Contrato com a França prevê a construção de quatro navios
O Secretário da Marinha dos Estados Unidos, Ray Mabus, declarou na terça-feira, 30, em coletiva de imprensa, que as autoridades norte-americanas devem considerar todas as opções possíveis para impedir que a França entregue à Rússia os navios porta-helicópteros do tipo Mistral. Segundo ele, seu país “se opõe fortemente a esta negociação, mantendo tal posição já há bastante tempo”.
Pelo contrato firmado entre a França e a Rússia em 2011, dois navios Mistral devem ser construídos no estaleiro Saint-Nazaire, na França, e os outros dois, em São Petersburgo, na Rússia. O valor do acordo é de € 1,2 bilhão.
A Rússia espera que o primeiro porta-helicópteros seja entregue ainda este ano, até o final de novembro.
FONTE: Diário da Rússia
Para uma industria que constrói um cruzador de batalha nuclear classe Kirov, que construiu submarinos monstruosos como o Akula, construir um LHD Mistral é fácil. Aprender com os franceses só se for como perfumá-los ou como melhorar o seu cardápio
Caro Marcio Macedo,
Concordo que posição americana é política principalmente, mas também militar. Embora os navios não tragam um ganho para um ataque militar frontal aos EUA ou Reino Unido fato que muito provavelmente nunca irá acontecer, ele traz um ganho enorme em guerras periféricas por áreas de influência principalmente, nos mares tais como Báltico, Negro, Mar do Japão.
Os Estados Unidos tem um medo enorme dos russos e esse medo virou paranoia apos o incidente com o destroyer Donald Cook no mar Negro…não entendo porque os proprios russos não construiram esses navios…Se a França não entrega los aos russos ficará desmoralizada. e tida como capacho dos USA….
Os EUA já enviaram diversos navios ao Mar Negro depois
do “incidente” com o USS Donald Cook então não diria que
eles tem “medo” dos russos, apenas, os EUA são menos
provocativos.
Quanto aos russos não construirem navios como o Mistral,
eles de momento não podem, a menos que estivessem dispostos
a pagar muito mais caro e esperar muito mais tempo para
construir um similar localmente, usando novas técnicas de
construção mais eficientes que eles irão aprender com os franceses,
e atualmente não há nenhum “grande” navio em construção por
lá, somente, navios de tamanho similar a fragatas.
A França não é “capacho” dos EUA e sim um importante aliado e
diante da “agressividade” mostrada pela Rússia recentemente, nada
mais natural que tentar convencer a França a não finalizar o negócio,
não apenas pelo navio em si, mas, pela transferência de tecnologia que
permitirá aos russos alavancar suas próprias construções e isso já
havia sido manifestado pelos EUA e muitos outros países muito antes da
situação na Ucrânia, ou seja, não é de agora.
Os EUA querem cancelar o acordo mas deixar o prejuízo com os franceses, e os franceses SABEM que como sua “independência” militar e política tem limites BEM ESTREITOS cancelar a venda na sua reta final pode QUEBRAR ou deixar em situação BEM DIFÍCIL um de seus principais estaleiros militares.
Os franceses vão se fazer de desentendidos com os YANKEES e vão ser DURÍSSIMOS com os russos em OUTRAS FREGUESIAS… Aqui vai tudo OK até o final…
Agora eu pergunto aos senhores: Qual suas opiniões sobre o Ka-52M que irão equipar estes navios?
A Rússia encomendou 32 desses brinquedos, sendo 8 para cada navio.
Eu particularmente acho um grande helicóptero para apoio aéreo na versão baseada em terra. Foi inclusive desenvolvido me parece com apoio israelense nos aviônicos.
Agora he hora de saber se o governo da frança e seu povo sao de fato soberano,ou sao poodle dos usa. minusculo mesmo
A posição americana é política. Os Mistral russos não significam nenhum ganho militar expressivo para o país. Excelente comentário do Emerson.
Caro Samuca vamos lá…
Mistral (L9013) tem deslocamento de 16.500 tons com 198,73 m
USS America (LHA-6) tem 50.000 tons com 257,25 m
USS Wasp (LHD-1) tem 41,182 tons com 257,25 m
Ou seja não dá para comparar.
Caso os americanos reembolsassem os russos iriam fazer o que com com os navios? Eles não se encaixam na doutrina da USN ou mesmo USMC.
Outra coisa os russos (Presidente Putin) não vão querer ser reembolsados eles querem os navios para aprender sobre o modo de operar e já pode utilizar praticamente de imediato sem ter que começar projeto, construção e treinamento o que levaria anos.
Esse meu pensamento, algum discorda?
Só discordo dos números que você usou…o Mistral por exemplo
você usou o deslocamento “vazio” enquanto para os navios americanos você usou o deslocamento totalmente carregado exagerando em umas 5000 toneladas o
deslocamento do futuro USS América.
De qualquer forma o Mistral desloca cerca de metade do deslocamento dos navios
americanos, embora, não seja objetivo dos russos um enfrentamento entre os
mesmos, mas, contra países “pequenos” como a Georgia por exemplo, qualquer
novo incidente será bem mais fácil com a capacidade de um Mistral.
Emerson, a ‘solução’ que dei foi só olhando pelo lado do negócio, não tendo nada a ver com a questão militar. Mas, te deixo esse artigo interessante que vai no mesmo caminho que eu dei:
http://thediplomat.com/2014/07/after-mh17-france-must-cancel-sale-of-warships-to-russia/
A questão em um mercado altamente concorrido e de valores tão altos a França jamais vai cancelar a entrega dos navios sob pena de não vender armas para mais ninguém!
Concordo que seria uma saída diplomática, mas o prejuízo da confiança de clientes seria muito grande. Quem iria comprar armas de um país que pode mudar de posição a qualquer momento? E eles já tem tido dificuldade de vendas de seus armamentos por questão de valores já que não tem uma escala tão grande quanto por exemplo os Estados Unidos, tirando talvez os submarinos franceses convencionais que tem uma boa exportação perdendo apenas para os alemães.
Uma saída pragmática que os americanos poderiam adotar se quisessem de fato melar esse negócio seria reembolsar os russos com o valor que o tio Putin pagou. Agora, dar as caras na mídia pra cacarejar contra o negócio, aí só recorrendo ao bordão daquele personagem-paródia do Fernando Henrique no Casseta & Planeta: “Assim não dá, assim não pode!”
Até que o preço não está muito salgado com o rombo da PETROBRAS daria para comprar dois desses e ainda sobrava dinheiro para o PROSUPER e a reforma do A12.Para corrupção sempre há dinheiro mais para investir em outra aéreas não tem.
Já imaginaram se tivessemos uma politica voltada mais para us americanus? A que se considerar que a França é um aliado e que querendo ou não os EUA têm uma boa influência na Europa o que pode fazer a França mijar para trás como diz o velho ditado.
Caso isso acontecesse em uma situação hipotética e caso nós tivemos uma doutrina de emprego para este tipo de navio poderia aproveitar a oportunidade de compra das duas unidades já com transferência de tecnologia. Mas isto claro é uma situação hipotética e que depende de muito fatores que agora são utópicos. O certo é que a chapa esta fervendo dia a dia, o que têm nos preocupado, visto que uma coisa leva a outra e sempre antes do fogo vêm a fumaça e animos esquentam e vamos ter que sair de cima do muro amigos.
Quatro ? pensei que fosem Dois…
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=43914
O terceiro e o quarto deverão ser construídos na Russia, ao menos
era o plano original.
Os EUA so esquecem que eles podem montar um desses a hora quiser
Conhece alguém que compraria 4 navios desses para não querer impor respeito?
Que os americanos não tivessem deixado assinar o contrato, afinal acharam que os russos ficariam de cabeça baixo o resto da vida? Claro que a Rússia não aceitaria amigavelmente os americanos / OTAN ter influência na Ucrânia ali na sua fronteira.
Outra coisa somente os americanos e seus aliados que podem ter poder de se impor aos outros países? Não que eu esteja aqui defendendo o governo do Vladimir Putin, mas a Rússia não é históricamente um país que se submete a interesses de outro.