Na última quarta-feira (05), a empresa de defesa e segurança Saab participou do exercício de tiro antiaéreo do Exército Brasileiro, no Campo de Instrução de Formosa (GO), situado a cerca de 80 quilômetros de Brasília. Durante o evento, uma unidade de tiro do sistema míssil de baixa altura telecomandado RBS 70, desenvolvido pela companhia sueca, realizou o primeiro disparo em solo brasileiro, com pleno êxito.
Estiveram presentes, entre outras autoridades, o Ministro da Defesa, Jaques Wagner, o Comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, e o Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, General João Chalela Júnior. Bo Torrestedt, diretor geral da Saab para a América Latina, também compareceu ao exercício.
O Brasil deveria seguir o exemplo de outras países que desenvolvem mísseis ar-ar e depois variantes superfície-ar terrestre e naval deles como por exemplo o VL MICA,RAM,SPYDER,Aspider 2000 e etc. No nosso caso seria o A-DARTER VL usando o ASTROS 2020 como plataforma. O ganho tecnológico seria enorme para a industria de defesa nacional com grande potencial de exportação.
Se o governo garantisse que iria comprar umas 30 baterias e financiasse uma parte do desenvolvimento, uma união da Mectron e da Avibrás poderia resolver isso em poucos anos…
Pessoal,
O RBS-70 é ideal para situações de não guerra e ambiente urbano, onde emissões infravermelhas apetitosas de outras aeronaves podem ser comprometedoras para sistemas como o Igla. Contudo, seu uso é mais limitado fora desses ambientes e contexto…
Em situações de guerra assimétrica ou em terrenos mais difíceis, Igla e similares se configuram em sistemas mais interessantes. Podem ser disparados literalmente de qualquer lugar e qualquer um pode usa-los…
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O RBS-23 também é um sistema bastante interessante.
Grosso modo, pode se dizer que ele e o Crotale são o que existe de mais próximo do TOR M2 ou Pantsir no Ocidente, muito embora o sistema sueco seja mais limitado em desempenho geral. Pode disparar até dois mísseis contra alvos distintos vindo de uma mesma direção, sendo capaz de engajar um alvo por vez, guiando o outro míssil apenas depois que o primeiro impactar com o alvo. Contudo, a velocidade do míssil pode bem compensar isso, permitindo uma rapidez maior de engajamento para engajamento, ainda mais se operar em regime de bateria…
É bem verdade que ele não tem o glamour dos sistemas russos ou sua força bruta, mas é operação muito mais simples. Seus mísseis podem ser recarregados a mão, dispensando um veículo específico para isso. O fato de ser rebocado, apesar de parecer uma desvantagem, ao contrário, se torna sua melhor virtude… Pode ser rebocado por qualquer veículo que puxe seu peso, que é normalmente aquele que leva a munição ( o que representa considerável economia ). Se ele quebrar, pede-se outro e segue-se adiante; reduzindo o efeito de qualquer atraso… Ao dispensar o sistema propulsor, se tem uma unidade de assinatura visual muito reduzida e consideravelmente mais leve… Também requer pessoal mínimo pra operar… De toda a sorte, hoje já esta sendo introduzida uma variante alto propulsada…
Por tudo isso, acredito que é um sistema melhor adaptável a regiões isoladas, onde não se terá muito apoio para operar. Uma unidade de tiro pode ser deixada em um ponto qualquer com uma equipe mínima, apenas com uma carga de mísseis a mão para repor…
Como grande desvantagem, fica o seu tempo para preparação, que excede os 5 minutos… E por isso, creio que sua eficiência acompanhando forças móveis é reduzida… Mas ainda assim, ainda acredito que tem uso nessa modalidade. Toda uma bateria pode seguir de tal forma que cada unidade ou seção se “reveze” na guarda da coluna em movimento. Seria assim: primeiro a vanguarda “A” se posiciona e espera passar a retaguarda “B”, que se converte em vanguarda e se posiciona. Quando o “B” estiver posicionado, “A” levanta acampamento e segue em frente para a próxima posição… Esse ciclo pode até comprometer o avanço da coluna, reduzindo sua velocidade, devido ao tempo necessário para a preparação, mas penso ser viável… Seja como for, creio que o Pantsir é atualmente o sistema mais adequado a isso, mesmo considerando a nova variante auto propulsada do BAMSE…
RR
Você leu a dúvida que eu levantei ? qual a vantagem de um míssil anti aereo ser guiado por LAser ? Tirando o fato de poder desengajar o alvo se necessário eu só vejo desvantagens… o que você acha, qual sua opinião ?
Topol,
Como vantagem,
Primeiro, imunidade a contrameditas em uso atualmente. Flare, chaff e ECM não vão perturbar esse míssil.
Por possuir um IFF integrado, pode operar com segurança de forma totalmente autônoma.
Entendamos que o sistema óptico utilizado para ter o alvo é originalmente passivo, de modo que a aeronave a ser engajada não vai ter noção de que estará sendo até o míssil estar no ar. Pressupondo um lançamento a curta distância, o tempo de reação será mínimo, de modo que dificilmente o caça terá tempo para manobrar. Observe que em um engajamento frente a frente ( o que é a tendência de ocorrer ), o caça nada mais será que um “pontinho” vindo de frente para o operador, o que só facilitará o seu trabalho. E isso pode ser absolutamente verdade em se tratando de armas guiadas, caso seja possível foca-las a tempo.
A grande desvantagem se deve ao fato de ser um verdadeiro “trambolhinho”… Requer três caras para leva-lo onde quer que seja… Por isso não o considero adequado a cenários assimétricos. Também requer um treino mais especializado para o seu uso. Mas por um lado, isso tudo, por mais paradoxal que seja, traz uma vantagem incutida: desestimula seu uso por forças guerrilheiras, permitindo apenas a forças simétricas sua utilização. E a necessidade de um treinamento especializado teoricamente garante que mesmo um exemplar capturado não poderia teoricamente ser usado contra o antigo portador logo de primeira…
QSL _RR_, captei vossa mensagem !
A parte da imunidade a interferência e contra medidas eu concordo que é vero, mas sei lá, continuo achando um troço muito desajeitado e difícil de obter um shot down em um caça bombardeiro… até o camarada montar o tripé, sentar lá e enquadrar a nave já tomou uma bomba na cabeça…
Aí é que está, Topol.
Em qualquer conflito, a tendência é montar a defesa em pontos pré estabelecidos, por onde se acredita que será a rota provável das incursões adversárias, e esperar o adversário aparecer.
Seja como for, o Igla é melhor recomendável se se dá de cara com um alvo de oportunidade. Também é mais interessante para forças leves e que atuarão em regiões de difícil acesso.
Enfim, por isso tudo, eu acredito que os dois tem bom uso e se complementam, sendo o RBS-70 melhor adequado para se utilizar em rede…
A única observação que faço e sobre esta chama intensa de ignição que pode denunciar a posição da arma. Existe vídeos no youtube do RBS70 que não tem este tipo de ignição, sendo mais discreta.
Sei lá, posso até estar falando bobagem mas eu acho meio complicado para o atirador enquadrar a aeronave no seu retículo e ficar iluminando ela até o míssil atingir… é diferente de iluminar um tanque por exemplo pois é óbvio que a aeronave é muito mais veloz e mas ágil, será que não fica complicado para conseguir engajar a mesma ??? E também seu alcance é muito pequeno, só três mil metros, acho que o RBS-70 é mais eficaz contra helicópteros…
Mesmo assim a probabilidade de perder o míssil é grande, o melhor método para defesa de baixa altitude ainda são os MANPADS com guiagem por IR “fire and forget”, você aponta dispara e o míssil persegue a presa sozinho.
Na verdade o alcance é de 5000 metros , mas também existe a possibilidade de operarmos o RBS 90 com o mesmo lançador ( alcance 25.000 metros , teleguiado e muito mais potente).
O RBS 70 foi utilizado pelo exercito iraniano contra as forças de Saddam e o numero de abate
de aeronaves de baixa altura foi impressionante ( fala-se em 40 aeronaves derrubadas)
A versão BOLIDE do RBS-70 tem alcance de 8km e a cobertura de altitude é de 5.000 metros
Bravata desnecessária. Trocaria todo esse festejo por um Exército mais operacional.
E o Pantsir nada…não é possível que alguem acha que hoje teria grande utilidade um sistema de baixa altura num conflito com potências militares, nem precisa muito, bastaria 4 F-16 ou 2 Su-30MK da Venezuela carregados com mísseis ar-terra para desgraçar o batalhão que tivesse tal sistema.
Os F-16 venezuelanos estão pra lá de obsoletos e nunca operaram armamento ar-terra inteligente. Quanto aos Su-30, bem, esses precisariam sair do chão primeiro e isso parece bem difícil de ocorrer.
O que mantem os SU-30 no chão é a mola propulsora que move o mundo popularmente conhecida como dinheiro, e com a falta dele e orçamentos que rondam a 2% do PIB o não se justifica queimar boa munição em chimango, mas em tempo de guerra em que os orçamentos de defesa chegam a 50% do PIB ai a conversa é outra, chovem peças de reposição e armamento dos lugares mais improváveis mesmo que o fornecedor por qualquer motivo se negue a fornece-las. Daí o que conta é ter pilotos capazes de operar a aeronave e seu sistemas de armas e isso a Venezuela já faz a algum tempo.
Não há milagre. Se avião não voa, piloto não é preparado. Se a Venezuela neste estado já está na EDITADO pindaiba imagina em estado de beligerância contra quem quer que seja. O país está quebrado e deve a Deus e o mundo.
Podendo ser carregado por apenas 3 homens , atinge os alvos com grande precisão , pode ser usado na complementação da proteção de instalações fixas assim como acompanhar e proteger tropas em movimento(é possível arma-lo na carroceria de uma viatura).
O alcance frontal do sistema também é longo possibilitando engajar alvos terrestres com algum sucesso.
O RBS 70 é o sistema antiaéreo móvel de baixa altura de melhor desempenho da atualidade.
RBS 70+RBS 23 Bamse seria a combinação perfeita para o Brasil , teríamos um sistema antiaéreo moderno, relativamente barato, de elevada mobilidade em território nacional e padrão OTAN.
O RBS 70
Compartilho do mesmo pensamento Gabriel.
A dupla RBS 70+RBS 23 Bamse além da sua grande eficiência o Bamse pode ser transportado pelos C-130 e no futuro KC-390 sem problemas, o EB teria um sistema de defesa de baixa e média altura dos mais eficientes da AL. Faltando apenas um de longa distancia para formar uma defesa em camadas moderno e letal.
Exatamente Marcio
O Bamse pode ser aerotransportado para qualquer canto do país em uma pequena fração de tempo .
Imagine a seguinte situação. o Gripen NG foi projetado ,como determina a doutrina sueca , para operar em pistas improvisadas dispersas pelo continente possibilitando criar bases improvisadas ….poderíamos criar essas pistas camufladas em “BRs” e também utiliza-las para a logística militar levando tudo oq nossas tropas precisariam em tempos de guerra.
Mas num pelotão e GC não vejo mobilidade e velocidade de engajamento de alvos nesta arma sueca.
Minha ignorância nesta arma diz que para defesa de ponto ou defesa de uma CIA/Batalhão/Brigada ESTACIONADA pode até ser ideal, mas para um GC/PEL/CIA em movimento não creio.
Ainda acredito na mobilidade e no uso de apenas um único soldado armado com IGLA-S e STINGER para fazer os pilotos ficarem tensos e não darem bobeira.
Gabriel , devido a sua guiagem por LASER ele pode sim acertar algum alvo terrestre porém com uma ogiva de 1kg fragmentada não faria muito estrago