Por Soraya Brandão
Brasília, 25/05/2021- Ao comemorar o Dia da Indústria, neste 25 de maio, o Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), destaca a Mobilização Industrial e a Economia de Defesa como atividades essenciais para a interface da Pasta em diferentes setores da indústria. O objetivo é fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID) e buscar a independência tecnológica no preparo das Forças Armadas e em benefício da sociedade.
A Mobilização Industrial abrange o conjunto de atividades a serem empreendidas e orientadas pelo Estado, com ênfase nos setores econômico, científico e tecnológico. É responsável por promover imediatas e profundas repercussões em todas as demais expressões do Poder Nacional. Já a Economia de Defesa engloba a parte de tecnologia, informação, geração de emprego e tudo que está relacionado aos produtos de defesa.
O Secretário da SEPROD, Marcos Degaut, ressalta que é necessário estabelecer nova agenda para o setor de Indústria de Defesa, adequando-a aos novos tempos. “É preciso semear hoje o que queremos colher no futuro. O aperfeiçoamento de indústrias de interesse de defesa é fundamental para que possam sustentar os projetos estratégicos das Forças Armadas”, afirma.
Coordenação
Responsável por planejar, coordenar e executar estratégias e diretrizes relacionadas à Base Industrial de Defesa, a SEPROD constrói importantes parcerias com mais de 1.100 instituições ligadas ao setor da indústria em todo o País. A BID gera, em média, 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos e movimenta cerca de R$ 200 bilhões na economia nacional, representando 4% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB).
Dentre as entidades parceiras da BID estão a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e oito de seus conselhos estaduais (BA, GO, MG, PR, PE, RJ, RS, SC e SP); a Agência Brasileira de Promoção e Exportações (Apex); a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE); o Sindicato Nacional das Indústrias de Defesa (SIMDE), entre outras.
A parceria da SEPROD com a CNI resultou na criação, em março deste ano, do Curso “Economia de Defesa”. Destinado àqueles que desejam ampliar o conhecimento sobre o setor de Defesa no Brasil e no mundo, aborda temas como: a BID e a economia de defesa, a indústria de defesa no Brasil, as características do mercado de defesa no Brasil e no mundo, Projetos Estratégicos das Forças, e a Secretaria de Produtos de Defesa e fomento da BID.
Produtos Estratégicos
As parcerias estabelecidas por meio da BID possibilitam alavancar diversos projetos estratégicos, de forma a atender às necessidades operacionais e de modernização dos produtos de defesa empregados pelas Forças Armadas. O domínio de novas tecnologias e o aumento da produtividade e da diversidade na indústria brasileira asseguram a capacidade operacional das Forças e a consolidação da Política de Defesa e de Segurança Nacional.
Entre os diversos projetos estratégicos de defesa em desenvolvimento destacam-se: Fragatas Classe “Tamandaré”, desenvolvido pela Marinha, Programa Guarani, a cargo do Exército, e KC-390 Millennium, da Aeronáutica.
Fragatas Classe “Tamandaré”
O programa prevê a aquisição de quatro navios versáteis, dotados de elevado poder de combate, capazes de proteger a extensa área marítima brasileira, com mais de 5,7 mil km² – “Amazônia Azul”; realizar operações de busca e salvamento; monitorar e combater ações de poluição, pirataria, pesca ilegal, dentre outras ameaças; e atender aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.
Programa Guarani
Concebido para equipar o Exército Brasileiro com moderna família de blindados sobre rodas que atendam às exigências doutrinárias e de cumprimento das missões de defesa externa e proteção da sociedade brasileira. Além da proteção blindada, o Guarani traz valores agregados, como os sistemas de armas, de comando e controle e de comunicações.
KC-390 Millennium
Maior aeronave militar já produzida no Brasil, o KC-390 Millennium consegue aliar a emissão de requisitos e de pacotes de offset de maneira a impulsionar diversos setores da Base Industrial de Defesa. Ao todo, mais de 50 empresas brasileiras participam do projeto, que conta ainda com a colaboração da Argentina, de Portugal e da República Tcheca. A aeronave tem capacidade para transportar tropas e carga por todo o território nacional, reabastecer outras aeronaves em voo, realizar evacuação aeromédica, lançar paraquedistas e combater incêndios.
Além dos produtos operacionais de defesa, há outros setores estratégicos, nas áreas espacial, nuclear e cibernética, que se tornaram campos prioritários para o Ministério da Defesa. O que reforça a importância do desenvolvimento tecnológico e industrial para o fortalecimento da Defesa Nacional.
Em uma das fotos, claramente temos o radar OTH da IACIT.
Este equipamento tem um alto nível de alcance, chegando a monitorar embarcações a 400Km de alcance.
Segundo consta, 12 equipamentos deste permitiriam monitorar toda nossa Amazônia Azul.
Não entendo como este projeto ainda não tem a prioridade devida. Não deve ter um custo proibitivo.