SÃO PAULO (Reuters) – A Embraer cortou a previsão para vendas de jatos executivos deste ano e reservou 200 milhões de dólares para por fim a um processo nos Estados Unidos em que é acusada de suborno, o que gerou um prejuízo trimestral inesperado e levava as ações da ações da companhia ao menor nível em mais de dois anos nesta sexta-feira.
A fabricante de aviões disse que está perto de um acordo para encerrar uma ação judicial nos EUA por ter supostamente subornado autoridades na República Dominicana para garantir um acordo de venda de aeronaves militares.
A provisão influenciou no prejuízo líquido de 99 milhões de dólares registrado pela empresa no segundo trimestre. O resultado foi muito pior do que um lucro de 129 milhões de dólares obtido um ano antes e da previsão média de analistas, de lucro de 76 milhões, segundo pesquisa da Reuters com analistas.
A terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo cortou a previsão para vendas de jatos executivos deste ano em 10 unidades, reduzindo estimativas de receita, lucro operacional e fluxo de caixa.
As ações da Embraer caíam mais de 14 por cento às 13:58, para o menor nível desde outubro de 2013. No mesmo instante, o Ibovespa subia 0,9 por cento.
“Sem dúvida o trimestre foi uma bagunça”, afirmou o analista da RBC Derek Spronck em nota a clientes. “Foi uma situação em que a empresa teve que ajustar as expectativas.”
Mesmo sem a provisão, o lucro da companhia antes de juros, impostos, depreciação e amortização teria caído 15 por cento, para 152 milhões de dólares, abaixo da previsão média de 189 milhões, o que Spronck atribuiu à queda dos preços dos aviões.
O diretor financeiro da Embraer, José Antonio Filippo, disse a jornalistas que a empresa está determinada a defender preços em seus jatos executivos em um mercado fraco, o que levou a empresa a cortar entregas para este ano.
O crescimento global fraco e o excesso de jatos usados pesou sobre a demanda por novas aeronaves executivas, levando a Dassault Aviation a também cortar a previsão de entregas de jatos executivos Falcon neste mês.
(Por Brad Haynes)
Será que os gringos (USA) agem com o mesmo rigor com suas empresas, cuidado EMBRAER, covil de cobras nos “States” , é perigoso demais pagar para ver com essa gente (USA), eles não brincam em serviço na hora de defender suas empresas e serviços.
Não. Isso se chama política anti-corrupção americana. Lá eles tem uma política muito séria contra corrupção. Qualquer empresa que tenha negócios com os USA estão sujeitas as leis deles, mesmo que o ato de corrupção seja em outro país.
Ação judicial nos EUA por ter SUPOSTAMENTE subornado autoridades da República Dominicana para garantir um acordo de vendas de aeronaves militares. 200 milhões para encerrar processo. Artimanha dos eua para prejudicar concorrentes?