Na noite da segunda-feira (1), o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE) promoveu uma cerimônia em que destacou a importância da criação de fundos soberanos para fortalecer a defesa nacional. O evento contou com a presença do ministro da Defesa, José Múcio, e dos três comandantes das Forças Armadas, General Tomás, do Exército; Brigadeiro Damasceno, da Aeronáutica; e o Almirante Olsen, da Marinha.
Durante a cerimônia, o SIMDE homenageou o senador Carlos Portinho (PL-RJ) com o prêmio Joaquim Mursa. Esta foi a quarta edição do prêmio, que celebra personalidades que valorizaram o desenvolvimento dos setores de defesa e segurança no Brasil. Portinho, que se tornou um importante interlocutor do setor de defesa no Parlamento, é autor da Proposta da PEC da Previsibilidade, que tramita no Senado e propõe um orçamento mínimo para as Forças Armadas equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior, conforme recomendado pela OTAN.
Em seu discurso, o recém-empossado presidente do SIMDE, Frederico Aguiar, elogiou a iniciativa e defendeu a criação de fundos soberanos, semelhantes ao Fundo Nacional de Segurança Pública, que é financiado com parte da arrecadação da loteria esportiva. “O Exército poderia ter o seu fundo soberano e não contingenciável, custeado com parte de impostos ou taxas provenientes da exploração de terras raras. A Marinha teria seu fundo custeado por taxas ou impostos relativos à segurança do mar, tráfego de embarcações, royalties de petróleo do pré-sal ou até mesmo pela troca de dados através dos cabos submarinos. Da mesma forma, o fundo da Aeronáutica poderia ser financiado com parte da arrecadação de telecomunicações dependentes de comunicação via satélite e segurança aeroviária”, defendeu Frederico.
Carlos Aguiar, representando a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), destacou que a pandemia da COVID-19 evidenciou a importância da independência industrial nacional. “Países com maior independência industrial tiveram uma resposta mais rápida e eficaz à doença. Isso também se aplica à indústria de defesa. Uma dependência excessiva de fornecedores estrangeiros pode comprometer a segurança nacional em momentos críticos. O conflito entre Ucrânia e Rússia reforça a importância de estarmos minimamente preparados para desafios geopolíticos. Países que superaram seus investimentos em defesa hoje enfrentam dificuldades para garantir sua segurança”, afirmou.
O senador Portinho, ao receber o prêmio, enfatizou que “não se trata de um projeto de esquerda ou direita, mas um projeto de Estado”. Ele também prestou homenagem ao ex-senador Arolde de Oliveira, falecido durante a pandemia, lembrando que a PEC da Previsibilidade foi uma ideia original de Arolde, de quem Portinho era suplente e a quem ele é eternamente grato.
O Chile faz isso com a exploração do cobre uma porcentagem vai para as forças armadas .Se fosse para benefício próprio os parlamentares já tinham aprovado essa PEC faziam até reunião Extraordinária para aprovar
Como é para interesse do Brasil ninguém faz nada agora não mais futuramente podemos pagar um preço muito alto por nossa acomodação.
Não existe paz, democracia, harmonia, equilíbrio, futuro ou soberania sem demonstração de força, nossas Forças Armadas tem que ser bem equipadas e nossos combatentes bem sucedidos e remunerados pois dessa forma nosso povo continuará a ser o povo receptivo e festeiro…
Temos diferenças políticas e mágoas mas não podemos ser inimigos uns dos outros aqui dentro, guerra é diferente de adversário politico, religioso ou classista…