A Emgepron quer alcançar os mercados da África, América do Sul e Ásia com seu novo navio-patrulha 500-BR (NPa 500-BR). O Projeto Básico de Engenharia do NPa 500-BR encontra-se agora em fase de prontificação e a expectativa da estatal é de que brevemente possa iniciar-se sua construção, com envolvimento de diversas empresas brasileiras, geração de empregos e desenvolvimento da indústria nacional.
A EMGEPRON celebrou parceria com o Centro de Projetos de Navios (CPN) para o desenvolvimento do projeto básico de engenharia para a construção do navio-patrulha 500-BR (NPa 500-BR), com deslocamento de 500 toneladas, comprimento de cerca de 57 metros, e velocidade máxima contínua de 20 nós, a ser empregado na vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras, no apoio a operações terrestres e na defesa de portos, podendo participar, ainda, de operações de fiscalização da Zona Econômica Exclusiva, busca e salvamento, proteção de plataformas petrolíferas, e na prevenção e repressão de delitos ambientais.
O NPa 500-BR poderá contar com diversos sistemas oriundos da capacitação tecnológica da MB e da BID (Base Industrial de Defesa), com destaque para os Sistemas de Controle Tático – SICONTA, de Controle de Avarias – SICAV, e de Controle e Monitoração da Propulsão – SCMP, e ser dotado de munição de 40 mm produzida pela Fábrica Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos – FAJCMC, gerenciada pela EMGEPRON.
HISTÓRICO
A chamada Amazônia Azul, vasta área oceânica brasileira com cerca de 4,5 millhões de km², exige um Poder Naval moderno, equilibrado, adequadamente aparelhado e balanceado para o monitoramento. Nesse contexto, a execução de projetos estratégicos, previstos no Programa de Reaparelhamento da Marinha do Brasil (MB), exige participação, comprometimento, capacidade tecnológica e inovação da Base Industrial de Defesa (BID), fatores essenciais para o desenvolvimento da construção militar-naval brasileira, a fim de atingir as metas estabelecidas pela MB.
Nesse sentido, a Empresa Gerencial de Projetos Navais EMGEPRON assumiu, em 2015, o desafio de investir e gerenciar a concepção de um novo Navio-Patrulha, como alternativa para dotar a MB com meio moderno, versátil e adequado, a ser construído no Brasil, com alto índice de nacionalização, mediante inclusão, em seu projeto, de sistemas de elevado grau de complexidade, desenvolvidos pela BID.
CARACTERÍSTICAS
Comprimento: 57,20 m
Boca: 8,76 m
Calado máximo: 2,61 m
Deslocamento carregado: 592 ton
Velocidade máxima contínua: 20 nós
Raio de ação a 13 nós: 2.800 MN
Propulsão: 2 motores diesel CODAD
Tripulação: até 43 militares
Autonomia: 20 dias
SISTEMAS DE COMBATE
Canhão 40 mm L /70
Duas metralhadoras até 20mm
Sistema CORCED (opcional somente para 7.62mm ou 12.7mm) Não atende a 20mm.
Lançador MSA (opcional).
Sistema óptico-eléctrico
Sistema de Controle Tático – SICONTA
Radar de busca de superfície
Radar de navegação
Equipamento de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica – MAGE (opcional)
Dispositivo acústico de defesa (opcional)
MISSÕES
Vigilância da Zona Econômica Exclusiva
Controle de Navegação
Busca e Salvamento
Controle de poluição
Ação contra o tráfico de drogas, contrabando e pesca ilegal
Apoio para as operações militares
FONTE: IDS/Emgepron
Um navio 100t-200t mais pesado poderia ser armado com MAN-SUP e possuir uma plataforma para drones VTOL, talvez também sensores antisubmarinos. Custariam um pouco mais mas além de funçoes de patrulha seriam também capazes de outras missões dando maior capacidade de combate para as forças distritais.
Fecham embaixadas e cancelam doações de materiais de defesa daí depois querem que estas nações invistam em um projeto de papel.
Parece a típica jogada do policial bom e do ruim. neste caso o bom diz que investiu em defesa, mas na verdade o ruim cortou investimentos. O pior? O pior é que o policial bom e o ruim é a mesma pessoa.
O Zorann explicou porque não só a indústria naval como toda indústria pesada do nosso país está obsoleta e sem condições de competir com a de outras nações, o nosso país quer ser de primeiro mundo sem educação e políticas sérias ,estaremos sendo o país futuro eternamente.
Olá Reyner Custodio!
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Não há como fazer nada 100% nacional com tecnologia comprovada. isto por um motivo muito simples: nós não temos know-how pra isto e nem uma industria pujante que possa assimilar a tecnologia comprada e dar sequencia a partir daí.
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O mundo mudou. Hoje o comércio internacional é dominado por países que possuem o conhecimento tecnológico e/ou possuem mão de obra de qualidade e barata. Nós não temos nenhum dos dois. Nós representamos nem 2% do comércio global! Se tirar destes 2% as exportações de comodities, verá que o Brasil não exporta quase nada industrializado.
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Nossa mão de obra é cara e mal preparada. Cada funcionário custa para a empresa o dobro do que ele ganha. isto devido a direitos trablhistas demais e impostos que incidem sobre o folha de pagamento. Elá é mal preparada porque nossa educação é de péssima qualidade. O cara forma o segundo grau sem saber ler, entra ai em uma faculdade paga qualquer, sem qualidade nenhuma e chega a idade adulta com diploma universítário e continua não sabendo ler. Nós formamos aqui 40.000 engenheiros por ano e não conseguimos dar empregos a todos eles. Os EUA formam 230.000 engenheiros por ano, o Irã forma 250.000, a Ucránia 350.000, a Rússia 650.000 e finalmente a China forma 1.000.000 por ano.
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Temos uma carga tributária que asfixia a industria. Nosso setor industrial vem encolhendo ano a ano. É impossível produzir aqui visando a exportação. primeiro, porque não temos produtividade e nem preço; segundo, porque não temos mão de obra barata e de qualidade, terceiro, o abismo tecnologico entre o Brasil e os países desenvolvidos é maior a cada dia. Quem demanda e gera conhecimento tecnologico é a industria. Com uma industria insignificante, não geramos pesquisa e por consequencia, não geramos tecnologia. A pouca pesquisa que ainda é feita neste país é feita em universidades públicas.
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Neste cenário, pra quem vamos vender? Se não produzimos produtos com tecnologia de ponta agregada que possa ser o diferencial, porque alguem pagaria mais caro pra comprar da gente? Aí que está o problema: se não temos o diferencial tecnológico e não temos preços competitivos, você não vai vender a ninguém.
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Voltando ao seu questionamento. Japão, Coréia, China e outros tigres asiáticos escolheram o caminho de dar incentivos para o surgimento de um setor industrial forte voltado às exportações. Com um setor industrial forte, relevante no comércio internacional, surgiu a demanda por conhecimento tecnólogico. visando melhorar a qualidade e o valor agregado de seus produtos. Este conhecimento tecnológico é adquirido através de pesquisa científica, compra de tecnologia, e engenharia reversa. Compra de tecnologia e engenharia reversa só são válidos até determinado ponto, a partir do qual a pesquisa cientifica é o unico caminho, já que não dá pra comprar uma tecnologia que ainda não existe.
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Aqui fazemos ao contrário. Compramos tecnologia sem ter as condições para o surgimento de um setor industrial forte, exportador, relevante no comércio internacional, que demande este conhecimento. Resultado: compramos tecnologia e ela não gera frutos (já que nossa industria é incapaz, pelos motivos já citados, de produzir à preços competitivos) e anos depois, com estas tecnologias obsoletas, compramos novamente. Sem um setor industrial forte, que participe do comércio internacional, esta história vai se repetir todas as vezes. Primeiramente você tem de dar condições para o surgimento de uma industria que consiga praticar preços competitivos. Depois, lá na frente, quando houver demanda, você compra tecnologia.
Se nem o projeto Macaé a marinha pode dar conta como ela pensa em projetar algo bom, isso nada mais é que dizer para publico mal informado que nós podemos projetar e construir navio militar o que hoje é uma grande mentira , todos sabem que a emgeprom e´grande cabide de emprego e só.
A ENGEPRON deveria é competir com a Revel isto sim. Só faz um monte de maquete e nada sai na prática. Quem duvida é só procurar fotos de exposições anteriores e vai ver que eles já fizeram maquete de quase toda classe de navio, mas na prática…
O Projeto do NPa 500t BR é uma evolução do projeto francês do Macaé. Se o Brasil fosse oferecer a Classe Macaé para venda, teria de pagar os franceses pelo uso do projeto. É o que acontece quando se fabrica algo sob licença. Se o projeto é do CPN, não precisamos pagar nada aos franceses.
No mais, é um NPa… Meio distrital, opera como Guarda Costeira, não é feito pra ir a Guerra… Não faz frente a um Stan Patrol da Damen na função mas atende muito bem as nossas necessidades. Precisamos de muitos destes.
Só falta um OPV de grande porte, mas esse deve demorar a sair pelo jeito…
Para essa classe de NP, a velocidade tem que ser entre 26 e 30 nós, percebe-se que o projeto é ruim. Infelizmente mais um projeto com custos altos e sem retorno tecnológico nenhum, já nasce defasado.
Velocidade de 20 nós para um patrulha é lento demais, um patrulha é como uma viatura de policia, tem que chegar rápido ao local.
me da orgulho nossa engenharia e governo ! disponibilizam verbas para construir maquetes excelentes
A MB adquiriu os NaPa 500 de projeto francês da CMN, dos quais apenas 2 foram entregues, se não me flaha a memória. Essa classe de navios apesenta muitos problemas que impeçam que se continue investindo nele e se adquiram e construam mais deles? Pergunto porque acho que é uma questão de duplicação de esforços. Essa classe em esenvolvimento é tão melhor assim que a outra, que valha todo o custo e esforço envolvidos? E a classe de origem francesa não conseguiu ser construída de forma adequada, pois os estaleiros responsáveis, ou faliram ou não conseguem terminar o que começaram. O que faz a MB crêr que conseguiria produzir essa nova classe, já que não eve sucesso com a anterior? Sei lá, mas me paece um grande desperdício de verba que poderia ser investida em outros projetos mais prioritários. Vamos ver no que vai dar….
As vezes me pergunto, po, já fabricamos as fragatas niteroi aqui, as corvetas, os projetos de corveta tamandaré a sua fabricação. Por que a marinha ainda não da as ficha para a ENGEPRON e CPN, para projetar e conceber nossas futuras fragatas, 100% nacional, parar com esse programa “PROSUPER”, para comprar elas fora. Até quando agente vai subestimas a capacidade técnica nacional, e continuar a comprar coisas de fora, com o papo de fabricar dentro do brasil uma parte, para no futuro der a capacidade de fabricar outros projetos dentro, e no final, continua a comprar fora passado anos. Posso dar varios exemplos, os do submarino, os U-209, ja foram fabricados aqui, logo uma próxima classe podia ser 100% nacional, mais não, ai vem os scorpone com o mesmo “papinho”. Tem mais, o jato AMX, veio com o mesmo papo, e no final, vem o Gripen, com o mesmo “papinho”. Depois dessas 2 laskeiras, eu não quero mais ver as próximas compras sendo comprados com o mesmo “papinho”, que sejam logo ou projetadas e fabricadas aqui dentro, ou importa de vez e só se encomodar com manutenção, pois deu de pagar mais CARO, por algo que não é tangivel, que é o custo do know-how da fabricação e projeto, que não tem dado muitos resultados.
Querer é uma coisa. Conseguir é outra.
Mais um plano mirabolante fadado ao fracasso. Só pagando muita propina para um país escolher um navio de maquete da Emgepron, que nem estaleiro possui, muito menos expertise na área, em vez de um Damen ou Fassmer (dentre muitos outros estaleiros conceituados).
O Brasil deveria fechar a Emgepron e o CPN, e fazer encomendas no moldes do Chile e da Colômbia, com a Fassmer.
A EMGEPRON precisa fazer acontecer, essa coisa de ”existir ” só no papel não dá, se fizerem ao menos uns cincos já COMEÇA a ficar bom ! Se conseguirem exportar fica melhor ainda , o importante é que se concretize o projeto !
Ja vi esse filme
Vao botar um barco na agua primeiro EDITADO. Pq q so a Marinha do Brasil que passa a vida com projetos megalomaniacos que nunca saem do papel?
Pedro, desta vez editei. As regras do DAN são claras quanto a este tipo de postura. Por favor respeite as regras.
Quantos a marinha pretende incorporar??
Boa pergunta.