Gavião Peixoto e São José dos Campos (SP), 21/02/2019 – Há aproximadamente 830 quilômetros de Brasília, é produzido um dos principais projetos estratégicos das Forças Armadas. Para conhecer o desenvolvimento do KC-390, a maior aeronave produzida no Brasil, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Moretti Bermudez, estiveram na quinta-feira (21) na empresa brasileira Embraer, localizada no município paulista de Gavião Peixoto.
O avião cargueiro, que substituirá o C-130, foi certificado em outubro do ano passado e deve ser entregue à Força Aérea Brasileira ainda no primeiro semestre deste ano. Em 2014, foi assinado o contrato de aquisição e ao longo dos próximos 12 anos devem ser entregues um total de 28 aeronaves.
Na sede da Embraer Defesa & Segurança, o ministro e o comandante foram recebidos pelo presidente da empresa, Jackson Schneider, e comitiva. O diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, brigadeiro Luiz Fernando de Aguiar, iniciou a apresentação com histórico sobre a criação da Embraer. Ele afirmou que “a empresa nasceu dentro da FAB e hoje é o orgulho do Brasil”. Em seguida, o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, brigadeiro Marcio Bonotto, falou sobre os projetos da FAB em parceria com a Embraer e explicou que o KC-390 nasceu da necessidade de substituir C-130 para superar a obsolescência da frota.
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“Melhor mobilidade, projeto robusto, maior flexibilidade, tecnologia no estado da arte e mais fácil de manter. Enfim, C-130 era um avião excelente, mas haviam algumas necessidades”, apontou. Na ocasião, o brigadeiro também falou sobre a aeronave de caça Gripen, desenvolvida na Suécia, com transferência de tecnologia para o Brasil. A parceria prevê treinamento teórico, cooperação industrial para capacitar a indústria brasileira e aeroespacial, produção de peças e manutenção em solo brasileiro.
Por sua vez, o presidente da empresa, Jackson Schneider destacou que mais de 60 países operam produtos e sistemas da Embraer. O CEO também apontou o KC-390 como carro-chefe da Embraer. Ele disse que “sem a Aeronáutica não estaríamos aqui. Não há dúvidas que hoje somos considerados uma das melhores engenheiras de aviões no mundo. O KC é um projeto incomparável”.
Após as apresentações, o ministro e as demais autoridades conheceram os hangares em que ocorre a produção das aeronaves. O ministro Fernando Azevedo comentou sobre a importância do cargueiro para indústria de defesa brasileira. “Esta aeronave atenderá as três Forças”, lembrou.
Avibras
À tarde, o ministro e comitiva seguiram para São José dos Campos (SP), onde estão as instalações da Avibras Indústria Aeroespacial. A empresa brasileira de engenharia desenvolve tecnologia própria nas áreas de Aeronáutica, espaço, eletrônica, veicular e defesa. Lá que é desenvolvido o projeto estratégico do Exército, o Astros 2020. Trata-se de sistema estratégico de artilharia de mísseis e foguetes que permite atingir alvos de forma mais precisa e a longas distâncias.
Além da sede em São José dos Campos, a empresa possui instalações industriais no Vale do Paraíba e emprega 1,9 mil trabalhadores “Desde 2012, quando começamos o envolvimento com os projetos estratégicos, houve uma mudança significativa na estrutura da Avibras. Somos uma empresa estratégica de defesa que está sempre a serviço do Brasil”, afirmou o gerente de desenvolvimento de negócios da Avibras, Marcos Agmar.
Durante a visita nas áreas industriais, as autoridades estiveram nas fábricas de viaturas blindadas, de materiais compostos e de motores-foguete. Também passaram nas aéreas de integração de mísseis e foguetes, e de testes de motores jato. Ao fim, o ministro Fernando Azevedo comentou ter conhecimento da excelência dos produtos. “É exatamente de acordo com a necessidade política e estratégia em termos de defesa que o Brasil precisa”, concluiu.
FONTE E FOTOS: MD
Espero que façam de tudo para não deixarem se perder projetos importantes que estavam a cargo da MECTRON, além do A-DARTER e MANSUP.
É preciso retomar o MAR-01, os MAA-1A e 1B, os MSS-1.2, além dos projetos dos kits para bombas guiadas ACAUÃ e FRIULLI. Além do próprio radar embarcado SCIPIO. O que os comandos anteriores da FAB fizeram com este projeto, matando-os de inanição financeira, é um crime contra a independência tecnológica e militar do país. Que o diga agora, nesta crise com a Venezuela, a falta estratégica que está fazendo o binômio A-1M/MAR-01.
Outra questão é o presidente Bolsonaro rever esta situação da Embraer com a Boeing, este negócio está se mostrando um imenso abacaxi que a indústria aeroespacial brasileira estará se enfiando.