que não há nada pior do que escolher entre pessoas com desempenho excepcional na carreira”, salientou.
Ainda discorrendo sobre as responsabilidades envolvidas na publicação do decreto, deixou clara a competência da secretária-geral. “A Eva vem se esmerando para manter os projetos estratégicos, bem como o setor orçamentário. Ela briga muito pelas causas e os comandantes sabem disso”, contou o ministro.
E emendou: “Mesmo sendo enfermeira de formação, a Eva se preparou para atividades de gestora pública e é da minha confiança. Posso dizer que quem mais sofreu com isso tudo fui eu e ela, pois passamos nove meses construindo uma relação de credibilidade com as Forças”.
Atualização
O ministro Wagner esclareceu que todos os fatos que deram origem ao Decreto 8.515 datam de antes da sua gestão e haviam sido discutidos com os comandantes anteriores. De acordo com ele, havia consenso de que era necessário adotar medidas para fortalecer a institucionalização do Ministério da Defesa após sua criação em 1999. “A valorização do MD é necessária porque é a vertente civil para os assuntos de defesa.”
“Na época do ministro Celso Amorim foi feito um grupo de trabalho com as três Forças e os antigos Comandantes para estudar o assunto. Mas agora, para publicar, realmente não houve diálogo com os novos comandantes. O que aconteceu, na verdade, foi uma atualização da legislação, pois ela era de 1999, anterior à criação do Ministério e tratava de direção e gestão, mas sem explicitar quais eram”, detalhou. Jaques Wagner alertou que não há nenhuma usurpação de hierarquia com o documento e que procurou o ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, para consultoria jurídica do caso.
Ideli Salvatti
Ao ser indagado, o ministro esclareceu sobre a recente nomeação para o exterior do 2º tenente Jeferson da Silva Figueiredo, marido da ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti. O oficial vai assumir cargo na Junta Interamericana de Defesa (JID), localizada em Washington, nos Estados Unidos. Atualmente, Ideli é assessora da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Wagner deixou claro que “nenhum tratamento excepcional foi dado à questão, nem criada vaga para beneficiar ninguém”. “Por sorte, existia uma vaga, senão ele simplesmente não iria. Eu não conhecia o trabalho dele, mas me informei e soube que ele atuava na área de logística já tem algum tempo”, posicionou-se.
E no que diz respeito ao salário de mais de US$ 7 mil dólares que Jeferson irá receber, afirmou que é o mesmo soldo que todos os outros militares da missão estão recebendo.
Reconhecimento
O ministro Jaques Wagner recebeu elogios dos parlamentares governistas e da oposição. O Pastor Eurico disse que o ministro não se esquivou e não fugiu à situação, comparecendo à Comissão para esclarecer o episódio da publicação do decreto.
Já o deputado Carlos Zaratini, presidente da Frente Parlamentar de Defesa Nacional, destacou a atuação do ministro que soube contornar a situação e elogiou o tratamento respeitoso mantido com os comandantes militares. “Muitas vezes somos obrigados a fazer reavaliação e melhorar o que precisa, e vossa excelência soube fazer isso”, frisou Zaratini.
O deputado Raul Jungmann, atual Secretário Parlamentar da Frente de Defesa Nacional, disse que a “inteligência, a capacidade e o espírito público do ministro podem dar contribuição em qualquer pasta”, ao perguntar se Jaques Wagner iria sair da Defesa. O líder do governo na Câmara, José Guimarães, afirmou que o ministro é homem do diálogo e sempre marcou seu perfil conversando com todas as forças políticas.
Reforma administrativa
Sobre a troca de ministérios, Wagner respondeu em entrevista coletiva que ainda não recebeu nenhum convite direto de Dilma e preferia não falar nada por enquanto. “Vou continuar ajudando a Presidenta. São dois ministérios relevantes e que têm sua importância.”
Segundo o ministro, caso saia da Defesa, continuará trabalhando com o mesmo perfil. “Tenho como característica respeitar o diálogo e só colho frutos positivos. O diálogo pode transpor as dificuldades”, finalizou.
FONTE e FOTO: MD
O decreto é um acinte de uma presidenta a qual assina um acordo sobre a Amazônia com obama que seria ridículo se ela nao tivesse 66 anos e fosse bem espertinha
Com o descaso na prisão do Almirante Othon Pereira a Defesa Nacional fica escumlhanbada e a presidenta com obrigação de responder a Pátria
O ponto ótimo é o que permite a reincorpiraçao de reservistas , reformados e tecnicos pelas FAs , com o devido ajuste de isto ser incumbência dos Comandantes Militares ficam faltando os equipamentos
A posse de um Nacionalista como Temer , este cumpre suas funções com retidão deve resolver o segundo problema e somar um Acordo Militar formal com os BRICS e UNASUL deixando nossas Defesas Militares e posiçao geopolitica adequada aos anseios da Nação
O gilmar mendes é caso da satiaghra e a responder com fhc e outros pela presença da cia dos eua em Brasilia , internacionalização da Amazonia ou perda de área e Soberania e as privatizações junto com fhc
Saudações Nacionalistas Trabalhistas
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Ta dificil de aceitar este estadoi de coisas a que chegou nosso pais….esta turma politica e outros apaniguados nao tem mesmo vergonha na cara……quer dizer q todos os indicados sao altamente capacitados a ocupar os cargos a q foram contemplados…..putz…baita tapaco na cara dos cidadaos de bem……..este cara nao merece nem aperto de mao, seu passado e escandoloso e ele nao merece contenplacao nenhuma. arghhhhhhhhhh
Essa declaração desse dissimulado, só me fez ter mais raiva dele e mais indignação com os comandantes das forças, pois estão muito calados. Isso é muito triste, pois esses que governam, são uma quadrilha organizada do mal. Como disse o Gilmar Mendes, o Brasil se tornou uma Cleptocracia.
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A alta rotatividade no caput do MD serve bem para ilustrar e ratificar a falta de comprometimento com os rumos estratégicos que esse seguimento do poder tem recebido no governo PTista.
Como obter respostas e resultados que satisfaçam as necessidades das FAs sem que haja de fato o engajamento e persecução das metas e dos objetivos necessários ao atingimento do que está proposto na END? Esse é o papel político do Ministro da Defesa e do seu ministério. Ele deveria funcionar como um elo de ligação entre as aspirações das Forças e à disposição do GF. Com essa rotatividade, o que o cara consegue fazer é posar para fotografia de Ex-Ministro e viajar de um lado para o outro, recebendo diárias e fazendo proselitismo político em favor do PT.
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