Com o surgimento de novos blindados no cenário internacional, como o Centauro II, o Pátria AMV, o Boxer, o Piranha V, o Pandur II, o Mobile Combat Vehicle e o Stryker, bem como com a desejada transformação da Infantaria e modernização da Cavalaria, tornou-se necessário dotar a Força Terrestre com material de emprego militar à altura dessas modernas viaturas que passaram a equipar exércitos ao redor do mundo. Como exemplo, a tropa, até então tendo como viatura blindada de reconhecimento o Cascavel 6×6 equipado com torre manual e canhão 90 mm, passará a dispor de viatura 8×8, com desejável maior mobilidade tática e estratégica, e também com maior poder de fogo, tanto pela torre estabilizada que possuirá, quanto pelo canhão 105 mm expansível para 120 mm, além de moderna eletrônica embarcada, que permite novas capacidades no campo de batalha.
Para tanto, durante a LAAD 2011 (Feira Internacional de Defesa e Segurança), Defence & Security, o Exército Brasileiro divulgou a Nova Família de Viaturas Blindadas, cujo desenvolvimento está em curso. O primeiro protótipo finalizado e apresentado ao público foi chamado de “Guarani”, e assim foi nominada toda a família de blindados que foi criada. Trata-se de viatura blindada de transporte de pessoal (VBTP) destinada a equipar a recém-criada Infantaria Mecanizada e a modernizar a Cavalaria Mecanizada, capaz de levar até 11 militares, oferecendo vantagens operacionais, como maior proteção blindada e antiminas.
O Exército Brasileiro estabeleceu parceria com a sólida empresa multinacional Fiat-Iveco que, em sua fábrica em Sete Lagoas, Minas Gerais, está incumbida dessa nobre missão, contando sempre com o suporte técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército, que mantém, permanentemente, engenheiros militares seus acompanhando o trabalho da empresa. A presença militar vem a ser importantíssima e mais do que necessária para que se adquira, com a Iveco, o know-how de produção, que “ao longo do caminho” tem sido desenvolvido. Oportuno aqui frisar que o chamado know-how é abrangente, completo, suficiente para produção, muito além de mero pacote de dados técnicos que, sem o respectivo know-how, de nada serve.
A primeira viatura nascida dessa parceria de sucesso foi a VBTP, cujo protótipo se encontra avaliado pelo Centro de Avaliações do Exército. O lote-piloto dessa viatura foi produzido em série, com pouco mais de 300 viaturas, que já foi, inclusive, entregue, para a satisfação da tropa pelo Brasil afora.
No final de 2018, foi concluído, pela Diretoria de Fabricação do DCT, um estudo preliminar de viabilidade, com vistas à obtenção da Viatura Blindada de Reconhecimento, Média sobre Rodas, VBR-MR 8×8 105 mm, expansível para 120 mm, estudo esse já submetido à apreciação do DCT e do Estado-Maior do Exército para a definição dos próximos passos, no sentido de dotar a Força com esse imprescindível material de emprego militar. Nesse contexto de novos desenvolvimentos, esforços estão sendo envidados no sentido de obter a Viatura Blindada Especial de Engenharia – Média sobre Rodas e a Viatura Blindada de Combate Morteiro – Média sobre Rodas.
A Família Guarani possui, também, uma subfamília leve. São veículos 4×4, como a Viatura Blindada Multitarefa – Leve Sobre Rodas; Viatura Blindada de Combate Anticarro – Leve sobre Rodas; Viatura Blindada Especial de Observador Avançado – Leve Sobre Rodas; Viatura Blindada Especial de Guerra Eletrônica – Leve Sobre Rodas; Viatura Blindada Especial de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear – Leve Sobre Rodas; Viatura Blindada Especial Radar – Leve Sobre Rodas. O primeiro veículo será a Viatura Blindada Multitarefa – Leve sobre Rodas. Trata-se de uma viatura 4×4, dotada de elevada proteção blindada e antiminas, elevada mobilidade tática e estratégica, apta a desempenhar grande diversidade de missões. A viatura será obtida por nacionalização, a ser conduzida pelo DCT.
O programa da Nova Família de Blindados do Exército Brasileiro prevê a fabricação de viaturas nas seguintes versões: Viatura Blindada de Reconhecimento – Média sobre Rodas, conforme estudo preliminar de viabilidade citado; Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média sobre Rodas; Viatura Blindada de Combate Morteiro – Média sobre Rodas; Viatura Blindada Especial Posto de Comando – Média sobre Rodas; Viatura Blindada Especial de Comunicações – Média sobre Rodas; Viatura Blindada Especial de Central de Direção de Tiro – Média sobre Rodas; Viatura Blindada Especial Ambulância – Média Sobre Rodas, que possui dois tipos (Resgate e Tratamento Intensivo); Viatura Blindada Especial de Engenharia – Média sobre Rodas; Viatura Blindada Especial de Desminagem – Média sobre Rodas; Viatura Blindada Especial Lança-Ponte – Média sobre Rodas; Viatura Blindada de Combate Antiaérea; Viatura Blindada Especial Escola – Média Sobre Rodas; Viatura Blindada Especial Oficina – Média sobre Rodas; Viatura Blindada Especial de Defesa QBRN – Média Sobre Rodas; Viatura Blindada Especial de Socorro – Média sobre Rodas.
O contrato entre o Exército Brasileiro e a Iveco prevê a fabricação de cerca de 1.580 viaturas blindadas nos próximos 20 anos.
Fonte: DF
O Guarani 8X8 viria com um canhão 105 para depois aceitar o 120 . Não sei porque isso , vamos investir em uma arma para depois gastarmos mais dinheiro em sua troca , investimento no definitivo ,o 120 !
qual a quantidade de viaturas 8×8 o exercito pretende ter
E que venha o Guarani 8×8 e os familiares 4×4 .
Bom dia,
se isto se concretizar e se a velocidade for um pouco maior do que a do programa Guarani 6×6 (a maioria dos veículos nem a torre recebeu ainda – UT30br), aí se começará a montar a infantaria do EB.
Falta ainda um IFV sobre lagartas, que poderia ter sido o Marder I alemão mas, perdeu-se a oportunidade…
Talvez agora com a aproximação dos EUA algum “iluminado” consiga negociar alguns Bradley para começar a montar alguma coisa mais parecida com uma infantaria moderna no EB. Pois, doutrina não se adquire com jogos de computador…
Padilha existe um jogo chamado Metal Gear Solid V em que o personagem usa esses dois tipos de viaturas blindadas, inclusive tem missões chamadas “Eliminar unidade de viatura blindada” e “Eliminar unidades de tanques” onde o protagonista usa essas viaturas e enfrenta outros blindados.
Estou dizendo isso porque ele ajuda a entender como é a operação no campo de batalha, embora no jogo eles não transportem tropas apenas usa a arma e o fator deslocamento. Você pode dispara um canhão de 105mm até para destruir um helicóptero mas a precisão é difícil.
Outro destaque do jogo são os armamentos manuais do personagens que vai desde pistola d’água até Javelin e outros sistemas teleguiados. Fuzis e metralhadoras dos mais variados tipos não poderiam faltar um jogo desses – todos personalizáveis (atualmente chamado “costumáveis” – o inglês está em tudo). Você pode equipar com armamentos russos ou ocidentais.
Os FN da MB poderiam adquiri-los em grande quantidade também em complemento aos Piranhas .
Com essa nova versão 8X8 equipada com um canhão 105 ou 120mm muito superior a viatura Cascavel com canhão de 90mm, países que utilizam esse veículo principalmente aqueles que não possuem divergência ideológica poderiam substituir o cascavel por essa nova versão, Paraguai, Suriname entre outros poderiam adquiri lós