O vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Embraer, José Filippo, disse que a companhia está confiante na fase de campanha comercial de seu cargueiro KC-390, iniciada no último trimestre.
Durante teleconferência com jornalistas, o executivo destacou que a aeronave foi exposta na Paris Air Show, com voos diários de demonstração, quando recebeu a visita de 60 delegações. Após a feira, o KC-390 partiu para um tour de demonstração e apresentação para diversas Forças Aéreas em países na Europa, Ásia-Pacífico, África e no Oriente Médio, acrescentou.
“Esperamos que as campanhas comecem a ganhar mais efetividade, e que as negociações possam ganhar mais profundidade para potenciais vendas”, comentou o executivo, ao ser questionado sobre a informação de que o governo de Portugal autorizou o início de negociações para a compra de cinco aeronaves. Ele evitou, porém, comentar sobre qualquer venda específica.
Filippo comentou que o mercado para o KC-390 é composto por cerca de 2.700 aviões e a expectativa da companhia é capturar uma parte disso. “Existe um mercado importante para reposição de frota e de novas atividades. Acreditamos que essa aeronave tem capacidade comercial importante”, afirmou, citando inovações tecnológicas e que o cargueiro proporciona múltiplos usos.
Ele lembrou ainda que o KC-390 termina neste ano uma importante fase de certificação e no ano que vem deve ter sua produção iniciada.
Ainda no segmento de Defesa, que ganhou representatividade no faturamento companhia no segundo trimestre, alcançando 19,9% das receitas totais do período, Filippo comentou sobre o convite recebido pela Embraer para participar da Avaliação de Capacidade de Plataformas de Ataque Leve da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), com o A-29 Super Tucano. “Pode se tornar um programa e uma oportunidade”, comentou.
Conforme explicou a companhia em seu release de resultados, a avaliação, conhecida como OA-X, iniciou-se em julho na Base Aérea de Holloman, no Novo México (EUA), e faz parte do esforço da força aérea norte-americana para “explorar os benefícios de adquirir um novo avião de ataque leve de baixo custo e que não requer futuros desenvolvimentos para fornecer apoio aéreo tático e outras missões em ambientes permissivos e semi-permissivos, reduzir os custos de treinamento de pilotos de caça e acelerar a proficiência de pilotos”.
FONTE: IstoÉ