Por Ivan Plavetz
Em meados de novembro passado, um helicóptero EC 725 da Marinha do Brasil foi embarcado em um avião de transporte pesado Antonov An-124 da empresa russa Volga Dneper no aeródromo de São José dos Campos (SP). O destino ainda não está oficialmente confirmado. Procurada pela reportagem de T&D, a assessoria de imprensa da Helibras declinou em comentar o assunto.
T&D conseguiu apurar que o EC 725 foi requisitado pela Airbus Helicopters e será usado em um programa de demonstrações que incluirá países da Europa e Ásia. Mais especificamente, sabe-se que os franceses estão concentrando esforços em negociações que envolvem potenciais contratos com grande chance de finalização, principalmente aqueles que apresentam boas perspectivas a médio e longo prazo. Este é o caso do programa NMRH (Naval Multi-Role Helicopter) da Marinha da Índia, que deverá requisitar até 120 helicópteros navais do porte do EC 725. De acordo com fontes locais, o governo de Nova Delhi já estaria negociando com a estadunidense Sikorsky a aquisição inicial de 16 exemplares do seu modelo naval S-70B, entretanto, no âmbito de um programa paralelo identificado como MRH (Multi-Role Helicopter).
As informações sobre a concorrência NMRH ainda são incipientes e os planos de produção da Airbus Helicopters caso vença a disputa indiana não podem ser especificados. Estima-se que a Helibras, dependendo da disponibilidade de slots em sua linha de produção de Itajubá, poderia participar da produção do EC 725 para clientes militares internacionais, mas ainda é cedo demais para essa possibilidade ser avaliada com exatidão.
Isto suscita alguns questionamentos:
1-Por que a Airbus não enviou o NH-90?
2-Estão oferecendo com novas engrenagens/rotores aptos a operação naval de combate ASW? Se sim, o desenvolvimento disto haverá participação da Helibras também, já que os helicópteros demonstrados são os que por aqui operarão?!
3-E a aquisição dos Seahawks também pelos indianos, por que iriam adquirir o EC-725 se o S-70B está mais apto a ser multifunção (ASW e ASuW)?!
4-Em caso de vitória, o GF/MD/MB também receberá royalties desta venda?
Até mais!!!
Mas ao que parece, quem foi selecionado como helicóptero multifunção foi o Seahawk.
O próprio texto informa, são dois programas distintos:
O EC-725 está participando da concorrência do “NMRH (Naval Multi-Role Helicopter) da Marinha da Índia”, de 120 helicópteros.
A referencia ao Seahawk se dá dentro de sua participação em outro programa, o MRH (Multi-Role Helicopter).
As pessoas não lêem.
Eu li sim, é que eu acho pouco provável eles quererem ter dois aparelhos com capacidades próximas/assemelhadas pra fazer a mesma coisa. O nosso caso não se aplica, pois tivemos objetivos diferentes (o EC-725 foi definido por outros motivos e métodos de escolha do que os S-70B), não acredito que eles irão pelo mesmo caminho. Em todo caso, sou defensor do projeto (EC-725BR) e torço para que tenhamos o melhor proveito, vocês sabem disso.
Até mais!!! 😉
Ao que parece o famoso “jeitinho brasileiro” está começando a atrair a curiosidade de outros povos. É isso aí, se vira nos trinta!!
“Estima-se que a Helibras, dependendo da disponibilidade de slots em sua linha de produção de Itajubá, poderia participar da produção do EC 725 para clientes militares internacionais…”
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Isto seria muito interessante, porque além das divisas e empregos e gerados no país, a linha de produção do EC-725
se manteria aberta por um tempo bem além do término da entrega dos 50 Caracais destinados às três forças armadas…