Há pelo menos quatro modelos em estudo para a Embraer se unir à Boeing sem descontentar o governo. O que não dá é para a empresa brasileira virar as costas
Por Maria Luíza Filgueiras e Gian Kojikovski
Há negócios que mudam não só o destino das empresas envolvidas mas também a dinâmica de todo um setor. Foi o que aconteceu no dia 16 de outubro, quando foi selado o futuro das quatro maiores fabricantes de aviões do planeta. Nessa data, a gigante francesa Airbus anunciou a compra do controle da divisão de aeronaves comerciais da canadense Bombardier. A transação criou uma empresa definida no mercado como “pacote completo”, capaz de fornecer aviões que vão de 100 a 525 assentos. Duas outras empresas concorrentes foram indiretamente afetadas: a americana Boeing, que fabrica aviões a partir de 150 assentos, e a brasileira Embraer, que lidera o segmento de aeronaves para 37 a 130 pessoas. No mesmo dia, analistas e consultores perguntavam-se como e quando viria uma reação. Essa hora chegou.
Embraer e Boeing começaram a discutir uma possível combinação de seus negócios há pouco mais de dois meses — e querem chegar a uma decisão até fevereiro. A Embraer é a maior exportadora de produtos manufaturados do Brasil, com mais de 6 bilhões de dólares anuais em vendas e 18 000 funcionários. Vale 15 bilhões de reais na bolsa. A Boeing é a maior fabricante de aviões do mundo, com 95 bilhões de dólares em receitas, 140 000 funcionários e valor de mercado de 200 bilhões de dólares. As duas empresas se aproximaram com uma série de parcerias nos últimos anos, que vão de desenvolvimento de pesquisa a estratégias de vendas — a Boeing é, por exemplo, parceira na comercialização e responsável pelo suporte operacional do KC390, cargueiro militar desenvolvido e fabricado pela Embraer. EXAME- apurou que as empresas estudam pelo menos cinco estruturas de associação — quatro podem passar no crivo do governo brasileiro.
Uma das alternativas seria fazer uma cisão das divisões da Embraer em comercial, executivo e defesa, e negociar cada uma separadamente. Assim, a Embraer poderia, por exemplo, vender o controle da família de aeronaves comerciais E-Jet, num modelo de transação semelhante ao feito pela concorrente Bombardier com a Airbus. Outra opção seria juntar todas as áreas, inclusive a militar, numa joint venture com uma nova composição acionária intermediária entre as duas empresas. Há ainda a opção mais remota de um acordo da Boeing com o governo brasileiro para que a americana compre na bolsa até 30% das ações da Embraer, fatia que dispensaria uma oferta por 100% do negócio mas permitiria à Boeing ser a maior acionista. A quarta alternativa seria a transformação da Embraer numa holding sem o controle das subsidiárias, modelo já utilizado em outros setores — como a empresa de corretagem de seguros BB Seguridade, que é controlada pelo Banco do Brasil, mas tem sob seu guarda-chuva empresas de controle privado. E a última opção seria uma hoje improvável aquisição da Embraer pela Boeing. “Qualquer associação que preserve os conhecimentos de cada uma e mantenha as culturas corporativas separadas será ótima, pois os produtos são complementares. A compra não é o melhor negócio”, diz Richard Aboulafia, sócio da consultoria americana Teal Group, especializada em aeronáutica.
O maior empecilho para uma aquisição vem mesmo do governo brasileiro. A Embraer é uma empresa com capital pulverizado em bolsa, da qual a União não tem ações diretas (o BNDESPar detém 5% do capital). Na prática, já está nas mãos de estrangeiros, pois quase 85% de suas ações são detidas por investidores internacionais. Mas a União tem uma goldenshare, ação especial criada na época das privatizações para que o governo tivesse poder de veto em temas como mudança de controle acionário. Nesse caso, a decisão, em última instância, cabe ao presidente da República. Em dezembro, o governo ainda não tinha sido notificado sobre a transação, já que não houve proposta formal, mas achou por bem se adiantar quando algumas informações se tornaram públicas. EXAME apurou que o Planalto começou a organizar um comitê com três ministérios — Defesa, Fazenda e Segurança Institucional. A Força Aérea Brasileira também participa do debate, mas dentro do Ministério da Defesa, comandado por Raul Jungmann. Em janeiro, a Boeing teve reuniões em Brasília e a Embraer tentou acalmar as emotivas reações imediatas. O governo americano fica fora das conversas.
Bonde da história
Há uma resistência ferrenha no governo em vender a Embraer, mas é consenso que fazer negócio com a Boeing pode ser crucial para o futuro da empresa. “A aquisição da totalidade da Embraer está fora de questão. Não é apenas discurso”, diz um alto funcionário do Ministério da Defesa. Ao mesmo tempo, no Gabinete de Segurança Institucional, a avaliação é que uma aversão a grupos internacionais pode fazer a Embraer “perder o bonde da história”. Para viabilizar o negócio, EXAME apurou que a Embraer tem dito ao governo que qualquer transação considera que ela continuará sendo brasileira e manterá a marca, os empregos e as fábricas. Boeing e -Embraer também preparam uma lista de exemplos de parcerias que deram certo preservando a soberania dos governos locais na área militar. Na lista estão as estruturas da Boeing na Austrália e na Inglaterra, onde a empresa criou subsidiárias de defesa para assegurar empregos e facilitar o relacionamento com os ministérios de Defesa.
Para a Boeing, juntar-se à Embraer seria um contra-ataque certeiro aos avanços da Airbus. A empresa americana tem um projeto para uma aeronave média, chamada de 797, que ganharia velocidade com a engenharia e a tecnologia da Embraer. Com a consolidação global de fornecedores, a empresa entende que ser mais verticalizada será uma vantagem — a Embraer fabrica, por exemplo, trem de pouso, o que não faz parte da produção da Boeing. A empresa brasileira, por sua vez, se beneficiaria em diversas frentes. “Sozinha, a Embraer vai cair no ocaso em dez anos”, diz Francisco Lyra, diretor da consultoria de aviação C-Fly. Seu volume de encomendas tem sido fonte de preocupação dos analistas. Em 2017, bancos como Santander e Bradesco passaram a recomendar a venda das ações, diante de um cenário mais desafiador de competição e rentabilidade. Se não concluir o negócio com os brasileiros, a Boeing poderá decidir crescer sozinha no segmento médio ou fechar parceria com outra empresa. Nas contas do Bradesco, essa possibilidade tiraria 30% do valor das ações da Embraer. Com a expectativa do negócio com a Boeing, as ações da empresa dispararam mais de 20% nas bolsas brasileira e americana desde dezembro.
Dentro da Embraer, uma operação com a Boeing é considerada a chance de uma terceira onda de crescimento da companhia. A primeira foi logo após sua criação em 1969; a segunda veio com a privatização em 1994. O negócio poderia fazer a empresa ganhar fôlego em todas as áreas de negócio em que atua. Na defesa, traria recursos extras e influência diplomática. No segmento comercial, a parceria colocaria a Embraer à mesa de grandes negociações em salões internacionais. “Na aviação, não é necessariamente o melhor produto que ganha”, diz Shailon Ian, presidente da consultoria Vinci Aeronáutica. Escala, preço, manutenção, reposição de peças, tudo isso entra na negociação. A empresa aérea brasileira Azul é um exemplo do risco à frente. Ela é compradora no país de aviões de médio porte da Embraer, mas, como começou a fazer rotas comerciais mais longas, adquiriu recentemente jatos da Airbus. “É bem razoá-vel pensar que, na próxima rodada de negociações, a Azul poderá fechar um pacote completo com a Airbus e a Bombardier”, diz um conselheiro da Azul (questionada, a empresa diz que está satisfeita com seus atuais parceiros). Com a Boeing, a Embraer poderia também usar os centros de serviço dos americanos para fazer a manutenção das aeronaves, o que permitiria a venda para países que hoje estão fora de seu radar.
Empresas que dependem do próprio caixa, como a Embraer, já vêm encontrando dificuldade competitiva num mercado cada vez mais influenciado por governos. A Bombardier, uma empresa privada, foi turbinada com 3 bilhões de dólares do governo canadense — um financiamento questionado pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio. Grande parte das inovações que chegam aos jatos comerciais é desenvolvida no setor de defesa, também financiado por grandes contratos com governos. Estatais da China e da Rússia são os exemplos mais recentes. Somente em 2017 o orçamento chinês para a defesa foi de 150 bilhões de dólares. Fabricantes estatais do país uniram-se para lançar um jato para 160 pessoas e finalizaram o projeto de um avião para 70 a 105 passageiros, o nicho da Embraer. A China ainda está trabalhando com a Rússia no desenvolvimento de um avião maior, para 250 pessoas, segmento da Boeing e da Airbus. A estimativa é que a China demandará 6 800 aviões até 2035 (mais de 1 trilhão de dólares em compras). Perder esse mercado afetará qualquer empresa.
Pela pressão de clientes e fornecedores, a Embraer e a Boeing dizem ao governo brasileiro que a discussão deve ser rápida. A empresa, investidores, analistas e até o governo concordam que esse negócio precisa sair — só falta saber como.
FONTE: Exame
Me diga, você esta preocupado que a Boeing venha e acabe com nosso setor de defesa??? Que tipo de soberania de um país fica nas mãos de uma empresava privada cujo 85% da ações já estão nas mãos estrangeiras??
E me diga o que vai acontecer com seus projetos estratégicos de defesa se daqui 10 anos a empresa falir mesmo?? Esta preocupado com a Boeing tomar o controle mas não esta com a empresa falir daqui 10 anos com todos os projetos? Contraditório.
Só pra esclarecer o que da dinheiro para Embrear o que da RECEITA é aviação comercial e executiva, 85% d lucro da empresa vem do setor comercial, 15% da defesa.
Embrear para ter poder de investimento neste mercado que não é o estratégico dela “defesa” ela precisa vender muito no comercial e executivo.
A Boeing fábrica f-18, jumbos 3 vezes maiores que o kc-390, a tecnologia que empresas norte amerícanas possuem está ano luz na frente da Embraer. Não é um turbo helíce e um cargueiro de pequeno porte que vá fazer diferença na vida de uma empresa. Ela está mais interessada em que a Aribus não fique maior do a Boeing, e pra isso ela precisa garantir que a Embrear fique bem no mercado.
Se ela quisesse mesmo boicotar nossa defesa era só não permetir mais a venda de todos os aviões que produzimos com componentes Americanos e encerrar qualquer parceria. Boeing não precisa vim pegar ovos de ninuém quando ela mesma é uma granja.
Era pra ser um reply ao Bruno Antônio.
Quem diz que a empresa vai falir daqui 10 anos,meu caro finger,a sua bola de cristal?
Há meses atrás pessoas como você .se jactavam ,cantando em verso e prosa o colosso que era a Embraer, a empresa era tão poderosa que se recusava a receber o representante russo,sequer o recebeu. Bastou a Boeing flertar com a Embraer e vocês,agora clamam que se não houver casamento a Embraer morre, e querem porque querem mesmo que o país se estrepe e tenha sua segurança posta em risco !
Senhores, não será vendida, não em ano eleitoral. O que este GF quer e espera e receber acordo financeiro se comercial dos EEUU. O governo estadunidense sabe disso e adotou a estratégia de ficar de fora. Haverá pressão para ser vendida nos mesmos moldes da Vale, desvalorizando as ações e pregando o conceito de livre mercado eficaz. Claro que a mobilização dos acionistas e ações de órgãos estrangeiros em várias frentes, inclusive nas redes sociais é trabalhar para o conceito que o certo é vender. O governo e os congressistas orientados pelos empresários a adotar a estratégia de tome sem ser percebido. Depois do casamento, vc fara o que quiser. Vão atacar dessa maneira. O BNDES pode adquirir as ações que estão pulverizadas, ou mesmo fazer um aporte financeiro e aumentar o fôlego da Embraer. Nas faz porque não quer. Com certeza se este governo ao receber ajuda para melhorar o cenário econômico em ano eleitoral cederá tudo. A Embraer e âncora de várias indústrias de tecnologia. Se for vendida…
Quando o Brasil receber o último Gripen os americanos estarão voando em jatos de 6a. geração. Os jatos de 7a.geracao estarão sendo projetados na China, na Rússia, nos EUA. Nosso atraso, infelizmente, é gigante.
A Embraer não faz avião para declarar guerra a ninguém. Não há nenhum projeto estratégico de defesa nacional na Embraer. Não é missão da empresa desenvolver pensamento estratégico de defesa.
A Embraer é uma SA que produz aviões regionais e alguma coisa para defesa como o A29. Só.
Ninguém vai declarar guerra a ninguém com o A29. Nem com o A30. Nem com o KC.
São negócios. A Embraer recebe financiamento do BNDES como qualquer outra SA. Como o Magazine Luíza recebe.
Pai do céu!
Você esta errado, meu caro Esteves, a Embraer esta envolvida sim,em inúmeros projetos estratégicos do Estado,não como autora, mas tendo um papel fundamental na conclusão do projeto, um exemplo é o SDGC !
Típica notícia de um veículo de MERCADO como a exame…
Sua lógica é que uma vez que a Airbus comprou a Bombardier a Boeing TEM de comprar a Embraer…
Porém parte do princípio que a fusão da Airbus com a Bombardier fulminará a liderança da Boeing no setor de mais de 150 assentos e da Embraer no segmento abaixo.
O que é mais provável de acontecer é que esta maravilhosa FUSÃO vai criar um mostrengo que afundará as duas companhias numa grande CONFUSÃO a médio/longo prazo.
SE a Embraer, e o Brasil não forem COMPELIDOS pelos idiotas da objetividade de mercado (e da política rastejante), a empresa poderá se manter no seu nicho e mais adiante (consolidada como terceira maior companhia do mundo) sonhar com o lugar da Airbus…
O que me irrita é esta inevitabilidade de mercado tão cara aos apologistas da direita neoliberal que repetem e gritam SUAS VERDADES ABSOLUTAS que não podem ser contestadas até forçar que elas se tornem previsões auto-realizáveis…
Esta empresa foi criada para o BRASIL pela FAB e com dinheiro dos contribuintes brasileiros.
O fato de ter hoje administradores SUCESSORES civis/particulares NÃO LHES DÁ O DIREITO de vender-se para uma empresa americana para melhor realizar seus sonhos de lucros e sucesso comercial ou pessoal.
Podem sonhar a vontade na arena comercial mas FIRMEMENTE vinculada ao país que a GEROU.
É isso que significa a tal GOLDEN SHARE, diga-se de passagem uma expressão em inglês de onde se criou este mecanismo de manutenção de controle ESTATAL de uma empresa.
Não foi invenção PETISTA foi uma invenção criada no Reino Unido nas privatizações da década de 80 pela impoluta “esquerdista” Margaret Thatcher…
Não sou à favor da venda dos setores comerciais, executivos e, o mais estratégico de todos os setores: o setor da defesa. Não estou preocupado se a Embraer vai falir em 10 anos! Estou preocupado é com a defesa de mais de 200 milhões de brasileiros que o governo federal e a Embraer estão realizando com seus projetos estratégicos de defesa nacional. Caros leitores brasileiros, a Boeing está agindo sob ordens diretas do governo dos Estados Unidos da América. Qual o intuito? Obviamente e, seguramente, garantir uma guerra rápida contra seus adversários brasileiros num futuro difícil. Parece que a águia estadunidense quer capturar os ovos do ninho brasileiro! Não se pode vender o setor mais estratégico da Embraer: o setor da defesa. Os demais setores deixo pros caros leitores estudarem as melhores opções de parceria: A Embraer é dos brasileiros para os brasileiros integralmente e eternamente! Bruno Antônio Morais de Almeida. Historiador. Estudioso da guerra. Email: homosapienssapiens@hotmail.com.br
O BNDES financia os amigos do rei. Tem padaria. Tem loja. Tem todo tipo de negócio.
Nenhuma empresa se torna pública por receber grana do BNDES. Lula financiou as eleições de Chavez e de Maduro com grana do BNDES. Lula emprestou dinheiro a Cuba…do BNDES.
Temer afastou vice presidentes da Caixa por corrupção. O PTB avisou que quer os cargos.
A meteria dos dois jornalistas da Exame publicada pelo DAN está objetiva. É clara. Não precisa de reparo a não ser no ponto aonde afirma ser possível comprar ações em bolsa para controlar a empresa.
Não e assim. Ações ordinárias não ficam no cabide. Fosse assim seria muito fácil assumir o controle de qualquer empresa.
Não tem soberania nem estratégia no negócio de avião. A Bombardier recebia e recebe dinheiro do governo canadense. A Airbus conta com os governos da Alemanha e da França por trás do negócio.
A Boing…a Boing e a empresa que construiu os B17, B29, B52, 707, 727, 737, 747, 757, 767…e boa parte do Saturno V o maior foguete feito no mundo, levou o homem a Lua.
A Boing fatura quase 100 bilhões de dólares ano. Vale 400 ou 500 bilhões de dólares.
Esse é o cenário.
Não entendi onde você quer chegar com esse raciocínio meu caro Esteves, você só ressaltou que há dinheiro público em muitas empresas por ai, além da Embraer, e em outras coisas mais, e que a Boeing é uma grande empresa, então ,porque devemos entregar a Embraer a eles ? Que iremos ganhar com isso ?
Ele quis dizer que pegar dinheiro emprestado do BNDS não o torna uma empresa pública, o dinheiro vai ser devolvido com juros e correção, é um empréstimo como outro qualquer. Se não for com BNDS vai com outro banco mesmo, assim como a Petrobras fez emprestimos com Bancos Chineses. Embrear é uma empresa privada, se pegou empréstimo vai ter que devolver centavo por centavo com juros encima.
Mas isso é evidente meu caro finger,se a Embraer pegou dinheiro emprestado ela terá que pagar, quem deve tem que pagar,mas quanto as tecnologias advindas do FX-2 e os inúmeros segredos que podem por em risco a segurança nacional ?
A questão não é tão simples assim, há coisas que valem mais que dinheiro envolvida nisso tudo !
Não devemos olhar esta questão apenas levando em conta os acionistas da Embraer,a questão não é tão simples assim,há mais coisas envolvidas,soberania nacional,projetos estratégicos e um monte de coisa que envolve o dinheiro público ! Quanto as golden share elas já estavam estipuladas desde a privatização da empresa,ninguém foi pego de surpresa ! Eu volto a repetir a Embraer mesmo após a privatização contou e conta até hoje com financiamentos públicos, não ”decolou” sozinha após a privatização como alguns estão dizendo !
Excelente reportagem que lança luzes sobre a necessidade da EMBRAER buscar algum tipo de acordo ou parceria com a Boeing.
Brilhante reportagem, mais uma diga-se de passagem. Já li entrevista do Ex-Presidente e Cofundador da Embrear, já li conselheiro do CADE falando, já li engenheiro da Embraer. Todos eles falam a mesma coisa.
É por isso que nosso governo não deve se meter, pois o que está em jogo é a sobrevivencia da companhia no futuro, toda decisão deve ser respaldada no que for melhor para Embraer se manter no mercado e não uma decisão de cunho político, de orgulho.
Veja quantas vezes nossa Petrobras em nome da Soberania Nacional, do orgulho nacional, da auto suficiencia tomou decisões poíticas no lugares de economicas. Hoje é uma empresa endividada que vale menos do que deveria valer.
Isso justifica porque investidores odeiam empresas que possuem Golden Share, porque é um fator de risco, nunca se sabe o que vem do governo, ainda mais conhecendo o nosso sabemos muito bem o que vem dele. Estamos pagando o preço até hoje.
Deixamos a empresa seguir seu rumo natural e encontrar seu melhor caminho sem interferencias.
Ótima postagem do DAN. Excelente analise da Exame.
Vamos esperar.