Por Luiz Padilha
A visita à pista de testes da BAE Systems Hägglunds, proporcionou um mix de experiências únicas em mim. Poder conhecer de perto e andar nos carros produzidos pela empresa, já era algo impressionante, mas ser convidado para dirigi-los, foi algo inesperado.
No meu post anterior sobre o BvS10, uma parte da experiência já foi contada. Andar no IFV CV90 na pista de testes e poder verificar como os soldados ficam a bordo com curvas, acelerações, freadas e saltos, foi bem impressionante. Cada soldado tem em seu assento um cinto de segurança de 4 pontos, que lhes proporciona a segurança necessária durante as manobras executadas pelo motorista. No interior do veículo também existe um sistema automático de combate à incêndio para a proteção dos soldados.
Dirigindo o IFV CV90
A experiência de dirigir o IFV CV90 MkIII equipado com o canhão de 30mm Mk44 Bushmaster II na neve, realmente foi completamente diferente da experiência anterior ao dirigir o BvS10. O BvS10 já estava ligado e bastava acelerar ou frear. Já no IFv CV90 recebi um briefing rápido de como soltar o freio de estacionamento, saber qual botão dava partida, qual desligava e o posicionamento do câmbio para poder iniciar minha experiência. Tudo assimilado, soltamos o freio de estacionamento e pelo fone ouço que já posso dar a partida no motor. Com a marcha engatada acelero devagar e percebo que tenho nas mãos um veículo que arisco que eu preciso “domar”.
Com a comunicação constante do agora Comandante do carro, vou acelerando e me preparo para a minha primeira curva, que é feita de forma brusca até que eu pegue o macete para executar as manobras com suavidade.
Realizei duas voltas na pista onde vi que a estabilidade é um dos pontos altos do veículo, pois a primeira volta foi para me ambientar, naturalmente fui aumentando a velocidade e a forma de fazer as curvas. A suspensão trabalha muito bem deixando o veículo sempre estável, o que facilita bastante o trabalho do motorista. O IFV CV90 segundo relatos de outros operadores, possui a mesma dirigibilidade tanto na neve quanto em terrenos acidentados.
Mas, como tudo o que é bom dura pouco e o dia seria longo, a experiência não tinha como se alongar. Sem sombra de dúvidas, foi uma oportunidade muito significativa para mim, agregando um conhecimento impar para o meu trabalho no segmento de Defesa.
Agradecimentos
Eu gostaria de agradecer a SOFF que me proporcionou o início desta viagem à Suécia, ao Sr. Häkan Näslund, ao Sr. Edward Kleberg, ao Sr. Tarkan Turkcan e a BAE Systems Brasil, na pessoa do Sr. Marco Caffe, pela oportunidade de conhecer a fábrica do IFV CV90 e ao bônus de poder dirigir os blindados que lá estavam.
Eu tô falando há tempos e aposto 1 dólar, ou 6 reais, que o CV90120 será o escolhido pelo EB.
Gosto mais do Lynx 120, mas o CV90120 é o favorito.