Por Virgínia Silveira
O mercado americano representou mais de 65% das vendas e entregas de jatos executivos da Embraer no primeiro semestre de 2015. No ano passado essa participação era de 45%. O bom desempenho dos negócios nos Estados Unidos, segundo a fabricante, vem compensando a queda na demanda dos países emergentes e, especialmente do Brasil, onde a falta de confiança em relação aos ajustes da economia contribui para a retração no setor.
A Embraer entregou 45 jatos executivos no primeiro semestre, sendo 36 leves e nove grandes. A receita da aviação executiva atingiu US$ 570 milhões, 22% do faturamento total da companhia.Dados da Gama (Associação dos Fabricantes de Aviação Geral) mostram que no primeiro semestre deste ano a indústria do setor entregou 301 jatos executivos. Destes, 64% foram direcionados para o mercado americano.”Podemos afirmar que 2014 e 2015 estão sendo os melhores anos de vendas de jatos executivos da Embraer nos Estados Unidos, onde já temos uma participação importante. O Phenom 300, por exemplo, é líder absoluto no segmento light Jet com uma participação de 57% do mercado”, disse o presidente da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.
É para os EUA que a Embraer também está concentrando a linha de montagem final dos jatos executivos Phenom 100 e Phenom 300. “Com a expansão da fábrica de Melbourne, também iremos produzir lá os modelos Legacy 450 e Legacy 500”, disse. O primeiro Legacy 450 montado em solo americano, segundo ele, será entregue no fim de 2016.”A visão da Embraer é a de se tornar cada vez mais uma empresa global com “head quarter” no Brasil”, afirmou. No caso dos jatos executivos, a produção das estruturas continuará sendo feita pela fábrica de Botucatu (SP), alguns componentes em São José dos Campos e as asas em Portugal.
Nem a retração do mercado brasileiro, que no período de 2010 a 2013 chegou a ser o segundo principal destino dos jatos executivos da Embraer, afetará a perspectiva de crescimento deste segmento na empresa. A previsão, segundo Pellegrini, é de um incremento de 12% nas entregas em relação a 2014, além de um aumento de 15% na receita.O mercado de aviação executiva global, segundo Pellegrini, deve manter o mesmo desempenho de 2014 e ser caracterizado pelo aumento do nível de competição entre os fabricantes e também pela presença ainda forte do mercado de aeronaves usadas. “A oferta de jatos usados ainda é muito grande, embora tenha se estabilizado, mas os preços continuam caindo”, comentou.
Em 2015 a Embraer prevê entregar de 80 a 90 jatos leves e de 35 a 40 jatos grandes, com uma receita estimada de US$ 1,7 bilhão a US$ 1,85 bilhão, algo em torno de 28% da receita total projetada para a Embraer no período. Em 2014 a aviação executiva respondeu por 16,5 % da receita total da empresa.A certificação do mais novo produto da empresa no segmento de aviação executiva, o Legacy 450, prevista para acontecer ainda este mês, dá o sinal verde para a fabricante começar as entregas e ampliar a receita. O modelo será apresentado pela primeira vez no Brasil durante a Labace (Latin American Business Aviation Conference & Exhibition), que acontece em São Paulo entre 11 e 13 de agosto.
Seu principal competidor é o americano Latitude, da fabricante Cessna, que também estará na Labace. O preço de lista do jato brasileiro é de US$ 16,5 milhões. Assim como o Legacy 500, o modelo 450 tem tecnologia de controle de voo eletrônico, conhecida como fly-by-wire, só utilizada em jatos executivos com valor acima de US$ 50 milhões.
FONTE: Valor Econômico
Vivemos em um mundo globalizado e com o mercado não é diferente. Certa é a Embraer em escolher o mercado americano como prioritário, como também a União Europeia. Ela também aposta o mercado asiático.
Outra ressalva é do fato dos E.U.A concentrar uma enorme mão de obra qualificada e o governo da incentivos e não há impostos absurdos….
A Embraer é uma global, ou seja uma empresa do mundo….
Pessoal aqui critica a Embraer por vender jatos nos Estados Unidos e Europa, por mandar linhas dos jatos Legacy e Phenom para States.
Esses tem que saber que Embraer é uma empresa privada, e vive de dinheiro. Se mercado brasileiro está à mal a pior, ela não é obrigada a viver em frangalhos aqui, ela vai ganhar dinheiro em outro país.
Empresa, empresário, empregadado, metalurgico, gerente, técnico e engenheiro, todos precisam de dinheiro para viver. Todos precisam acordar cedo para ganhar o pão de cada dia. se aqui está secando a mina de água, eles vão aonde tem.
Se Brasil quiser, manter as empresas aqui, e aumentar-las, e melhorar sua economia, a equação é simples, impostos baixos e juros baixos. O país precisa de um político que tem 2 bolas para fazer isso.
Sds
Leonardo,
A Embraer já recebe incentivos fiscais por fazer parte de empresas estratégicas de defesa. Ela vai receber, como já várias vezes aconteceu, tecnologias de fabricação de caças e equipamentos, às custas de acordos entre Brasil e Suécia, e do KC390. O Governo ainda dispõe de uma golden share de 1% no conselho.
Sim, é uma empresa privada, tem funcionários e acionistas, que também dependem do Brasil e de sua política tributária, além das compras militares. E se o Brasil não tomar conta, os EEUU tomam. E, se isso acontecer, acaba o pão de cada dia dos funcionários (brasileiros) da Embraer. Com certeza, os EEUU, não vão querer brasileiros em Jacksonville tirando emprego deles. Aliás, isso já está acontecendo. Só que, primeiro, de uma maneira suave, para não chamar atenção do sindicato em SJC e Santo André.
Vender sim, é mais do que direito e necessidade, é obrigação, até para não viver exclusivamente às custas do Governo.
Agora, colocar todos os “ovos” num único “cesto de pão”, no mínimo, é arriscado. Estou tratando de estratégia e políticas industrial. Para uma empresa que precisa que seus funcionários ganhem salários e paguem suas contas, os empresários estão sendo muito “inocentes”.
Daqui há pouco colocam um presidente para privatizar o que resta, culpando o desgoverno e a intervenção acionária como culpa se os EEUU, subitamente, parar de comprar. E acredite, eles não precisam da Embraer. Eles tem uma Boeing.
Se as FFAA não ficarem atentas, lá se vai nossa “vaquinha” que criamos, cuidados, gastamos dinheiro e desenvolvemos, para ser degustada lá fora. Que maravilha!
Paulo,
Problema não é somente corrupção nas Estatais, o problema é são preços altos dos produtos e a baixa qualidade dos mesmo.
Outro exemplo, para mandar uma carta no sedex de SP para RS, custo é 60 reais.
Nos Estados Unidos para mandar uma carta rápida de Nova York para California é 6 doláres.
E lá não atrasa, se atrasar, um dia, eles te devolvem seu dinheiro.
Outro exemplo, se não tivesse privadizado as empresas telefónicas nos anos 90, hoje a gente não estaria aqui conversando, não teria smartphones.
Seria o país do orelhão.
Olhe, quais empresas estão sendo investigadas, ou já foram.
CPI Mensalão(Começou nos Correios), CPI Petobrás, Eletobrás,Pedalas Fiscais(Banco do Brasil e Caixa Econômica).
Se fosse todas essas empresas privatizadas não iria ter CPI e investigações sobre essas, não iriamos precisar preocupar com elas.
Eu tenho parentes e amigos estudaram em Federais, conheci a Unicamp e USP.
São excelentes faculdades, mas USP que é melhor faculdade brasileira está em 132 lugar entre melhores do mundo de acordo com site topuniversities.
Esses conhecidos meus me falavam que laboratórios faltavam material, os que tinham são velhos em mal estado. Eu vi, os prédios da Unicamp e parte esporte, precisa de mais manutenção.
E outra face, eu conheci MIT, Harvard, Stanford, UCLA, Georgetown, GeorgeWashington, Jhon Hopkins.
Das 10 melhores universidades do mundo, todas são de lingua inglesa. E das 10 melhores, 8 são americanas e 2 são britânicas. E todas são privadas. Eu vi a estrutura delas, é um abismo entre Unicamp e USP entre ela, não dá para comparar.
Então, respeito sua opinião, se o Brasil está bom para você, respeito seu ponto de vista. Eu não acho que está bom não, um dos países, com maiores indíces de violência no mundo, uma das piores educações no mundo.
E o que tem em comum a maioria dos países desenvolvidos, com USA, UK, Japão, Koreia do Sul, Alemanha, etc??
Todos são países, com quase nada de empresas estatais, e quase tudo privatizado.
Outro exemplo, nos Estados Unidos, o governo de lá, vendeu as escolas básicas para iniciativa privada dar conta, e fez ensino nos Estados Unidos ter uma das melhores do mundo.
Acredito que o Brasil está no caminho contrário de ser país desenvolvido.
Sds
Leonardo,
Se as argumentações forem referentes às questões de estatais versus empresas privadas, o assunto toma outro rumo. E se formos comparar a realidade dos EEUU com a nossa, ou com a grande maioria dos países do mundo, aí fica mais difícil ainda.
Bom, sobre as empresas de telefonia móvel, não vejo um serviço de excelência assim, até por serem as campeãs em processo no PROCOM e multas da ANATEL. E por falar nos altos preços de serviços, nossa tarifa cobrada de celular, até pouco tempo, era uma das mais altas do mundo, e não mudou tanto assim até agora. E os serviços de internet, é melhor nem comentar.
Quando houve a privatização das Teles, sem dúvida nenhuma, houve uma melhora imensa nos preços e nos serviços na telefonia FIXA, além de acabar com a cabide de emprego. Nisso, estou de pleno acordo.
A empresa que está sendo envolvida na corrupção investigada na Lava Jato, a Petrobrás, foi fundada em 03/10/1953. Depois de quase 62 anos de existência, tendo contribuído imensamente com desenvolvimento tecnológico e industrial à sociedade e ao Brasil, deve ser privatizada, agora que se tornou gigante e “dona” do pré-sal? Huummm! Quem seriam os interessados e compradores!?
O BB que apoia, entre outras linhas, como praticamente único banco, a agricultura e pecuária, em diversos tamanhos e atividades, com taxas de juros que os outros bancos particulares não praticam, também deve ser privatizado?
A CEF, que pratica taxas de juros no mercado imobiliário, entre outras atividades, que são as mais baixas, também deve ser privatizada?
Os bancos PARTICULARES com as taxas bancárias e de juros, uma das maiores do mundo, tendo ano após ano, apresentado lucros sucessivos na casa dos bilhões, são exemplos do que queremos?
Quando Bamerindus, Nacional, Marka, Fonte Cidan, Delfin, entre outros, que não eram estatais, houve… Bom, prefiro deixar pra lá.
Quantas às universidades americanas, nenhum país do mundo consegue acompanhar ou competir. Então, a comparação, não é nada justa.
Mas, aqui no Brasil, temos diversas universidades particulares. E, TALVEZ, com exceção da PUC, nenhuma esteja entre as 200 melhores. Não sei dizer com certeza, admito.
Precisamos nas Universidades Federais de modelos de fiscalização, linhas de metas e desempenho, cooperação industrial e institucional, prêmio e apoio à pesquisa e desenvolvimento, dimensionar melhor quadro de funcionários e suas estruturas para torna-las mais dinâmicas e eficientes. As administrações é que deveriam ser terceirizadas, com as devidas auditorias independentes. Cumpriu metas, renova. Não cumpriu, perde a concessão.
Leonardo, desde já, grato pelos diálogos construtivos e polarizados, pois é assim que se pode tirar algumas meias ideias maiores e melhores que as nossas.
Sds.
Paulo,
Que vantagem tem empresa ser estatal. Quer dizer que a empresa é do povo? Isso não tem vantagem nenhuma.
Vou dar exemplo simples.
Olhe a Petobras. Alvo da investigação Lava Jato, já prenderam dezenas de empresários e políticos envolvidos em esquema de corrupção que desviaram mais de 30 bilhões de reais.
O que a população ganhou com isso??
Brasil, que está entre os 12 maiores produtores de petróleo do mundo, e brasileiro paga a gasolina mais cara do mundo, 3,50 o litro, vergonha. Faz todos produtos ficarem caros, pois toda a logistica depende da gasolina e diesel. E faz a nossa economia encolher.
Ainda mais, além de ser gasolina mais cara do mundo, é uma das piores qualidades do mundo, que tem quase 30% de alcool.
Vou dar exemplo dos Estados Unidos, lá tem mais de 5 grandes empresas. Gasolina lá é 40 cents o litro, este ano quando eu estive lá, enchi um tanque com 15 mangos. Agora aqui no Brasil por menos de 150 reais você não enche o tanque. E detalhe, lá também eles colocam etanol na gasolina, mas é 8% de etanol, enquanto aqui é quase 30% do mesmo.
Então, brasileiro só está tomando prejuízo por dizer que tem empresa que é brasileira. E está inflaçonando todos produtos e privando todos brasileiros baixa renda de ter carro ou de mante-lo, fazendo prejudicar a econômia drasticamente.
Resumindo a opera. Estatal, produtos caros e de baixa qualidade. Empresa Privada, produtos baratos e de alta qualidade.
Sds
Leonardo,
Pode você até achar, mas não vou contra suas palavras na questão da corrupção. Precisamos de Órgãos fiscalizadores, Instituições Regulamentadoras, Justiça Independente e Polícia Federal e Corregedorias atuantes. Quem pratica crime, que pague por isso.
A Embraer foi criada na época em que os militares colocaram em prática a necessidade do Brasil ser mais do que exportador de banana, café, e outros produtos agropecuários; produtos de baixíssimo valor agregado. Existia os latifúndios e os operário dos campo. Os ricos e os miseráveis, e formavam castas sociais. Sei que existe até hoje.
Tal como a Petrobrás, a Embraer representa e puxa uma indústria altamente qualificada, geradora de tecnologia e conhecimentos. Produto com valor agregado muito maior para exportação etc.
A Embraer foi resultado também da criação do ITA, que simboliza a criação até hoje de técnicos e engenheiros que podem atuar aqui em empresas no Brasil, sem precisar ir para fora.
A gente não pode imaginar o salário extremos de um agricultor com um técnico de uma empresa de tecnologia. Se nossa economia não gerar empresas ou indústrias de ponta, de tecnologia, aonde esses profissionais possam trabalhar aqui, simplesmente vão embora, como muitos até hoje fazem.
Se estatal fosse símbolo de ineficiência, a França não era a potência econômica que é. Pois, haja um país mais capitalista estatal que ela, e não falo só dos serviços sociais. Quer apenas um exemplo? DCNS. Sem falar de muitas outras.
Se empresa privada fosse exemplo de eficiência agente não teria no Brasil Bancos PRIVADOS com serviços e taxas com padrão de preço da Petrobrás. Deveriam ser bem melhores que o BB e a CEF, mas não são. O que vamos fazer?
Corrupção é um mal que assola todos os países do mundo. O que precisa são as fiscalizações institucionais, penas mais severas, rapidez jurídicas e investigatórias, além de um povo mais atuante e fiscalizador de quem vota.
Essa história de privatizar é bom só para os países desenvolvidos que tem uma classe governante (não falo da classe política) identificada com os interesses da nação.
Se a sociedade entender que só interessa ganhar seu salário, não importa o resto do Brasil, da sociedade, da sua educação, saúde, conhecimento, desenvolvimento tecnológico etc, então vamos privatizar e vender tudo? Para que USP, Unicamp, UFMG, EFRS, UFRJ, ITA, Embrapa, Fundação Osvaldo Cruz, Butantam, etc, etc? Eu, particularmente, sou totalmente contra privatizar, e não sou funcionário público, não, nem sou filiado ou partidário a ninguém.
Acho que os acontecimento atuais vão emadurecer a sociedade civil, jurídica e política; inibir outros petrolões. Que pena que na década de 90, quando houve quebra de Bancos (PROER), socorridos por nosso dinheiro, não houve investigações. Talvez, não estaríamos vivendo estes escândalos agora.
Por fim, se EEUU são exemplo de liberalidade comercial, por que protegem/subsidiam sua produção de milho, álcool, carne (a ração lá subsidiada pelo Governo federal, você sabia?), etc?
A NASA deu e continua dando prejuízos enormes, mas os estudinidenses falam em acabar ou privatizar a NASA?
Leonardo, meu mais sinceros desejos de um diálogo cordial e amigo com quem possa me mostrar que estou totalmente errado. Procuro sempre pela humildade e ouço todas as opiniões. Abraço.
Só compram de empresas que são deles. A Embraer já foi brasileira.
É por essas e outras que eles deveriam ser nossos parceiros comerciais principais , eles compram industrializados e não apenas matérias primas.