Por Letícia Fucuchima
O primeiro KC-390 deve ser entregue à Força Aérea Brasileira (FAB) até o final de 2018, conforme previsto, mas a entrada em serviço da aeronave foi postergada para 2019.
A Embraer explica que esse adiamento vem como consequência do incidente envolvendo o protótipo 001 em maio, quando a aeronave saiu da pista enquanto realizava testes de prova em solo na unidade de Gavião Peixoto (SP), com danos extensos na fuselagem e nos trens de pouso.
Conforme a empresa, em função do incidente e do esforço para minimizar o potencial impacto na campanha de certificação final militar, a FAB concordou em disponibilizar a aeronave 003 – a primeira da produção seriada – para a Embraer usá-la na conclusão da campanha de ensaio em voo, juntamente com o protótipo 002. “Como resultado, a entrada em serviço do KC-390 com a FAB, anteriormente prevista para o final de 2018, ocorrerá agora com a entrega da segunda aeronave de série (004), em 2019”, escreve.
A fabricante explicou ainda que as entregas das aeronaves de série seguintes continuarão a ocorrer sem alterações das datas contratadas e reafirmou que a certificação da aeronave básica pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está prevista para o segundo semestre de 2018, conforme planejado.
De acordo com o divulgado nesta terça-feira, 31, a Embraer contabilizou em seus resultados do segundo trimestre deste ano um item especial e não recorrente de R$ 458,7 milhões, referente à revisão da base de custos do contrato de desenvolvimento do KC-390, em decorrência do incidente com o protótipo 001 ocorrido em maio.
O vice-presidente financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Nelson Salgado, destacou que a companhia está “bastante confiante” no replanejamento dos custos do programa KC-390, de modo que não espera novas baixas contábeis.
“Seria irresponsabilidade nossa afirmar taxativamente que não haverá mais nenhuma revisão, porque não conseguimos fazer isso em um desenvolvimento de produto como esse. Mas a nossa expectativa é de que as coisas aconteçam conforme o replanejamento que foi feito agora”, disse Salgado.
O executivo destacou que o incidente ocorrido com o KC-390 foi causado por aspectos operacionais no planejamento e execução dos ensaios em voo, e não por problemas com a aeronave propriamente dita. Salgado observou que a fase final do programa pode trazer esse tipo de dificuldade, como já aconteceu “inúmeras vezes” em campanhas e ensaios de outras fabricantes e da própria Embraer.
“Estamos absolutamente tranquilos em relação às perspectivas futuras para o KC-390”, frisou o executivo, acrescentando que o próprio interesse demonstrado pela Boeing no produto poderá “alavancar enormemente” as vendas do jato multimissão para mercados não considerados previamente pela Embraer.
Questionado sobre a baixa participação de Defesa & Segurança na receita líquida deste trimestre, e se isso poderia oferecer alguma oposição ao acordo com a Boeing – já que a Embraer restaria basicamente com essa divisão e a de aviação executiva -, Nelson Salgado lembrou que o pequeno share do segmento refletiu diretamente a revisão dos custos do KC-390. “Nesse segundo trimestre, tivemos que estornar mais ou menos US$ 100 milhões de receita referentes ao programa”, explicou, apontando que esse efeito não recorrente irá se normalizar daqui para frente.
FONTE: Terra
FOTOS: Ilustrativas
A Embraer substituiu a palavra prejuízo por estornos, ítens nao recorrentes, contabilização…
O DAN publicou outras notas sobre o incidente, na verdade um acidente, com o protótipo 001. Parece que houve perda irreparável julgando o estado do avião que teve imagens publicadas aqui.
Prejuízo de 458 milhões em defesa. Com o desenvolvimento do KC390.
Quantos pedidos ou quantas aeronaves a FAB ou o GF contratou? Firmes eram 2. Virou 4? O contrato da Dilma virou pedido? Quando?
A divisão de jatos regionais vai embora. Ficam os jatos executivos e essa encrenca com o KC390. Pendentes: possível contrato do A29 Sierra Nevada com a USAF (tava na reta final entre 2 propostas), operação na China que nunca decolou, sócios portugueses que colocaram ao que parece pedido de 4 + 1 e a encrenca com os sócios minoritários que querem continuar no negócio, mas a Boeing não quer.
A Boeing levou o faturamento e o lucro. Ficaram as encrencas.
Já que o acordo com a Boeing é tão bom assim então porque a USAF não encomenda uns 200 ?
Pelo que deu para entender a decisão final é que Protótipo 001 não será recuperado e uma nova unidade não será construída para compensar sua perda, o que dá o prejuízo ao programa no valor do 001 e o atraso do cronograma…
A FAB autoriza o uso do 003 como protótipo e ninguém fala mais nada.
A FAB ficará então com 29 unidades, as 28 contratadas mais o protótipo 002…
É o que eu entendi nas entrelinhas…
Eu acredito que de 3 a 4 aeronaves por ano apartir de 2020 e dificilmente passará desta quantidade temos que preservar a linha de produção aberta e pra ser sincero acredito nessa produção enquanto tiver estas poucas encomendas e se caso chovesse de vendas ai sim acreditaria em 1 por mês tipo uma carteira acima de 50 unidades em espera de encomenda do contrário não acho que vá passar de 6 a 8 unidades ano e se mantiver apenas estas encomendas pouco mais de 30 Brasil e Portugal ai estas 3 ou 4 unidades ano. Espero muitas encomendas de verdade toda a minha torcida pra que seja um sucesso de vendas.
O que precisa é nosso governo fechar a compra se uma vez dos KCs mesmo que a entrega inicial seja de 2 a 4 aeronaves por ano, sendo que o ideal seria 1 por mês