O Exército Brasileiro passou a contar a partir desta segunda-feira (24) com um moderno e poderoso instrumento para operações militares de ataque, defesa, patrulhamento e missões de paz: a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP-MR) Guarani.
O primeiro lote com 13 veículos foi entregue oficialmente ao 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado, em Cascavel, oeste paranaense, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim, e do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri.
Desenvolvido a partir de pesquisas empreendidas por diferentes unidades do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, a família de blindados Guarani está sendo produzida em parceria com a multinacional italiana Iveco, que construiu um módulo industrial para esse fim na cidade de Sete Lagoas (MG). A propriedade intelectual do Guarani – que tem a previsão de ser exportado – é do Exército Brasileiro.
Na cerimônia de entrega do lote de 13 blindados, Celso Amorim destacou que a entrada em operação dos Guarani “é um evento significativo, que representa este novo momento de reequipamento das nossas Forças Armadas”. Para o ministro da Defesa, a qualidade tecnológica e a empregabilidade do novo blindado reforça “a auto-estima dos nossos militares” e demonstra a “visão de futuro” do Estado Nacional.
Amorim ressaltou que os Guarani têm uma grande presença militar, o que assegura um maior poder de dissuasão, “capaz de evitar ameaças ao nosso território e às nossas riquezas”. O ministro também elogiou o fato de o projeto ter sido desenvolvido e produzido no Brasil, já que sua exportação poderá se reverter em royalties para a Força Terrestre. “Tenho certeza que o Guarani será um sucesso no mundo inteiro”, afirmou.
Tecnologia
O Guarani irá substituir as famílias de blindados Urutu e Cascavel – em operação há quase 40 anos nas Forças Armadas. A previsão é que um total de 86 veículos seja entregue até o final do ano nos batalhões de infantaria de Foz do Iguaçu (PR), Apucarana (PR), Francisco Beltrão (PR) e no Centro de Instrução de Blindados em Santa Maria (RS). “É um meio moderno e eficiente. Um marco no processo de transformação das nossas tropas”, avaliou o general Carlos Bolívar, que está à frente do Comando Militar do Sul (CMS).
Para o comandante do Exército, general Enzo Peri, o desenvolvimento do Guarani é um “projeto vitorioso”. A expectativa é que, ao longo de 20 anos, 2.044 blindados sejam fabricados e disponibilizados à Força Terrestre.
Com capacidade para 11 homens – sendo nove combatentes, um atirador e um condutor –, o blindado Guarani contém, além de ar condicionado, uma série de inovações tecnológicas: baixa assinatura térmica e radar – o que dificulta sua localização pelos inimigos; proteção blindada para munição perfurante incendiária e minas anticarro; navegação por GPS; freios ABS; visão noturna; motor de 383 cv, com velocidade máxima de 100 km/h; sistema de gerenciamento de campo de batalha; e sistema de consciência situacional.
O Guarani também é preparado para navegação, com hélices traseiras que lhe dão capacidade anfíbia. Suas torres podem ser equipadas com canhões de munição de 30mm, além de metralhadoras .50 e 7,62mm. É projetado para atingir alvos aéreos e terrestres. Desde 2013, os militares dos batalhões de infantaria mecanizado das regiões Sul e Centro-Oeste estão recebendo adestramento específico para operar o novo blindado.
FONTE : defesa.gov.br
A versão 8X8 também deveria ser adquirida no minimo na mesma quantidade.
Umas 2.000 unidades.
Belo carro, mas não acredito veículos 6X6, somente se fizermos o 8X8 em grandes quantidades, aí sim dará para brincar um pouco de ser grande.
eu tenho a impressão que esse já estão com kits de blindagem extra, pois os pinos não estão muito aparentes. Alguém percebeu isso?
Seria bom que a marinha também comprasse esse blindado para ajudar no sucesso comercial do equipamento. Ser empregado em missão de paz também dá mais visibilidade internacional ao Guarani.
Está em cogitação alguma versão 8×8 armada com reparo de 105mm para emprego anti-tanque ou raparo de 76mm para guerra anti-aérea?