Por Lee Ferran
Cúpula da OTAN 2024 – Os líderes de defesa de quatro poderes europeus anunciaram nesta semana que planejam trabalhar juntos para construir novas armas de ataque de longo alcance para reforçar as lacunas nas defesas européias destacadas pelos combates na Ucrânia.
Os Ministros da Defesa da França, Alemanha, Itália e Polônia assinaram uma carta de intenção na quinta-feira pelo que eles estão chamando de European Long-Range Strike Approach (ELSA). De acordo com a embaixada francesa nos EUA, a iniciativa “permitirá que as nações desenvolvam, produzam e forneçam recursos no campo para ataques de longo alcance, abrindo caminho para a cooperação que visa fortalecer as capacidades militares de defesa européia e a base industrial.”
O esforço inclui o desenvolvimento de “mísseis com uma faixa além de 500 quilômetros” destinados a “preencher uma lacuna nos arsenais europeus que [países participantes] dizem ter sido exposto pela guerra da Rússia na Ucrânia”.
Especificamente, a Reuters relatou, citando uma fonte militar, que o projeto prevê um míssil de cruzeiro com um alcance entre 1.000 e 2.000 quilômetros.
Poucos detalhes adicionais sobre o projeto foram disponibilizados. A fabricante européia de mísseis MBDA anunciou no mês passado que estava desenvolvendo um novo míssil de cruzeiro baseado em terra, chamado de Land Cruise Missile, baseado em uma variante naval existente.
Essa nova munição “oferecerá os mesmos recursos exclusivos que a variente naval, incluindo: precisão métrica a longo alcance; alta sobrevivência ao penetrar nos sistemas de defesa aérea integrada do inimigo, graças à redução da seção transversal do radar e à capacidade de seguir o terreno; e alta letalidade contra alvos”, de acordo com o anúncio da MBDA.
O ministro da Defesa Francês Sebastian Lecornu disse na quinta-feira que o novo projeto franco-alemão-polonês-italiano seria aberto a outros parceiros. O governo francês disse que o projeto poderia “recorrer ao financiamento europeu”.
“A idéia é abri-lo o mais amplamente possível”, disse Lecornu a repórteres, segundo a Reuters, e indicou que o novo governo trabalhista da Grã -Bretanha poderia aparecer. “Ele tem valor, inclusive em um nível orçamentário, porque obviamente também permite que os vários custos sejam amortizados”.
O míssil desenvolvido pela Europa abordaria duas preocupações vinculadas aos planejadores militares europeus: a necessidade de mais capacidade de ataque de longo alcance e a necessidade de expandir bastante a capacidade da base industrial do continente de produzir armas em escala e velocidade.
“Com toda a honestidade agora, temos na Europa uma base industrial de defesa que é moldada para uma situação de tempos de paz e depois olhamos para a guerra na Ucrânia, que é uma guerra de atrito, uma guerra de armazéns”, disse o ministro da Defesa sueco Pal Johnson em um evento separado da OTAN na quarta-feira. “Então, acho que há muitas coisas que precisamos fazer para aumentar a produção industrial”.
O novo programa de desenvolvimento de mísseis de longo alcance ocorre quando Berlim também anunciou que permitiria aos EUA implantar seus próprios mísseis de longo alcance no território alemão, atraindo condenação de Moscou.
Falando aos repórteres na quinta-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz recebeu críticas russas a esse movimento, dizendo que as armas de longo alcance eram “necessárias para a dissuasão e a paz”.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Breaking Defense
O desenvolvimento de novos projetos, demanda de uma série de coisas, igualmente importantes. Dentre elas Engenharia, financiamentos, vontade políticas, sem contar a tal da vaidade( Aqueles q se acham o último biscoito do pacote.
Tirando tudo isso, tais paises tem tudo para desenvolverem tais armamentos. Em relação se desistirão no meio do caminho, seja por uma razão ou por outra. Ah! Só o tempo dirá
A Europa começa acordar. Antes tarde do que nunca. Ficar na dependência dos EUA, não tem razão de ser. Ainda mais com a Eleição certa do Donald como presidente. Sem contar que não ficam tão a mercê do Tio Sam. Guardando as devidas proporções , na Ásia de certa forma, acontece o mesmo. O japão se une a outros países no desenvolvimentos de um caça de última geração, desenvolve submarinos cada vez mais mortíferos.
Mesmo aqueles que negavam, hj acreditam que o mundo , caminha para um holocausto.
Já outros nem sozinhos, nem acompanhados, mas estão aí para calar quem muito fala, vários mísseis, caças, navios etc, fruto da cooperação Europeia.
A UE é o expoente máximo, do quanto o “cada um para seu lado” é rídiculo.
Se empresas de defesa Norte-Americanas, já anunciaram projetos e depois esses projetos foram anulados, porque na Europa não poderia acontecer???
Claro que no caso Europeu, muitos como tu, rezam para não dar certo, é azia …
Mas não demora 5 minutos para os franceses quererem assumir a liderança do projeto e todo mundo brigar e ir um para cada lado.