Em 20 de dezembro de 2018, a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) assinou um contrato com a Omnisys, subsidiária brasileira da Thales, para fornecimento de estações radar completas, compostas por equipamentos primários e secundários (LP23SST-NG e RSM970S) para vigilância aérea nas fronteiras. Localizados nas cidades de Ponta Porã, Corumbá e Porto Murtinho, região oeste de Mato Grosso do Sul, os radares serão fabricados localmente e utilizados pelos Centros de Controle do SISCEAB para complementar a cobertura aérea naquela região de fronteira, notadamente para a detecção de aeronaves voando em baixas altitudes.
Os radares da Omnisys incorporarão funcionalidades como as medidas de proteção eletrônica e altimetria, além de excelente desempenho de precisão e resolução dos alvos, reforçando a cobertura aérea e melhorando o controle de aeronaves voando em baixas altitudes. Essas capacidades dos radares permitirão uma vigilância aérea mais abrangente, incluindo a detecção de aeronaves de pequeno porte utilizadas para emprego ilegal, auxiliando no combate ao transporte de cargas ilícitas ou mal-intencionadas.
Os radares serão fabricados no Brasil pela Omnisys, em suas instalações em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). A empresa é fabricante mundial desses radares para o Grupo Thales, tendo já produzido cerca de 65 equipamentos, com mais de 60% da produção destinada à exportação. Os radares fabricados em solo brasileiro estão em operação em diversos países da Europa, América Latina e Ásia. Além de fabricá-los localmente, a empresa fornece o suporte técnico necessário para garantir uma alta taxa de disponibilidade do equipamento, incluindo manutenção preventiva e corretiva, suporte técnico de campo, manutenção e treinamento operacional.
O LP23SST-NG é uma nova geração de radares primários de longo alcance, capaz de detectar aeronaves cooperativas e não cooperativas. É equipado com capacidade de altimetria que permite a identificação tridimensional precisa dos alvos, além de funções de contramedidas eletrônicas que protegem os radares de interferências eletromagnéticas intencionais ou não. Os radares ainda permitem a detecção de aeronaves com velocidades baixas ou nulas, como os helicópteros, ou com velocidade e capacidade de manobra elevadas, como os aviões de caça.
Já o RMS970 é uma geração de radar secundário de alto desempenho, com mais de 200 unidades operando em 53 países e mais de 60 unidades em operação no Brasil. Este radar utiliza técnicas inovadoras e as mais recentes tecnologias, desenvolvidas para fornecer a melhor resposta aos requisitos operacionais, incluindo uma alta contribuição para a segurança do tráfego aéreo, garantindo total integridade e disponibilidade dos dados de vigilância e comunicação, associados a uma alta confiabilidade.
A associação dos radares LP23SST-NG e RSM970S oferece a melhor solução para garantir a eficácia do controle e vigilância do tráfego aéreo.
“Participar do fortalecimento da indústria de defesa brasileira e consolidar a produção totalmente local desses equipamentos é uma enorme satisfação para a subsidiária brasileira da Thales, a Omnisys. Isso fortalece o compromisso da Thales com o país e com a América Latina na missão de tornar a região mais segura. De fato, as tecnologias decisivas da Thales em uso nesses radares ajudarão a Força Aérea Brasileira a tomar a melhor decisão em momentos cruciais”, disse Ruben Lazo, Vice-Presidente da Thales América Latina.
DIVULGAÇÃO: CDN Comunicação
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