Por João José Oliveira
SÃO PAULO – A empresa sueca dos setores aeroespacial, de defesa e segurança Saab reportou lucro líquido de 517 coroas suecas (US$ 65 milhões) no quarto trimestre de 2017, queda de 17,15% ante o apurado em igual período anterior, em moeda local.
Na mesma base de comparação, a Saab, fabricante dos caças Gripen encomendados pelo governo brasileiro e desenvolvidos em parceria com a Embraer, teve aumento de 8,9% nas vendas, que atingiram 9,819 bilhões de coroas suecas (US$ 1,235 bilhão).
Com os resultados do quarto trimestre, a Saab fechou 2017 com lucro acumulado de 1,407 bilhão de coroas suecas (US$ 177 milhões), aumento de 24,2%. No período, as vendas aumentaram 9,6%, para 31,4 bilhões de coroas suecas (US$ 3,95 bilhões).
A Saab registrou no quarto trimestre de 2017 um total de 6,586 bilhões de coroas suecas (US$ 828,4 milhões) em novas ordens, queda de 4,1% em relação a igual período de 2016. Mas, no ano, esse indicador de vendas cresceu 41%, para 30,841 bilhões de coroas suecas (US$ 3,879 bilhões).
O lucro operacional antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em Inglês) cresceu 20% em 2017, atingindo 2,155 bilhões de coroas suecas (US$ 271,1 milhões), determinando um margem Ebit de 6,9% ante 6,3% um ano antes.
A geração operacional de caixa da Saab atingiu 1,388 bilhão de coroas suecas (US$ 174,6 milhões), queda de 46,7% ante 2016. A carteira de pedidos ao fim de 2017 somou 106,8 bilhões de coroas suecas (US$ 13,44 bilhões), retração de 1% ante 2016.
Separando os resultados da Saab por unidades de negócios, a aviação respondeu por 47% das vendas, após crescer 16% na receita em 2017 sobre 2016. A empresa disse que o programa do Gripen Brasil permanece “com nível de atividade elevado”. O contrato envolve a venda de 36 jatos para o Brasil, em negócio da ordem de US$ 4,7 bilhões.
O segundo maior negócio da companhia, o de produtos de defesa terrestre, teve retração de 1% nas vendas, para representar 20% do faturamento da companhia.
Em comunicado, a Saab disse que projeta em 2018 registrar crescimento orgânico de 5% sobre 2017 e uma melhora na margem operacional, para aproximar o indicador da meta de longo prazo que é a de atingir 10% de rentabilidade.
FONTE: Valor
FOTO: Ilustrativa
Diz a nota que a Saab persegue melhora na margem operacional. Quem opera uma empresa são pessoas. Pessoas da empresa, terceiros, logística. Logo,
Haverá demissões.
Haverá corte na verticalizacao dos processos.
Aumento de despesas venham de onde vierem, no way.
Perseguir aumento da rentabilidade cortando a gordura faz parte de qualquer negócio. Como os suecos são conhecidos pela austeridade e frieza vem corte na carne. Certamente.
A Saab precisa de novos negócios. Faturamento. Vendas.
Tenho certeza que tem ofertinha na Suécia.
Chama o Temer. Manda ele pegar os 7 bi da Boing. Vende uns 20% da Embraer. Compra a Saab. Os caras estão quebrando. Bota 5 bi na mesa. Leva fácil.
Se o Abilio Diniz fosse Ministro da Defesa a Saab já era nossa.
SAAB quebrando???
Ahahahahaah…
Reparem na queda do preço do Nosso Contrato do Gripen NG, como disse o Texto está em 4,7BI de Dólares, isso é devido a desvalorização do dólar em relação a Coroas Suecas, visto que o nosso contrato coma SAAB foi ao custo de 39BI de Coroas Suecas que nas cotações de hoje está em 4,7BI de dólares bem menor que os 5,4BI de dólares da época do contrato que ainda era maior que os 4,5BI da época do FX2, e muitos ainda diziam que o aumento foi devido as especificações sobre alguns sensores como a tela unica Touch Screen que a FAB pediu!
Obrigado pelas respostas. Eu considerei que havendo queda na geração de caixa significa que a empresa está sem pedidos. Havendo pedidos toda empresa faz caixa.
Não sei aonde foi parar meu comentário anterior. Penso que compras de oportunidade também podem acontecer quando enxergamos outros cenários.
A MB não desistirá de ter um NAe operacional. Nossas duas tentativas anteriores fracassaram mas algo sempre se aprende.
Podemos pavimentar o caminho até 2025 quando, acredito, teremos resolvido esse assunto. Provavelmente o reator da marinha será realidade. Sim ou não quanto a propulsão vamos precisar das naves de asas fixas até termos grana e experiência para operar os F35.
Pavimentar o caminho nos coloca junto com o Gripen Naval, o Rafalle e os Boing F18. Os Gripen NG nos levariam até o Gripen Naval ou a Boing compra a Embraer e muda todo o cenário.
Bem…precisamos de SAMs? Na América do Sul somente a Venezuelana comprou. Se sabe operar ou não é outra história. É mais provável que Maduro aponte os S300 para o lado errado.
Desistimos dos SAMs russos. A Saab tem mas são inferiores. Se Israel conseguiu aperfeiçoar o Hellfire e reduzir os custos de produção a ponto de revende-los aos americanos poderíamos fazer o mesmo com os SAMs suecos já que estamos juntos no projeto do Gripen NG e provavelmente estaremos juntos no Gripen Naval.
Se…a Boing não comprar a Embraer.
Os americanos não vão permitir uma escalada de compras de SAMs no continente. Mas, um desenvolvimento conjunto com os suecos que são aliados dos americanos pode ser pensável.
Quem são os aliados dos americanos? Países que professam a mesma fé, que nunca atacaram nem foram atacados pelos americanos e, de maioria branca. Isso diminui nossas opções de compras com ok dos vizinhos do Norte para franceses, britânicos, suecos, canadenses. O resto pode ser habib. Mas não é aliado.
A Saab precisa de pedidos. Eles falam inglês. Vamos lá falar com eles.
Sim, sim.
Negócios são negócios. Pensei alto. Como não temos defesas SAM (mísseis terra-ar) talvez valesse a pena dar uma olhada no estoque dos suecos já que o faturamento está em queda. Perder quase 50% da geração de caixa mostra dificuldades com vendas novas.
Dei uma olhada nos sites e no comparativo com os SAM russos, os suecos perdem feio. O tempo de resposta pode chegar a 40 minutos contra 5 minutos do Pantsir. Mas, não há nada que não possa ser melhorado.
Se estamos ajudando a desenvolver os Gripen NG e nossa Marinha ainda sonha com outro porta-aviões para asas fixas, penso que o futuro coloca a Boing, a Rafale e a Saab no nosso caminho.
Negócios de oportunidade não existem somente quando aparecem ofertas.
Sucesso para a SAAB, essa empresa pe bem-vinda no Brasil, assim como os suecos!
Esteves, a iniciativa de comprar da SAAB sistemas de SAM similares ao Pantsir é louvável (seria, na verdade). Mas só vale a pena se eles realmente tiverem algo cujo custo/benefício compensar a escolha! Comprar só por comprar, para ajudar a empresa, não é uma boa. Acho, na verdade, que conforme o Gripen entrar em operação no Brasil, mais compradores deverão aparecer. Estão todos no aguardo do feedback da FAB e da Flygvapnet, visto que o Gripen NG ainda está em fase de protótipo.
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Forte abraço, boa tarde a todos
Queda de 46,7 na geracao de caixa e assustador. Uma empresa pode pontualmente ou afetada por despesas financeiras e ou não previstas ter piora nos resultados como queda nos lucros.
Despesas operacionais comprometem o resultado e podem ser revertidas. Até despesas com impostos podem ser demonstrados de forma positiva.
Mas geração de caixa não tem jeito. A empresa precisa de novas vendas.
O Brasil abortou a compra dos Pantsir e do S300 russos. Os suecos têm sistemas semelhantes. Será que tem uma ofertinha lá?
Falar e fácil.
Esteves estas variações são normais num campo de alta tecnologia e mercado restrito. Veja que a empresa foi capaz de se organizar economicamente e isto já deveria estar planejado. Neste plano de negócios de grande influencia do mercado e refém da economia mundial com alto impacto em pouca variação não é nada de ruim. Os suecos estão sendo bons parceiros, melhores até que os franceses no prosub. No campo de vista da parceria seria interessante, na tentativa de equilibrar a balança comercial os russos levam vantagem apesar da restrição das FFAAs por armamentos não ocidentais.