Por Sergio Barreto Motta
O Estaleiro Ilha S/A (Eisa) conseguiu empréstimo no exterior de US$ 40 milhões e quitou três meses de salários atrasados (junho, julho e agosto) dos seus 3.200 trabalhadores. No dia 27 de agosto, o estaleiro efetuou o pagamento dos meses de junho e julho. E, no dia 20 do mesmo mês, pagou o mês de agosto. Com isso, a unidade fabril está apta a voltar a operar. A informação foi dada ao jornalista Marcelo Bernardes, do MONITOR MERCANTIL, pelo presidente do Fórum dos Trabalhadores da Indústria da Construção Naval e Petróleo, Joacir Pedro.
O Eisa, segundo ele, no dia 26, chamou a equipe de manutenção de máquinas para que o estaleiro voltasse a operar. E, no dia 27, todos os metalúrgicos retornaram ao trabalho. “Ainda há um clima de insegurança em razão do que pode acontecer com o futuro do estaleiro. Nós, dirigentes sindicais, junto com lideranças e alguns parlamentares, tentamos junto aos armadores para que não aplicassem as multas contratuais porque o Eisa está com todas as encomendas atrasadas”, disse, informando que dentro do contrato de construção naval há uma cláusula de multa por atraso.
“Nós pedimos aos armadores que não aplicassem as multas. A Log-in, inclusive, fez ameaças de tirar seus navios do Eisa. Então, nós conseguimos convencer esses armadores a não aplicaram as multas para que o estaleiro possa desenvolver sua construção novamente”, explicou. Joacir Pedro, que também é diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse ainda que o estaleiro pegou alguns adiantamentos junto a armadores e está tentando agora tocar efetivamente as obras. “O Eisa precisa, no mínimo, de mais R$ 100 milhões para poder ficar tranquilo e entregar alguns navios e começar a receber recursos das novas encomendas. Estes recursos o estaleiro está tentando junto a instituições financeiras no país”.
Se tudo correr bem, estará confirmado que casos como do Eisa (RJ) e Iesa (RS) são específicos e não configuram crise. Ao contrário, documento do Sindicato Nacional da Construção Naval (Sinaval) aponta que o setor conta com 381 obras e tem um enorme mercado a explorar, de navios, barcos de apoio, plataformas e navios-sonda, além de aspectos especiais, como a construção de cinco submarinos, em estaleiro da Marinha do Brasil – sendo um deles de propulsão nuclear.
FONTE: Monitor Mercantil
O Governo não tem que ajudar nada!!!!
Já ajudou demais fazendo encomendas. O estaleiro se comprometeu a entregar os navios pelo preço X. O Governo não tem que pagar X + Y. Configuraria até fraude a licitação e prejuízo aos concorrentes. O mesmo raciocínio vale para as empresas privadas que fizeram a besteira de encomendar navios com ele.
O certo seria deixar esse péssimo estaleiro quebrar. Existem outros que podem assumir a construção dos navios e os empregados podem procurar emprego em outro lugar.
Mas, no Brasil, a cultura de socorrer os ineficientes está arraigada na população que ela não percebe que para ajudar, o Governo precisa tirar mais dinheiro da gente e que a ajuda aos ineficientes é uma penalidade aos eficientes, que não se sobressaem pelas suas qualidades. Dá-lhe Bolsa-Estaleiro! Dá-lhe “cotas para estaleiros ruins”.
Por isso que o país não vai pra frente!
Uma das causas pode ser mesmo má gestão e outra a petrolífera da Venezuela vez algumas encomendas a esse estaleiro e até agora não quitou suas dividas.
Boa Noticia
Mas esse estaleiro deve passar por um choque de gestão, pois alguma coisa está errada ai, e é má gestão.
Com tantas encomendas como a empresa chega numa situação dessa?
A que tudo indica a EISA vai construir os navios da Angola mesmo, tomara que o investimento seja pesado e que a administração da mesma venha e se comprometer mais com o seu trabalho (mude, na melhor das hipóteses)!
Sds.
Fiquei feliz
Que se recuperem logo para entregar encomendas e sair do vermelho