Presidente da EEA diz que projeto é catalisador da indústria aeronáutica nacional.
O presidente da Empresa de Engenharia Aeronáutica (EEA), Jacinto Bettencourt, revelou, no Salão Internacional da Aeronáutica Le Bourget, que 40 a 45% do novo avião da Embraer “é desenhado e produzido em Portugal”.
“Não só nunca tínhamos entrado num programa destes, como entrámos com uma participação muito significativa”, explicou Jacinto Bettencourt, referindo-se ao programa KC-390, que representa “um primeiro e significativo passo” de Portugal na indústria aeronáutica de asa fixa.
“É um programa de desenvolvimento da maior aeronave que alguma vez a Embraer desenvolveu, uma aeronave militar na qual Portugal participa em várias áreas: sistemas e software, engenharia e desenvolvimento, certificação e testes e na produção de ferramentas”.
A EEA foi designada a entidade gestora da participação portuguesa no programa com a Embraer, com o papel de mobilizar as empresas das áreas de aeroestruturas e software em torno de consórcios tecnológicos do KC-390.
“Apresentarmo-nos como uma empresa portuguesa que é capaz de actuar como integrador de outras empresas portuguesas em grandes programas aeronáuticos, com o suporte do nosso principal parceiro de engenharia que é o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIIA), que tem a maior equipa de engenharia aeronáutica em Portugal”, é o objetivo da EEA, explica o presidente.
A EEA é fornecedor directo da Embraer em engenharia, com o CEIIA, e faz o projecto e cálculo estrutural de três módulos: leme de profundidade, a barriga do avião e a fuselagem central.
De seguida, esses módulos são produzidos nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), com quem a EEA tem uma parceria alargada. As OGMA subcontratam, com a EEA, empresas de ferramentas e compra ainda peças, área na qual a EEA intervém em qualidade.
Jacinto Bettencourt explicou que, “como gestor de programa, o objectivo é maximizar a incorporação nacional”, fazendo com que “o máximo de empresas portuguesas participe no programa”.
O objetivo da EEA é arranjar programas aeronáuticos, da Embraer ou de outros construtores mundiais, que permitam alavancar a indústria. “A Embraer está a apostar fortemente em Portugal, temos de aproveitar esta oportunidade”, frisou.
O presidente da EEA considerou que tem de haver um processo de sensibilização de “todos os intervenientes, desde o ponto de vista da diplomacia económica, à identificação de medidas de financiamento, mesmo os atores políticos”.
O objetivo é que a aposta na aeronáutica seja “uma aposta estratégica do Estado português e faça parte da chamada campanha de reindustrialização que se está a pensar neste momento em Portugal”, explicou.
“Na prática tudo isto se traduz em exportações de produtos de alto valor acrescentado”, afirmou Jacinto Bettencourt, considerando que é necessário “mostrar uma grande coesão da indústria, que as empresas, que não são grandes empresas, estão unidas em consórcios complementares, com uma liderança disciplinadora e vertical, da EEA e de outras empresas que sabem liderar produtos nesta área, que há apoio político e formas de financiamento criativas”.
A EEA participa pela primeira vez no Salão Internacional da Aeronáutica, Le Bourget, na região de Paris, que acolhe este ano 19 empresas portuguesas até ao próximo domingo.
FONTE: www.publico.pt/jornal
NOTA DO EDITOR: Será? Com a palavra, a Embraer.
Eis a nota da EEA, faltou uma virgula: http://www.eea.pt/uncategorized/nota-de-esclarecimento-geral
NOTA DO EDITOR: Será? Com a palavra, a Embraer.
———————————–
Segundo nota em outro site , ao final desta mesma matéria,
a Embraer foi contatada e respondeu negando estes 40 a 45% e que a participação portuguesa na produção do KC-390 é em torno de 2%.
Fred como vc pode ver, existem diferenças entre 2 e 4,5%. rsrsrsrsrs
E uma diferença maior ainda entre 45 e 4,5%…(Segundo a EEA)
Seria bom ver uma nota oficial da Embraer, afinal é 2 ou 4,5%? Más convenhamos, 45% é soda! hehehe