Por Guilherme Wiltgen
Durante a visita que o DAN realizou ao stand da DCNS na Euronaval, nos foi apresentado o navio conceito XWIND® 4000, que incorpora as últimas inovações desenvolvidas pelas equipes de Research and Development (R&D) do Grupo francês e que estarão futuramente disponíveis nos navios de superfície fabricados pela DCNS.
Segundo nos foi informado, o XWIND® 4000 foi projetado em torno do conceito de um navio ‘totalmente digital’, com painéis de tela plana para o sistema de combate e sensores instalados em torno da superestrutura, proporcionando uma cobertura hemisférica e permitindo que estes últimos possam operar ao mesmo tempo sem gerar interferências entre os transmissores e receptores. Nessa configuração, os sistemas a bordo podem responder dinamicamente às evoluções de ameaças de terrorismo, pirataria ou de ataques de saturação.
Para melhorar a capacidade de resposta do navio em detectar, identificar e engajar alvos, farão parte do projeto do sistema de combate os Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT) de vigilância ou de ataque armados, permanecendo sob as ordens do Comandante do navio e sendo controlados a partir da sala de operações. A ampla cabine de pilotagem permite que o VANT possa ser operado simultaneamente com o helicóptero, ambos no convoo, localizado na popa.
O inovador design do XWIND® 4000 também fica evidente nas interface homem-máquina. O navio conta com dois centros nervosos providos de telas touchscreens, comandos de voz e tecnologia Kinect™ na sala de operações. Conta com uma visão de 360° e o uso de tecnologia de realidade aumentada, com interfaces de usuários no passadiço, semelhantes as utilizadas por smartphones.
Todos os sistemas digitais são executados em um data center seguro, que hospeda o sistema de combate e as aplicações de gerenciamento de plataforma em um ambiente virtual, alocando recursos conforme os requisitos operacionais vão evoluindo.
O inovador sistema de propulsão híbrido gera maior eficiência energética, primeiro pelo sistema de propulsão compacto (motores diesel, motor-gerador elétrico e engrenagens de redução) que está instalado em uma única “caixa” e, em segundo, pelas baterias que armazenam o excesso de energia produzida pelos alternadores do navio, quando este está operando com a máxima eficiência, podendo alimentar o motor elétrico para oferecer um modo silencioso de propulsão quando o navio estiver navegando a velocidades mais baixas, gerando uma economia de aproximadamente 10% de combustível e reduzindo os custos de manutenção em 40%, devido ao menor desgaste dos seus motores a diesel.
A DCNS destaca no XWIND® a velocidade, agressividade e robustez, que segundo o fabricante, são as três principais características dos seus navios. O mastro reverso e as superfícies laterais triangulares, que ligam o casco central e os cascos laterais, dão uma impressão de velocidade as sua linhas limpas, com as superestruturas localizadas a ré.
Se ele usar o radar Sea Fire 500 da Thales ficará além de parecido também equivalente em termos de detecção com o DDG-100 (AN/SPY 3)
Me lembra os novos destroyers americanos
Realmente lembra a nova classe americana, principalmente pelos sistemas instalados na superestrutura
Problemas parecidos pedem soluções similares.
Os projetistas que desenharam no papel vegetal com nanquim (folha por folha) aquelas fabulosas classes de destroiers: Charles F. Adams, Farragut, Gearing e tantos outros bons navios, devem estar bem DECEPCIONADOS com o que estão vendo na atualidade.
Atualmente é tudo feito por computador, dá a impressão que os os projetistas não tem a maior ideia do que é um navio de guerra.
Mas vamos ter que dizer aqui: que porcaria de navio sem graça…
Não fale asneiras, os desenhos são em computador porque é impossível desenhar e otimizar formas furtivas a mão. Apenas um supercomputador é capaz de faze-lo e com dificuldade ainda por cima. Os projetos de engenharia de 50 anos atrás não tem 1 décimo da complexidade dos atuais. E navio de guerra não é escultura nem obra de arte, não tem que ser bonito, tem que ser eficiente. E nesse quesito, esses dai estão milênios a frente dos destróieres ultrapassados do século passado.
Fantástico o conceito de propulsão híbrida, com acumuladores de energia excedente em bancos de baterias. Como a caixa de redução é única o navio pode alternar sua fonte de propulsão hora diesel elétrica, hora 100% elétrica enquanto houver energia acumulada disponível sem reduzir a velocidade e sem manobras mecânicas na máquina.