O HMAS Canberra será entregue à Real Marinha Australiana (RAN) em 25 de setembro, após serem completados de forma satisfatória, os testes dos sistemas instalados na Austrália. Durante o mês de agosto, foram realizados os testes de sistemas, entre eles o de combate. Os testes relativos a plataforma já tinham sido realizados pela Navantia, antes de enviar os dois cascos para serem concluídos na Austrália.
O desenho dos navios HMAS Canberra (LHD 02) e HMAS Adelaide (LHD 01) está baseado no navio de projeção estratégica (BPE) Juan Carlos I, pertencente a Armada espanhola, integralmente projetado e construído pela Navantia.
O estaleiro espanhol é o parceiro tecnológico da BAE Systems neste projeto, tendo sido responsável pela construção dos dois cascos, que receberam posteriormente as superestruturas e os sistemas específicos de missão selecionados pela RAN.
É possivel ver os 25mm instalados 2 a vante e os outros 2
na plataforma acima da popa.
Comparado aos LHDs/LHAs da US Navy ele é subarmado,
mas, também não espera-se dele que opere exatamente
nas mesmas condições em que os navios da US Navy.
Nas fotos não consegui identificar nenhum sistema de defesa de ponto, será que um LHD desse tamanho será entregue sem auto defesas?
Topol,
Ele é armado com 4 peças de 25mm Typhoon, além de 6 metralhadoras de 12,7mm.
Tem esse diagrama que mostra um dos reparos de 25 bem a popa, sobre a rampa.
http://www.navy.gov.au/sites/default/files/SHIP_LHD_Canberra_Class_Concept_Cutaway.jpg
Tem esse link também:
http://www.exrnznnavyclub.org.nz/index.php/articles/personal-blogs/john-currin-s-blog/post/12808-hmas-canberras-typhoons-ready-to-fire.html
RR,
Esse segundo link que indicou dá a impressão que as armas de 25 mm se prestam à defesa antiaérea, o que não é verdade. A única função das 4 torretas Typhoons é dar proteção contra ameaças assimétricas de superfície (pequenas embarcações).
A defesa antiaérea, especificamente a defesa de ponto antimíssil, vai ficar só por conta dos sistemas soft-kill, que gira em torno do sofisticado despistador Nulka.
É sim muito pouco para um navio dessa qualidade e completamente inusitado.
Sua defesa hard-kill estará totalmente nas mãos dos escoltas.
No máximo esses canhões dão conta de aeronaves lentas e helicópteros que adentrem seu alcance de 2 km. Ou seja, na prática não serve pra nada tendo em vista que se for atacado o inimigo usará mísseis antinavios.
Só pra termos uma ideia, navios semelhantes da USN usam além desses mesmos canhões (geralmente em número de três), um mix com o Phalanx, mísseis RAM e ESSM, provendo uma proteção em camadas que vai desde o horizonte radar até a distância de 1 km.
Mesmo aceitando que esse navio não irá operar nas mesmas condições de um navio da USN, como disse o Dalton, é inaceitável que ele não conte com pelo menos um sistema hard-kill efetivo contra mísseis, principalmente levando-se em conta que ele irá operar em águas onde os prováveis inimigos têm uma imensa variedade de mísseis, inclusive supersônicos de última geração.
Já a adoção do Nulka é muito salutar tendo em vista que é o mais sofisticado sistema de despistamento em operação no mundo, sendo extremamente efetivo contra ameaça de mísseis guiados por radar, como são os mísseis “inimigos”. Mas mesmo que em testes esse sistema tenha provado ser altamente confiável, ainda assim considero uma temeridade confiar só nele.
Concordo.
Esse arranjo de armas é realmente estranho, considerando ser um navio destinado a operações anfíbias, que, ao longo da história, houveram ocasiões em que tiveram ser levadas adiante em águas não seguras.
Curioso que o Juan Carlos I, que estaria destinado a navegar por águas tão ou mais “quentes”, tem armamento similar, com quatro peças de 20mm e 4 metralhadoras de 12,7mm, e alguma proteção eletrônica com o sistema Regulus/Riguel.
Mas seja como for, acredito que isso possa ser compreendido…
É lógico se pensar que na esmagadora maioria das missões ao longo de seus tempos de serviço, esses navios não correrão o risco de passarem por uma situação que irá exigir que se defendam ( e é até mesmo possível que jamais venham a precisar de fato ); e assim sendo, até poderia ser considerado desnecessário equipa-los melhor… E a quase totalidade dos cenários que se apresentam para os dias de hoje e futuro imediato, são assimétricos, nos quais os adversários no máximo irão se aproximar em algum bote carregado de explosivos visando explodir a si mesmos e causar um dano maior ao navio no processo…
E se houver a necessidade desses navios se mobilizarem em operações ofensivas, isso muito provavelmente somente o será sob a proteção de uma força tarefa combinada, com forte proteção da USN…
Contudo, creio que existe a possibilidade de se equipa-lo ao menos com um CIWS ou pelo menos outros sistemas mais simples de curto alcance ( Simbad ? ) para defesa de ponto…
Emerson Sobreiro ( Facebook )
Creio que o Camberra ( que é uma variante do Juan Carlos I ) seria mais interessante pelo seu Sky Jump, que permitiria uma melhor operação de aeronaves VSTOL ( Harrier, F-35B ). Contudo, o custo de se operar o Mistral tende a ser menor, posto que é um navio menor, menos potente e de tripulação reduzida.
Seja como for, tudo depende do que se quer…
Se o objetivo for somente a utilização em operações anfíbias, então creio que não há uma necessidade específica dessa capacidade ( de operar aeronaves de caça VSTOL ), e ambos acabam sendo praticamente equivalentes. Nesse caso, creio que a melhor opção é o Mistral.
Agora, se se pensa em utilizar um LHD como meio para prover defesa aérea também, então evidentemente o Juan Carlos se torna uma escolha mais acertada.
Parece que ele esta meio pesado na popa!
Desnivelado.
Ele não está navegando e sim testando a doca alagável
quando a mesma se enche de água para o embarque e
desembarque de embarcações anfibias.
Devíamos largar nossa megalomania e ter uma marinha igual a da Australia
Para termos um desse a nossa MB tem cair na real acordar do seu sonho que não temos condição de manter um porta aviões e submarino nuclear ao mesmo tempo e rever seus projetos e contentar apenas com uns 2 navios desses.
Maurício, a Marinha está certa em querer uma frota de superfície descente e submarinos nucleares, o que precisa ser feito é forçar o governo federal a dar mais valor a Marinha e colaborar com esse sonho, disponibilizando o dinheiro (e pode ter certeza que temos dinheiro para isso) para que a mesma possa cumprir sua obrigação com eficácia e prontidão necessária
Será que um dia teremos um LHD igual a esse?