A Rostec, corporação estatal da Federação da Rússia que desenvolve, fabrica e exporta produtos industriais de alta tecnologia para o uso civil e militar, planeja reforçar e ampliar a cooperação técnica-militar na América Latina, em especial com o Brasil, assim como já executa em nações como China e Índia.
Denominada “Embaixadora Industrial da Rússia”, a Rostec considera que o Brasil se tornou um parceiro estratégico. A companhia participará na próxima semana do evento LAAD – Defesa & Segurança 2015, previsto para ocorrer entre os dias 14 e 17 de abril no Rio de Janeiro (RJ). As holdings que integram a corporação apresentarão projetos de alta tecnologia para os setores civil e de defesa.
As soluções tecnológicas trazidas pela Rostec são aplicáveis principalmente nas áreas de segurança e no desenvolvimento da infraestrutura portuária e de energia. Entre alguns exemplos oferecidos, destacam-se os sistemas inteligentes denominados “Cidade Segura” e “E-Governo” (Governo Eletrônico), além de armas para a defesa aérea e helicópteros de duplo propósito (transporte civil e militar).
“A Rostec quer ampliar sua presença no Brasil, não apenas para fornecer seus produtos, mas também para colaborar com os parceiros e desenvolver conjuntamente soluções de alta tecnologia, criando empresas de cooperação bilateral”, declarou Sergey Goreslavskiy, diretor-adjunto da Rosoboronexport, companhia exportadora de produtos militares e que pertence à Rostec.
Entre os países da América Latina, o Brasil ocupa o primeiro lugar em importância no âmbito comercial. O país é considerado um dos mais promissores, não apenas na cooperação técnica-militar, mas também em termos de desenvolvimento conjunto de altas tecnologias para o setor industrial.
Este cenário pode ser comprovado pelo grande interesse brasileiro na aquisição de helicópteros da Rússia nos últimos anos. Foram entregues ao Brasil os modelos de combate Mi-35M e o Mi-17, utilizados para fins civis. Além disso, o país declarou formalmente o interesse em adquirir o modelo mais recente do Ka-62, usado para múltiplos propósitos.
Exposição e Programa de Negócios
A participação da Rostec na LAAD – Defesa & Segurança 2015 irá incluir a apresentação de diferentes modelos de helicópteros, com destaque para: o modelo de combate Mi-28NE, o de olheiro armado Ka-52, e os utilizados para o transporte militar (Mi-171SH e Mi-171A2, além do Mi-171A1 e Ka-32, sendo os dois últimos certificados no Brasil).
Também serão apresentados o helicóptero Ka-62 e o jato de treinamento e combate militar Yak-130. Ainda no setor de defesa, os visitantes poderão conhecer os sistemas de míssil antitanque Cornet, o de defesa aérea Igla-S e o de artilharia antiaérea Pantsir-S1.
Pela primeira vez na exposição, considerada uma das maiores do setor na América Latina, a Rostec contará com a participação de sua subsidiária Technodinamika. A companhia deve despertar o interesse de parceiros potenciais para o desenvolvimento do sistema contra incêndio elaborado para a nova aeronave civil da Rússia, o modelo MS-21, criado em conjunto com a Curtiss-Wright.
A holding Helicópteros da Rússia, que pertence à Rostec, permanece negociando o fornecimento de aeronaves consideradas ideias no atendimento das necessidades de forças policiais e órgãos que executam operações de resgate. A companhia apresentará no Rio de Janeiro um exemplo das soluções desenvolvidas e sua integração com o sistema “Cidade Segura”, considerado eficaz na prevenção e previsão de incidentes e crimes, além de ideal para a garantia de segurança em eventos de grande porte, como os Jogos Olímpicos de 2016.
As negociações sobre este tema terão continuidade durante a LAAD – Defesa & Segurança 2015, que ainda discutirá a cooperação no projeto “E-Governo”, o monitoramento e vigilância de fronteiras, além de sistemas de controle de tráfego aéreo, construção de portos, produção de equipamentos médicos e vacinas, tratamento de água e recuperação de solos contaminados por petróleo.
Outros projetos de infraestrutura também estão na pauta de negociações com representantes do Brasil, dando continuidade à proposta anunciada na última reunião entre os líderes dos BRICS, ocorrida em dezembro de 2014 na cidade de Fortaleza (CE). Na ocasião, os governos propuseram desenvolver e produzir de forma conjunta unidades de energia e de bombeamento de gás, tendo como principal base os motores de aeronaves com turbina que também são movidas a gás.
Sobre a Rostec
A Corporação Rostec foi fundada em 2007 para apoiar a pesquisa, o desenvolvimento, a fabricação e a exportação de produtos industriais de alta tecnologia para o uso civil e militar. É um conglomerado estatal da Federação da Rússia que detém aproximadamente 700 empresas, incluindo nove holdings que formam o complexo militar-industrial e cinco grupos empresariais que atuam na indústria civil. Conta ainda com o controle direto de 22 companhias e marcas de renome mundial em seu portfólio, como a AVTOVAZ, KAMAZ, Helicópteros da Rússia e VSMPO-AVISMA, entre outras. A companhia está presente em 60 entidades constituintes da Rússia e exporta sua produção para mais de 70 nações. A receita da Rostec em 2013 foi superior a 1,4 trilhão de rublos.
FONTE: CV&A Consultores em Comunicação
BRASIL deve ser soberano,negociar ao seu favor,falar bem claro,dizer assim:
_Tudo bem, vocês querem o nosso mercado,consumidor,querem nos usar como plataforma para alcançarem novos mercados, então tudo bem, oque vocês tem a nos oferecer , vamos negociar !
Ai se coloca a mesa as proposta,se discutem as contras proposta e se chega a um consenso,se o resultado for satisfatório para ambos,se fecha o negócio,se não for buscamos novos parceiros ,na verdade nem precisamos buscar parceiros, é só esperar que logo logo eles aparecem, pois devemos esta cientes que o BRASIL,não é essa fruta podre que divulgam por ai, o país é promissor tem grande mercado e não precisa mendigar !
Se os governos desse nosso país tivessem feito as suas partes o país não estaria nessa situação,hoje estamos tentando barganhar o nosso atraso tecnológico, mas temos muito valor a oferecer !
Falta mais vontade política e visão estratégica por parte dos governantes, deveriam reunir representantes de grandes indústrias de diversos segmentos da economia da qual a Rússia necessita, além dos já citados como carne bovina e soja como também Etanol, Papel e Celulose, Açúcar, Pellets, Minérios, etc… fazer uma grande delegação com representantes do governo, das forças armadas e empresários, marcar uma reunião das partes interessadas na Rússia, irem todos juntos até lá e voltar de lá com centenas de contratos de compra, venda, transferencia de tecnologia, parcerias etc… assim o valor pago no produto que almejamos comprar seria diluído em um valor 10 vezes maior em OFF-SET que venderíamos aos Russos.
uma oportunidade po brasil aproveita e que sabe uma parceria no caça de quinta geraçao russo nao ia precisa rompe a parceria com os suecos
Se até nos EUA se fabrica fuzis AK e se importa equipamento espacial russas por que no Brasil não se pode fazer o mesmo?É uma burrice deixar a industria, o setor de tecnologia e setores relacionados serem prejudicados por politicas ideologicas sem embasamento tecnico ou dados, e isso vale tanto pra esquerda quanto pra direita.
Falow tudo!
Nos USA do AK para a Estação Espacial….
Aqui tem um grupinho que não entende que negócio é negócio e melhor ainda quando querem feijão e arroz! Alias a única coisa que temos de sobra!
Avião os Russos estão cheios….
O BRASIL deve estar aberto a qualquer país, que lhe proponha algo vantajoso,seja ele quem for,e os países que forem contra que nos ofereça algo melhor,essa coisa de ficar comprando briga de outras nações tem que acabar, o BRASIL precisa se libertar disso,para ter um projeto de nação,para ser soberano !
Concordo com o amigo. Agora, algo tem de ser citado: a Russia não abre seu mercado para a Embraer, por exemplo, mas quer vender, justamente avioes e controle de trafego aereo em nosso territorio. Muitos se perguntam o porquê do Brasil não se aproximar ainda mais da Russia; a meu ver a chancelaria brasileira, e os militares tambem, já perceberam que a Russia só quer nos usar e não negociar ou ser parceiros; só querem nosso mercado e influencia na regiao. E eu tenho que concordar com o Paulo, só abriram o mercado pra nossa carne porque não tinham quem a fornecesse em tamanha quantidade. Muito se discute sobre o brasil nao ter aceitado o acordo para o caça de T50, mas, será que não estava bom demais pra ser verdade?se fosse tão vantajoso assim será que nossos militares nao teriam visto isso? Qnd nossa comitiva viajou à Russia para ver os helicopteros, falou-se que eles nem quiseram discutir os Ka,s. Que parceria é esta então?
Quem fechou as portas do mercado russo … foi a própria Embraer (caso mais famoso foi a recusa em receber o ministro Russo ) .. inclusive .. dentro do FX … ”E-175/190/195” fabricados por la .. Sukhois por aki (incluindo o T-50) … especulação … SU-35 e T-50 n vieram pra ka por ideologia … falta de confiança no material russo … o fato do SU-35 com TT estar fora do ”shortlist” .. e ter um SH sem TT ou mesmo garantias dos tais códigos ”fonte ” (fundamental pra integração de novos armamentos ) foi a maior prova disso … pelo menos pra mim …. quanto ao KA … ha uma confusão ai … o EB foi na Russia conhecer o MI-28 … a convite da empresa q o fabrica (afinal usamos o MI-35 … mesma fabricante …) .. O KA-52 n esta pronto ainda … nem mesmo o EB abriu de fato uma concorrência oficial pra helis do tipo .. pra ”justificar” um convite por parte da ”KAMOV” (fabricante do KA-52 .. e KA-60…. sendo esse ultimo modelo oferecido pro Brasil ) ….assim q de fato o EB abrir a tal ”concorrência” … e mt provável uma oferta ”oficial” desse meio
Bruno,
A questão dos Gripens utilizarem tecnologia de vários países, de certa forma, pode ajudar a ampliar o leque de negociações comerciais. É o que faz a Embraer ao fazer uso de componentes de vários países. Amplia os países eventuais clientes.
Temos que considerar que, no caso dos caças russos, ainda que eu prefira eles, teríamos somente equipamentos de um único país. Há quem que ache isso positivo, há quem considere negativo.
Quanto à Embraer, na questão da visita do ministro, não passava de uma encenação e criação de contendas. Sabendo das vendas de jatos da Embraer para os EUA, qual seria o interesse deles com aquela cena? Se vieram para comprar porque não fizeram agenda oficial de abertura de negociação? Eu não estou a favor de país nenhum, exceto do nosso Brasil.
Mesmo anos atrás, eles criaram negaram acessar ao mercado de aviões, à Vale e à outras empresas, aonde há estatais russas. Se a fábrica deles não tivesse receio de concorrências, faria igual ao Brasil e abriria o mercado de aviação.
Fizeram jogo do mercado ao impor a compra dos helicópteros Mil-Mi em troca de liberar o mercado de carnes. Tá valendo, é da regra do mercado. Agora é a vez de darmos o troco. Negociação de exportação de valores agregados brasileiro pra cima deles. Isso vale pro EUA, Europa, China, Japão, Argentina… Marte, etc.
Eles estão precisando vender, então vamos espremer o máximo de vantagen.
resumindo Paulo, corretissimo seu comentario…negocios sao negocios, ideologias burras ou nao a parte preferencias idem……..as oportunidades estao ai para serem aproveitadas……mas aqui na banania a coisa so vai pra tras…..e so funciona para quem leva gdes vantages as nossas custas………Sds
E em troca? Vão comprar carne e soja? Desvantajoso comercialmente, exceto para a Friboi e para bancada ruralista.
Aí está uma oportunidade do Brasil tirar vantagens, pois a Rússia está quase desesperada para compensar as perdas com o petróleo e as restrições comerciais, além da fraca economia mundial. Mas não no que eles estão oferecendo.
Putin quer deixar o “file” de fora, que é o programa de lançamento aeroespacial, ou por último. Precisamos termos negociações audaciosas, mesmo num momento difícil economicamente. Precisamos abrir a Rússia também para a Embraer, para a Vale, e outras diversas fábricas brasileiras, os quais eles nem cogitam negociar.
O problema é que a oposição e governo no Brasil são amadores políticos/comerciais e não sabem a hora de juntar forças, mesmo que momentaneamente, por um país melhor, sem levar em consideração ideologias políticas.
rapaz, não vejo muita vantagem em adquirir helicopteros, ka-52.