Por Luiz Padilha
Mantendo a tradicão de ser o mais importante evento da indústria naval militar mundial, a Euronaval 2014 teve a participação de empresas brasileiras no Pavilhão Brasil, um stand organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE).
Ocupando um espaço de destaque no Pavilhão Brasil, a Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais) pode mostrar pela primeira vez o Navio de Patrulha Oceânico Brasileiro (NPaOc-BR), um projeto criado no CPN – Centro de Projeto de Navios da Marinha do Brasil.
Concebido para operar na Zona Econômica Exclusiva do Brasil (ZEE), o navio terá como função, combater atividades ilegais no mar, fornecer segurança para o tráfego marítimo, proteger as plataformas de petróleo, principalmente na área do Pré-Sal e apoiar as operações de busca e salvamento. Para cumprir essas missões, o navio terá características diferentes do atual classe Amazonas. O navio irá operar com dois barcos infláveis de casco rígido, terá um hangar, convoo com capacidade de receber o MH-16, o UH-15, seu armamento principal será composto por um canhão ainda à ser definido, podendo vir a ser de 40mm, 57mm ou 76mm, dois canhões de 20 milímetros instalados lateralmente, e avançados sistemas e sensores, boa parte deles produzidos por empresas brasileiras em parceria com companhias estrangeiras.
Muito se falava da possibilidade da MB vir a construir mais NPaOcs da classe Amazonas no Brasil, por possuir os direitos de produção desse tipo de embarcação e assim, reprojetar o navio, alongando seu casco para a instalação de um hangar com capacidade de receber o Seahawk – MH-16 e substituir o armamento principal instalado originalmente pelo moderno canhão naval Bofors 40 Mk4, que foi testado pela Marinha do Brasil no NPa Guaporé (P-45).
Recentemente, a Royal Navy fez encomendas de uma versão maior do que o classe Amazonas da MB, o que poderia ser visto como um caminho a seguir, mas tudo indica pelo lançamento na Euronaval, que a opção de uma solução nacional é maior e a Emgeprom, com o NPaOc-BR, tende a tornar este projeto em realidade.
Com os últimos detalhes sendo definidos (parcerias de empresas estrangeiras com brasileiras para o desenvolvimento de sensores), as encomendas deverão ser feitas em 2015, com as entregas sendo feitas em 2020. Até lá, os NPa de 500 toneladas da classe Macaé, fabricados no Brasil, e os três classe Amazonas terão a árdua missão de patrulhar a costa brasileira.
A próxima que pode virar panela é a Bosisio.
Grande abraço
enquanto gastam dinheiro comprando projetos que caem em desuso a Frontin vai pra reserva….
Indo não. Já foi.
Então peçamos o dinheiro de volta, não da BAe, mas de quem intermediou a transação, pois isso configura desperdício de recursos da União! Se pensavam em promover um desenho nacional então deixassem quieto o lance dos navios-patrulha da BAe! Três navios e paramos por aqui???? Para dar lugar a uma belonave nacional? Ou teremos dois tipos de NaPaOc, em tempos de crise e dinheiro curto????
Para que promovermos um desenho nacional agora se já gastamos uma bagatela para comprar o desenho dos NaPaOc da BAe, que foi justificado como queima de etapa? Onde estão os planos para a construção e continuação dos Amazonas? Que apesar de terem uma torre muiiiiiiiito fraca, poderiam ser upgradeados com uma torre de 76mm, como a versão da Malásia? Onde está o bom senso?
Como anda a construção dos navios patrulhas da Mb que estavam no estaleiro EISA os trabalhos estão andando ou parado ainda não se houver falar mais nada.
Maybe 2015
Esta belonave tem previsão para adotar o OM 76MM Super Rapid? Pessoalmente me parece uma arma mais apropriada se levarmos em conta que os NPaOc podem eventualmente necessitar abrir fogo contra algo mais perigoso que piratas….
Aproveitado a oportunidade, em caso afirmativo qual o custo e tempo de troca da torre? O uso do 40mm é por causa dos custos de operação e eventuais disparos para pro eficiência da tripulação?
CM
para suportar um SeaHawk, ótimo! é uma boa oportunidade pra lotarmos a MB de SeaHawk, seria um desperdício colocar Esquilos nisso. Fico pensando, se nem no Hangar das Niterói cabe um SeaHawk, nem mesmo penteado, imagina o tamanho desse então? Por uma lado quero que se concretize mas fico triste de ver a perda de tempo com meios de patrulha quando se almeja a 9ª frota mais poderosa do mundo, enquanto já estamos cheios de NaPs… quem venham mais corvetas pelo menos.
O ideal seria dar uns 25 nos e só ter armamento de tubo, mas pronto para receber o Exocet e o sambad, ainda seria bom ter um radar de tiro para aproveitar todo potencial do canhão médio.
Seria interessante se o armamento não ficasse apenas com armas de tubo, poderia ser colocado em cima do hangar dois sistemas simbad RC que espaço tem de sobra.