A Embraer Aviação Comercial divulgou hoje, durante a FIDAE (Feria del Aire y del Espacio), as perspectivas de mercado (Market Outlook) para a América Latina. A Empresa prevê que serão entregues na região 720 novos jatos no segmento de 70 a 130 assentos ao longo dos próximos 20 anos, o que representa 11% da demanda mundial para esse segmento no período. A frota de jatos 70 a 130 assentos em serviço na América Latina crescerá das atuais 310 unidades para 740 até 2034.
Apesar das adversidades atuais, que decorrem principalmente da instabilidade política e econômica da região, as perspectivas de crescimento a médio e longo prazo permanecem positivas nos próximos anos. Uma recuperação econômica é esperada, endereçando os desequilíbrios macroeconômicos e restaurando a confiança dos empresários. Esta recuperação resultará em distribuição de renda mais equitativa e integração regional mais profunda, o que aumentará a demanda por viagens aéreas.
Nos últimos cinco anos, o crescimento anual da procura por transporte aéreo na América Latina tem estado em torno de 7%, consistentemente acima da média mundial, de cerca de 5%. Esta tendência deverá continuar ao longo dos próximos 20 anos, quando a região crescerá cerca de 6% ao ano.
O crescimento da classe média da região também atrairá novos clientes para as companhias aéreas, já que muitas pessoas ainda têm de embarcar no primeiro voo, tornando a América Latina mais madura para o transporte aéreo. Comparando a região com um mercado maduro de viagens aéreas, como o dos Estados Unidos, há um enorme potencial para o crescimento: a América Latina tem 0,4 passageiro per capita, um valor que é um sexto dos EUA.
Juntamente com a expansão da classe média, novos investimentos em infraestrutura em aviação vão moldar a maneira como o transporte aéreo vai crescer nos próximos anos. O alcance mais amplo do transporte aéreo para além dos principais centros financeiros e industriais, chegando às cidades médias – com população entre 100 mil e um milhão de habitantes – causou um crescimento da demanda de cerca de 1,5 vez mais rápida do que para as grandes cidades. Esse crescimento evidencia a necessidade de serviço aéreo eficiente para novos mercados de baixa e média densidade, e frequências mais altas em mercados existentes.
“A otimização da frota é fundamental, uma vez que os mercados secundários estão preparados para liderar a demanda por novas viagens aéreas”, disse Simon Newitt, Vice-Presidente da Embraer, Aviação Comercial, América Latina. “As companhias aéreas continuarão a adquirir aeronaves novas e eficientes para atender aos mercados de baixa e média densidade e para oferecer maior conectividade.”
Consolidações e fusões também contribuíram para mudanças fundamentais na indústria da aviação, como forma de alavancar sinergias e focar no crescimento sustentável e na rentabilidade. No entanto, algumas grandes companhias aéreas responderam ao descompasso entre demanda e capacidade – e perdas financeiras – cortando rotas e reduzindo capacidade na tentativa de chegar a um ambiente de negócios mais viável.
A primeira entrega de um E-Jet na América Latina ocorreu em 2005, quando a Copa Airlines, do Panamá, recebeu um E190. Atualmente, mais de 200 E-Jets estão em serviço na região, onde a Embraer é líder no segmento de jatos de até 130 assentos, com 70% de participação de mercado. A família de E-Jets já registrou mais de 1.700 pedidos e mais de 1.200 entregas até esta data. As aeronaves estão em serviço com cerca de 70 clientes de 50 países.
A fim de atender à demanda futura, a Embraer está trazendo os E-Jets E2 ao mercado para complementar a oferta atual de E-Jets. A Empresa apresentou recentemente o primeiro E190-E2, que entrará em serviço no primeiro semestre de 2018.
A América Latina aos poucos esta se tornando um mercado bem atrativo para a aviação regional que nos últimos anos cresceu de forma expressiva, em parte graças ao turismo e também por uma economia mais estável na região. Concordo que com a atual crise que esta instaurada alguns países da região acaba provocando receios com aquisições das aeronaves,mas isso deve ser revertido em um prazo curto de tempo é o que penso ao menos.
Tendo a Embraer como 70% do mercado e a ATR vindo na cola dá para ver a dimensão do potencial de crescimento e maior aproveitamento da malha aérea na região como um todo, focando especificamente no Brasil tivemos uma volta a aviação regional de forma expressiva e massiva com a Azul Linhas Aéreas que vislumbrou o interior como a oportunidade de ampliar a malha de voos com direção a centros maiores. Muitas rotas foram experimentadas e destas boa parte se encontra em operação mesmo com todas as dificuldades enfrentadas com a atual crise econômica/política que o nosso país enfrenta.
Muitas empresas estão iniciando um processo de reformulação para atender estas rotas bem como outras maiores mas que estão com um número de passageiros menor, ai a vantagem de se ter aeronaves do porte os E-Jets/E-2 que podem atender com facilidade a demanda por um menor valor passageiro X Km. Agora vamos aguardar o comportamento do mercado nos próximos meses e ver como vão ser as encomendas.