Por: Luciane Noronha
Nos dias 15 a 18 de fevereiro, o Grupo de Trabalho de Cooperação em Tecnologia de Navios Aeródromo (JWGACTC) reuniu-se em Nova Délhi. A iniciativa, firmada entre os Estados Unidos e a
Índia em 2015, teve como pauta a possível cooperação dos países na construção do INS Vishal – segundo NAe indiano da classe Vikrant.
Ainda em fase de projeto, o INS Vishal deverá ter 65 mil toneladas – o que o tornaria o terceiro maior do mundo – e propulsão nuclear (somente os EUA e a França possuem NAe nucleares, atualmente).
Previsto para estar concluído em 2025, não suscitou interesse de cooperação técnica apenas por parte dos norte-americanos, mas também dos russos e franceses. Detalhes maiores ainda não estão disponíveis, mas fontes indianas afirmam que o diálogo com os EUA está recebendo maior atenção.
Para a Índia, a importância estratégica desse novo projeto pode ser entendida sob três fatores: em primeiro lugar, há interesse por parte das Forças Armadas em diminuir a dependência militar da Rússia. De acordo com o último relatório da SIPRI, 70% de todo material bélico importado pela Índia é originário daquele país.
Em segundo lugar, considerando-se o navio-aeródromo como o principal meio naval de projeção de poder, a construção do INS Vishal demonstra o comprometimento da Marinha Indiana em se tornar uma força de águas azuis, conforme descrito na atual Estratégia Marítima, abordada no Boletim 27. De acordo com o documento, quanto maior o alcance da Marinha, maior a segurança das linhas de comunicação no Índico.
Por fim, a preferência dada aos EUA resulta da aproximação iniciada em 2015, com a visita de Barack Obama a Délhi. Entre outras motivações, do ponto de vista militar, o contrabalanceamento da China é um aspecto de convergência entre ambos. As movimentações de submarinos chineses próximos à costa do Sri Lanka e das ilhas de Andaman e Nicobar (parte do território indiano) são consideradas afrontas por parte de Délhi, que busca nos EUA um aliado contra um inimigo estratégico comum.
FONTE: Geocorrente
Não tem para onde correr… se tentar escapar da Rússia amiga da China cai nas mão dos EUA amigo do Paquistão.
O texto tenta atrelar a decisão oportunista da Índia por uma aproximação com os americanos na área de propulsão nuclear com uma aliança ideológica quando na verdade os indianos só estão mesmo interessados em adquirir a tecnologia em que os americanos são sem dúvida os mais capacitados… nada mais que isso.
E nós com um navio aeródromo ” parado ” com planos de ir ao mar somente em 2020 . Isso não existe !
Cleber o navio está parado por uma simples razão a perspectiva da MB poder operar o Sea Gripen no NAe São Paulo.
A MB tem de fazer uma aposta DECISIVA para os próximas 3 ou 4 décadas.
Nosso NAe tinha a perspectiva de mais 15 anos de operação baseada na operação dos AF-1 (Skyhawks) modernizados e função operacional como um navio aeródromo de manutenção doutrinária. Com a possibilidade de operar uma aeronave moderna como um Sea Gripen nesta unidade por várias décadas TODO o planejamento de reforma do A12 tem de ser refeito pois o objetivo MUDOU completamente para uma unidade de combate plenamente operacional.
Só que isso demanda um aporte ainda maior de recursos e uma obra do mesmo porte que Chineses e Indianos fizeram com os cascos dos NAes russos que adquiriram e se tornaram suas primeiras experiências na construção de unidades aeródromo.
O casco do Foch/São Paulo ao meu ver DEVERIA sofrer uma intervenção deste porte, quase um NAe NOVO, para que nossos Engenheiros APRENDAM na prática algo de substancial ANTES do Brasil pretender levar adiante o PRONAe e a construção de dois NAes de 50/60 Kton de deslocamento.
Se as pessoas ACHAM que o Brasil não pode/deve/incapaz de construir/manter/operar navios aeródromos esta é uma discussão fora da MB, só o governo civil pode demover/evitar/proibir a MB de perseguir seu objetivo.
A MB com a perspectiva de uso do Sea Gripen tem de RE-fazer o projeto do PMM do A12 para adequar a sua unidade de superície a um patamar tecnológico similar ao da aeronave que lotará no futuro e isto demandará mais tempo e principalmente tecnologia e DINHEIRO.
China e Índia levaram uma década para transformar seus cascos russos em unidades modernas aeródromo, não será em 4 anos que o Brasil o fará… Disto estou certo…
Mas tenho confiança que faremos o mesmo em menos de uma década..