Por Leandro Prazeres
Autoridades francesas investigam a atuação da estatal DCNS no esquema de corrupção envolvendo a construção de submarinos contratada pelo governo brasileiro. A investigação foi confirmada por fontes ouvidas pelo UOL ligadas ao caso. Delatores da Odebrecht, parceira da DCNS no projeto, revelaram que o Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) gerou o pagamento de pelo menos R$ 155,5 milhões em propina.
O Prosub é um programa que prevê a construção de cinco submarinos, um deles nuclear. O projeto começou com o acordo entre os governos da França e do Brasil e estava inicialmente orçado em R$ 27 bilhões. A estimativa mais atualizada é que o orçamento do programa já supere R$ 31 bilhões.
A DCNS (sigla para Direction des Construction Navales) é uma empresa de economia mista controlada pelo governo francês, que detém 62% de suas ações, e pelo grupo Thales, com 35%. A empresa atua na construção de embarcações militares em diversos países.
O acordo feito entre o Brasil e a França previa que a DCNS construísse cinco submarinos da classe Scorpéne no país e, além disso, transferisse a tecnologia pata as Forças Armadas brasileiras. Para viabilizar a operação, a DCNS escolheu a Odebrecht para construir um estaleiro em ltaguaí, no litoral do Rio de Janeiro, onde os submarinos seriam fabricados. A escolha da Odebrecht COITO parceira no projeto foi feita sem licitação.
Questionada sobre o assunto, a PR-DF (Procuradoria da República do Distrito Federal) disse que as investigações sobre o Prosub tramitam em sigilo. A Procuradoria Financeira Nacional da França afirmou que “não poderia fazer comentário sobre o caso no momento”.
Delações e propina a militares
As suspeitas sobre a possível participação da DCNS no esquema de corrupção envolvendo a construção dos submarinos brasileiros aumentaram após as revelações feitas pelo chefe do setor de infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Júnior, nos depoimentos de sua delação premiada.
Ele disse que a companhia brasileira capou 40 milhões de euros a José Amaro Pinto Ramos a pedido de dois executivos da DCNS, entre eles o diretor de comércio internacional da companhia francesa, Phillipe Sauvageot.
Benedicto Júnior disse que os franceses exigiram o pagamento a Ramos para que o contrato entre as duas companhias fosse firmado. O delator disse acreditar que o repasse feito a Ramos foi utilizado para fazer pagamentos a militares da reserva ligados ao projeto dos submarinos brasileiros.
“Eu acredito que ele (José Amaro) deveria ter alguns almirantes da reserva que ajudaram na concepção do projeto nuclear envolvidos”, disse Barbosa aos procuradores brasileiros.
A defesa de Ramos afirma que seu cliente recebeu 17 milhões de euros (e não 40 milhões, como disse Benedicto Júnior) a título de honorários e negou qualquer irregularidade.
Empresa investigada por propinas
Esta não é a primeira vez que a DCNS se vê em meio a investigações relacionadas ao pagamento de propina. Em 2010, a Corte Internacional de Arbitragem da Câmara Internacional de Comércio multou o governo francês e o grupo Thales em US$ 830 milhões por ter pago “comissões proibidas” durante a negociação para a venda de navios militares para as forças armadas de Taiwan.
Em abril de 2016, procuradores franceses abriram uma investigação para apurar se a DCNS e o grupo Thales pagaram propina a agentes públicos na Malásia durante a venda de dois submarinos da classe Scorpéne para o país asiático.
Em nota, a DCNS disse que a companhia é regida pelas “leis e regras nacionais e internacionais”. A empresa disse ainda que os princípios da companhia são “o rígido cumprimento da legislação nacional em cada um dos países” onde ela opera, tanto no Brasil quanto em qualquer outro local.
FONTE: UOL
Mudei de idéia. Deve parar tudo para poeer investigar afinal, do que adiantaria este furdunço se as obras continuarem. Acho que o governo Francês deve processar o Brasil por sua corrupção contaminar as empresas da terra do baguete. Devemos também seguir mantendo em operação os bravos e avançados AF1 visto a vantajosidade da empreitada e por último, mas não menos importante devemos, urgentemente, comprar equipamentos de 2° mão como as Arleigh Burke americanas ou type 23, o HMS Ocean, o Giuseppe Garibaldi e os oficiais da reserva retornarem a ativa. Daí, vai ficar bom demais.
O mais importante é sem duvida continuar o projeto, julgar e prender se houver mesmo corrupção, e o principal é saber se os segredos das centrifugas foram alvo de TRAIÇÃO!!!??
Pois após os últimos acontecimentos deixam suspeitas sobre todas as investigações da Lava Jato!!
O bom senso deve prevalecer!! Estes projetos não podem parar…O custo seria muito maior!!
Culpados devem ser presos, repatriar recursos é prioridade, afastar envolvidos uma meta. Agora, diante de tanta falcatrua e cara de pau, alguma coisa vai ter que ocorrer….Não é possível!!!
Nunca observei tamanha oportunidade de moralisar, endireitar e dar razão a esta nação! Mas dependemos da força de pessoas que podem fazer a diferença…Pq se depender do Zé povinho, vamos ficar falando de bbbs…Futebol…E novelas….O povo cordeiro meu Deus!!!
A praça pública devia ser considerada!!!
Vocês acreditam a compra da Mectron pela Odebrecht também não tem nada escuso, ou pelo menos intenção?
Com um pouco de sorte talvez não tenham dado tempo de fazerem as falcatruas, mas não será surpresa alguma se lá também houver problemas. Sempre fiquei com os dois pés atras quando vi empreiteiras se aproximando da industria de defesa, mas não comentei nada porque eu iria ser crucificado aqui e de cabeça para baixo na baia de Guanabara na baixa maré.
E algum militar que esteja envolvido nisso (porquê tem senão não vingava a propina) tem que ser punido militarmente e civilmente
Abraços
Eu tenho uma opinião parecida com a do Satyricon: os SSK sairão, mas com atrasos, assim como o estaleiro e base. O programa do SSN entretanto, para o próprio bem da MB, já deveria ter sido suspenso. Deve-se, também, apurar as responsabilidade de todos os envolvidos no programa, punir os eventuais contraventores e rever os valores do contrato, descontando-se os desvios e a parte que envolve o projeto do SSN dos futuros pagamentos.
Com certeza, haverá impacto, pois dificilmente a Odebrecht continuará à frente do programa. Entretanto, poderia ter sido bem pior, porque toda a infraestrutura civil para a construção e lançamento dos subs convencionais está pronta e operacional. Já a infraestrutura (complexo) nuclear será problema, pois ainda demanda um longuíssimo caminho pela frente.
Todo o processo fabril já é coordenado pela MB, então não deve ser difícil manter a produção, mesmo que num ritmo menor. Os 4 convencionais portanto, tem esperança.
Já o nuclear… tenho minhas dúvidas.
ou a marinha é muito amadora ou esta erolada até o pescoço com esta corrupção, não é possivel que um projeto desta magnitude esteja cheirando tão mau,um projeto de segurança nacional arriscado a sofrer atrasos que não podem acontecer, temos uma armada beirando a obsolescencia, imagina se em 2010 tivesemos dado proseguimento ao prosuper com fragatas de 6mil tons e outros meios navais a um custo estimado de 6 bilhões de dolares , sera que seria este o valor final ou colocariam aditivos ao preço elevando os custos?
uma pena isso tudo acontecer.
Vão parar a construção dos submarinos…E como tantos outros projetos vai enferrujar e a nossa grana gasta vai mais uma vez ser DESPERDIÇADA!!!…o trabalho que dá para pagar esses malditos impostos para serem desperdiçados!!! Sem contar a parte que os malditos corruptos botam no bolso!!!
vai interromper a construção dos sub alguém dúvida?
Citei essa matéria em um dos meus comentários no post da nota da Marinha. Reitero o que disse, o Brasil deve processar a DCNS ( e aí também o governo francês como seu principal acionista ) p/ ser ressarcido dos prejuízos causados pela corrupção, lembro novamente dos acordos que a Odebrecht assinou c/ EUA, Suíça e mais especificamente c/ República Dominicana que se enquadra justamente nessa mesma situação da DCNS. Espero também que investiguem a compra dos 50 helicópteros, porque não dá p/ acreditar que tinha propina em tudo menos nesse processo de compra bilionário, né ?
Abs.