Por Erica Ribeiro
Descontinuação se deve à menor demanda pelos jatos ERJ-145 e à tentativa fracassada de remodelar a unidade para a produção do Legacy. Fabricante brasileira nega
A planta de jatos executivos da Embraer em Harbin, na China, pode ser descontinuada em função do desinteresse do mercado chinês pelo modelo ERJ-145, com 50 assentos. As vendas têm sido lentas, disseram fontes com conhecimento da situação à Bloomberg.
Segundo uma fonte do setor no Brasil, a fábrica em Harbin tem como sócia a Aviation Industry of China, a maior empresa aeroespacial do país asiático, com a promessa de compra de centenas de jatos 145, que seriam utilizados para projetos de aviação regional no país.
“No entanto, a relação custo do combustível por assento inviabilizou o projeto. Podemos dizer que o ERJ 145 perdeu a graça para o mercado chinês, que busca agora aviões executivos de maior porte”, comenta a fonte.
Outro motivo importante para abalar o negócio da Embraer na China vem da demanda por aeronaves privadas, que está em queda devido ao combate à corrupção impulsionado pelo presidente Xi Jinping, o que leva potenciais compradores a evitarem sinais de ostentação, disse uma das fontes.
Depois que a última das 50 unidades ERJ-145 foi entregue, em 2011, os órgãos reguladores chineses rejeitaram um plano para a construção de um modelo comercial diferente e a Embraer optou pelo Legacy 600 e 650. A tentativa de remodelar a fábrica chinesa para os jatos Legacy também não deu certo, afirma outra fonte. A planta de Harbin entregou dois jatos executivos Legacy neste ano.
Porém, o desenvolvimento na China do Embraer 190, jato com capacidade para até 114 passageiros, não deverá ser o caminho encontrado pela fabricante brasileira para salvar a planta em Harbin. Isso porque, segundo a fonte brasileira, apesar de ser um modelo que se encaixaria nas necessidades e na conta custo x benefício no país, haveria, por parte da Embraer, um temor de que os chineses pudessem copiar a tecnologia deste tipo de aeronave e iniciar sua fabricação sem a necessidade da brasileira.
“Vale lembrar que os chineses são conhecidos por essa prática. E o Embraer 190 é um avião competitivo e a própria empresa anunciou recentemente um contrato de US$ 1,1 bilhão para os chineses, que inclui modelos 190 e 195, e a negociação em andamento de mais 18 unidades do 190. Produzir lá é correr riscos de ver o projeto copiado, sobretudo tendo um sócio chinês”, diz a fonte.
A Embraer informou que mantém suas operações em Harbin normalmente e “dentro do planejamento para o ano”. Ainda de acordo com a empresa, a previsão para o período 2015-2024 na China é de 835 novos jatos executivos, avaliados em US$ 33 bilhões. Em valores, informa a fabricante, significa 12% da demanda global ou duas vezes as vendas da América Latina para o mesmo período. No mercado global de jatos executivos, a Embraer prevê que, nos próximos dez anos, o mundo vai demandar 9.250 novos jatos executivos, avaliados em US$ 265 bilhões.
FONTE: Brasil Econômico
Embraer tem que sair de lá correndo mesmo. Pois algumas empresas ocidentais já estão saindo de lá. 1 acharam que os Chinas iriam passar os americanos como maior economia do mundo, isso foi pro saco. 2 a China é uma bomba relógio, estão equipando, equipando, até fazer uma guerra com Japão, é o sonho deles.
Vai ser o curso natural, todas empresas começarem a sair da China.
Sds
Na semana passada ouvi uma entrevista sobre os investimentos da China no BRasil ,onde falava que ia ser benefico para a Embraer,pois a China iria comprar 20 aviões e estavam comemmorando.Agora vem uma noticia destas … Como as coisas mudam em tão pouco tempo.
Se esta dando prejuízo ou qualquer outro tipo de inviabilidade é melhor encerrar a parceria do que ter um de seus modelos copiados.
A industria de aviação chinesa já é largamente conhecida por copiar sem dó o que acha interessante vejamos os vários casos de fabricantes processando as empresas de lá sem obterem vitórias significativas.
Eles “tem” uma aeronave em desenvolvimento que é o Comac C919 que em tese briga com os Boeing 737 e Airbus A320 mas que poderia ter versões encurtadas assim criando mais um competidor para os E-Jets da Embraer entre outros. Pois bem não se tem notícias ao certo de como tal projeto caminha mas boa parte da aeronave foi obtida segundo informações através de estudos em plataformas ocidentais o que não é surpresa alguma.
Se eles quiserem chegam ao objetivo mas sem ter um “apoio” do fabricante original através de parcerias dificulta e muito. A própria Airbus já estaria pensando em suspender a produção dos A320 na China por suspeita de cópia de seus produtos.
Olho aberto lá é que não falta!
……………uma pessoa compraria uma cópia tão bem feita que não desconfiaria….só uma coisa eles ainda não copiam com êxito ..as turbinas russas….
A cópia qualidade será que sai boa?A avionica é confiável?Eu não teria coragem de embarcar numa cópia chinesa.
Se depender dos “Chinas”, eles copiam mesmo e sem dó.
chinês copia tudo, até a própriam sombra para vender para o Sol.