O enorme acordo entre Israel e a empresa alemã Thyssenkrupp gerou acusações de suborno contra assessores do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Israel anunciou recentemente um novo acordo com a gigante alemã.
O Gabinete de Israel aprovou no domingo uma comissão estadual de inquérito para investigar alegações de corrupção envolvendo a compra de submarinos e outros navios de guerra da Alemanha.
O país pagou cerca de US$ 2 bilhões (€ 1,76 bilhão) para comprar navios de guerra para a marinha israelense entre 2009 e 2016 da alemã Thyssenkrupp.
Confidentes próximos de Benjamin Netanyahu foram implicados no caso do submarino, que também é conhecido como Caso 3.000 em Israel. O ex-primeiro-ministro já foi questionado pela polícia sobre o acordo antes, mas não foi nomeado um suspeito.
Netanyahu, agora líder da oposição, foi acusado de forçar os acordos contra a vontade dos militares e do Ministério da Defesa.
O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Barak o chamou de “o escândalo de corrupção mais sério da história de Israel”.
O ministro da Defesa, Benny Gantz, que pressionou pela investigação, disse que isso sinaliza “que você não pode brincar com a defesa de Israel”.
A investigação tem amplos poderes
A comissão estadual analisará o processo de aquisição, mas não investigará os réus atualmente em julgamento.
Além disso, as circunstâncias em que Israel concordou com a venda de submarinos alemães ao Egito seriam investigadas.
Uma comissão estadual de inquérito tem amplos poderes para convocar testemunhas, obrigar depoimentos e fazer recomendações para ações adicionais contra indivíduos e órgãos do setor público.
A investigação ocorre apenas alguns dias depois que Israel anunciou um novo acordo no valor de € 3 bilhões (US$ 3,4 bilhões) para comprar 3 submarinos da Thyssenkrupp.
O novo acordo estava suspenso há anos por causa das alegações de corrupção em torno do acordo anterior.
TRADUÇÃOE ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: DW