Por Virgínia Silveira
A brasileira Embraer saiu na frente e automatizou o processo de montagem das asas da sua nova família de EJets E2 com uma tecnologia revolucionária. Trata-se de algo perseguido e ainda não dominado pelos grandes fabricantes de aeronaves do mundo – Boeing, Airbus e Bombardier.
Assim como a linha de produção da indústria automotiva, as asas agora são montadas em uma linha móvel, equipada com robôs que fazem o processo de rebitagem completo (furos e inserção de prendedores), incluindo a inspeção de qualidade.
“Cada asa do E2 tem por volta de 15 mil furos. O robô não erra. O nível de qualidade do processo chega a ser mil vezes melhor do que se fosse feito manualmente”, afirma o vice-presidente de suprimentos da Embraer, Francisco Soares.
O desafio envolvido nesse novo processo que a Embraer começou a colocar em prática recentemente, segundo Soares, é muito grande, pois quando se tem uma linha móvel qualquer problema que surge no meio da operação pode paralisar a produção e atrasar a entrega dos aviões durante o mês. “Para que isso não aconteça é preciso ter uma linha disciplinada. Ela só anda se todo o processo que suporta suas operações estiver em perfeita sintonia”, explica.
A Embraer capacitou a linha de montagem do E2 para produzir aproximadamente 10 aviões por mês, mas este número pode avançar um pouco mais caso haja demanda. Atualmente, a Embraer conta com dois gabaritos móveis (ferramental) de 40 toneladas cada um para fazer a montagem da asa do E2, que possui 18 metros de comprimento.
Até 2018, quando serão iniciadas as entregas dos primeiros jatos E2 no mercado, a fabricante pretende instalar 6 gabaritos móveis de montagem de asa na linha de produção dos novos aviões.
O uso de ferramentas digitais inteligentes para executar diferentes processos de produção tem auxiliado a Embraer a desenvolver e a fabricar seus aviões num tempo cada vez menor e com mais qualidade. Os grandes fabricantes, segundo Soares, estão investindo pesado em automação e na Embraer não é diferente.
“Estamos estudando processos onde conseguimos ter maior qualidade com a aplicação de automação, principalmente aqueles que envolvam tarefas repetitivas, que são mais sujeitas a erros”, disse. A linha de pintura de peças primárias (componente da montagem), por exemplo, é outro exemplo recente do uso de robôs.
O desenvolvimento de cada avião da empresa é todo feito em ambiente digital Catia. A partir de 2011, com a produção dos jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500, essas informações de projeto passaram a ser interligadas com a área de manufatura por meio da ferramenta MES (Manufacturing Execution System), que recebe todo o conteúdo do projeto.
A partir daí, a sequência da operação de montagem é visualizada em tablets pelo operador da linha de fabricação dos jatos. “O operador acessa a informação em tempo real. Se tem alguma mudança ao longo do processo, consegue agir imediatamente”, diz.
Ao contrário da indústria automotiva, os fabricantes de aviões têm grande variedade de peças e pequena quantidade unitária (de uma mesma peça). “Por este motivo o nosso objetivo é ter uma automação flexível que possa ser adaptada para diferentes peças”, esclarece o vice-presidente.
Do ponto de vista de automação, segundo o executivo, a Embraer atingiu o mesmo nível de competitividade das grandes fabricantes Airbus e Boeing. A companhia americana, recentemente até visitou a brasileira para conhecer de perto o funcionamento dos gabaritos móveis, utilizados na produção das asas do E2.
Em Évora (Portugal), a Embraer construiu dois centros de excelência na produção de estruturas metálicas e compósitos. “Essas duas plantas fazem os revestimentos da asa do E2. A Embraer implantou em Évora o estado da arte em automação”, ressaltou Soares.
Os jatos da nova geração E2 são o terceiro grande projeto que a Embraer aplica novas tecnologias de automação e fábrica digital. “O Legacy 500 foi o primeiro projeto que gente conseguiu conciliar os benefícios da automação com o produto. Depois veio o KC-390 onde avançamos um pouco mais e agora com o E2 estamos cada vez mais próximos do conceito de fábrica 4.0”, comentou o executivo.
Na chamada manufatura digital ou fábrica 4.0, segundo Soares, todas as máquinas e sensores da fabricação irão conversar entre si. ” As máquinas vão dar uma informação em tempo real do que está acontecendo na produção e a Embraer já está indo nessa direção”, afirmou.
FONTE: Valopr Econômico
Essa linha de montagem de asas tem tecnologias e conceitos únicos no mundo. É a coisa mais linda de se ver.
Posso estar enganado, mas vi recentemente um documentario onde se faz o mesmo processo nesta montagem de asas automatizado…..se nao me falha mesmo, foi numa subsidiaria q monta as asas dos AIRBUS na Inglaterra………mas…posso estar enganado e este processo da EMBRAER tvz tenha dado um passo a mais na tecnologia e inovacao. Sds
Essa linha de montagem de asas tem tecnologias e conceitos únicos no mundo. É a coisa mais linda de se ver.
Embraer e respeitada…. Não é a toa, só fica atrás da Boeing e da Airbus.
Posso estar enganado, mas vi recentemente um documentario onde se faz o mesmo processo nesta montagem de asas automatizado…..se nao me falha mesmo, foi numa subsidiaria q monta as asas dos AIRBUS na Inglaterra………mas…posso estar enganado e este processo da EMBRAER tvz tenha dado um passo a mais na tecnologia e inovacao. Sds
Esta automação é só em Évora ( Portugal ) , ou no Brasil também ????
Aurelio…eh exatamente isso q nao quer calar……..a Embraer esta sofisticando basicamente suas partes mais caras e investindo em Portugal……isso chama-se custo Brasil e o futuro parece cada vez pior……nao demora muito e daqui a pouco so ficaremos mesmo c o nome da empresa em vagas memorias…….Sds
A montagem das grandes estruturas (asas, corpo da fuselagem etc) será realizada em SJC. Estão inclusive modernizando a linha de produção para concentrar toda a montagem final do E2 lá (até o prefeito já foi lá conhecer… http://www.sjc.sp.gov.br/noticias/noticia.aspx?noticia_id=21401).
A referência a Évora é por conta da tecnologia de ponta envolvida na produção de estruturas em compósitos que, nesse caso, foi toda concentrada lá.
Gente, para uma empresa que quer competir no mundo atual é totalmente esperada a distribuição geográfica da sua produção, focando algumas especialidades em alguns centros.
O centro de projeto e desenvolvimento dos produtos da Embraer é no Brasil, em SJC, mas pode existir centros de projeto e desenvolvimento de componentes e módulos específicos em outros lugares, como o caso de Évora (que tem experiência de longa data em projeto e fabricação de estruturas).
Não consigo editar a resposta anterior:
Escrevi que a produção de estruturas em compósitos foi toda concentrada em Évora… não tenho essa certeza e também não acredito que seja verdade.
E tem gente que tem a cara de pau de dizer que a Embraer é apenas uma montadora de avião, que o pessoal que trabalha lá só sabe apertar parafuso
Parabens aos nossos engenheiros que vive com pouquissimos recursos de desenvolvimento
Embraer e respeitada…. Não é a toa, só fica atrás da Boeing e da Airbus.
Esta automação é só em Évora ( Portugal ) , ou no Brasil também ????
Aurelio…eh exatamente isso q nao quer calar……..a Embraer esta sofisticando basicamente suas partes mais caras e investindo em Portugal……isso chama-se custo Brasil e o futuro parece cada vez pior……nao demora muito e daqui a pouco so ficaremos mesmo c o nome da empresa em vagas memorias…….Sds
A montagem das grandes estruturas (asas, corpo da fuselagem etc) será realizada em SJC. Estão inclusive modernizando a linha de produção para concentrar toda a montagem final do E2 lá (até o prefeito já foi lá conhecer… http://www.sjc.sp.gov.br/noticias/noticia.aspx?noticia_id=21401).
A referência a Évora é por conta da tecnologia de ponta envolvida na produção de estruturas em compósitos que, nesse caso, foi toda concentrada lá.
Gente, para uma empresa que quer competir no mundo atual é totalmente esperada a distribuição geográfica da sua produção, focando algumas especialidades em alguns centros.
O centro de projeto e desenvolvimento dos produtos da Embraer é no Brasil, em SJC, mas pode existir centros de projeto e desenvolvimento de componentes e módulos específicos em outros lugares, como o caso de Évora (que tem experiência de longa data em projeto e fabricação de estruturas).
Não consigo editar a resposta anterior:
Escrevi que a produção de estruturas em compósitos foi toda concentrada em Évora… não tenho essa certeza e também não acredito que seja verdade.
E tem gente que tem a cara de pau de dizer que a Embraer é apenas uma montadora de avião, que o pessoal que trabalha lá só sabe apertar parafuso
Parabens aos nossos engenheiros que vive com pouquissimos recursos de desenvolvimento